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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

The archery club

Prólogo - π:

Lembro-me daquele dia como se o vivesse agora. Tínhamos oito anos e brincávamos de pique-pega na floresta. Ele tinha o pique e estava próximo, então tentei correr ainda mais rápido. As árvores iam tornando-se borrões e meu riso ficava mais alto na medida em que ouvia os passos chegando. Curioso para saber onde outro estava, virei meu rosto. É aí que cometi meu erro.
Senti o pé direito ficar preso em uma trepadeira e caí no chão. Como consequência, o moreno, que já vinha em sua máxima velocidade, não conseguiu parar, caindo sobre mim. Rimos durante um tempo, naquela posição, da situação cômica que vivenciamos.
 Éramos muito novos e até hoje não entendo de onde viera aquela vontade, mas recordo de como foi desesperadora. Paramos de rir, os olhos azuis dele fitaram a minha boca - os meus não faziam diferente – e, correspondendo à minha vontade, nos aproximamos naturalmente. 
Então, ele me pegou. Pegou-me em um beijo do qual nunca esqueci.

E o primeiro capítulo - π:
Me chamo Masaki Sugisaki, tenho 17 anos e aquele era o meu primeiro dia na escola Seiko. O colégio é conhecido pelas suas atividades extracurriculares, ou seja, clubes. Todo aluno deveria se inscrever em algum, se não, seria reprovado. Eu tentei sozinho encontrar um, mas ler muito não era considerado um dom e eles não tinham um clube de leitura – só um de escrita, porém sou péssimo nisso. Cheguei a sugerir para minha mãe que me tirasse da instituição e ela me respondeu um sonoro não.
Então, em meio a todos esses problemas, tomei a decisão de pedir ajuda para única pessoa que conhecia ali. Ele disse que me levaria a um clube novo e o qual ele achava perfeito.
-Reiko-san. Isso não vai dar certo. Não há nada que sei fazer.
-Relaxa. O presidente está disposto a ajudar os novatos.
-Você podia me contar do que é esse clube, não?
-Fique quieto, Masa-chan. Acho que estou perdido.
Arregalei meus olhos e parei de andar.
-Como assim?! Você estuda aqui há seis anos e se perdeu?
Ele, para variar, me ignorou. Continuou andando como se eu não tivesse falado nada, deixando-me com uma estranha expressão no rosto. Reiko, logo depois, disse algo positivo,  puxando meu braço para alguma direção. Não demorou para que saíssemos dos largos corredores e fossemos para um pequeno jardim sem flores. Uma grama verde se estendia em volta de um casebre rosa com uma plaqueta escrita: “Clube do Chá”.
-Reiko-san.
-Hum?
-Tem certeza absoluta de que você sabe onde estamos? Não acho que eu serviria para o clube de-
-Ah, sim, sim. Tenho certeza. – respondeu abanando as mãos e balançando a cabeça positivamente – Ficamos no lugar desse clube. Aparentemente, chá é coisa de velho.
Fomos até a porta e o moreno ao meu lado abriu sem hesitar ou bater, apenas adentrou. Segui-o, ainda que um pouco relutante. Dentro da pequena casa, não tinha nada além de um armário e quatro meninos. Não os analisei assim que cheguei, pois o guarda-roupa minuciosamente talhado me chamou mais atenção.
-Prazer. Sou Kyo, presidente do clube e fundador.
A voz cortou o  momento de admiração que eu tinha e deixei que meu olhar caísse sobre o rosto do menino – não demorou para que me arrependesse amargamente dessa ação. As orbes azuis, os cabelos intensamente pretos, o rosto e, principalmente, aquele nome, me lembraram de uma cena que passei minha infância tentando esquecer. Meus músculos paralisaram perplexos com quem estava na minha frente.
-Reiko-sama, tem algo de errado com o seu amigo.
Balancei a cabeça, tentando acordar meu corpo do susto.
-Desculpe, sou Masaki.
Ele arregalou os olhos quando pronunciei meu nome. Se-será que ele também me reconheceu?
-Você tem o nome de um amigo de infância e me lembra de alguém. Será que você não seria ele?
-Não, não, não. Está completamente enganado, nunca te vi.
-Tem certeza? Talvez... Onde você morava? Aqui mesmo?
-Nãão. Eu morava em Tóquio.
-Mas você não disse-
Reiko ia se intrometendo quando coloquei bruscamente minha mão na boca dele e Kyo pareceu ficar confuso com a cena.
-Mal entendido. Vamos prosseguir?
Suspirei baixo, aliviado. Eu sei que mentir não é exatamente a coisa mais certa a se fazer, porém tinha medo de que, caso ele ainda lembrasse o que aconteceu, não falaria comigo ou me expulsasse do clube.
-Aquele loiro no canto é Teru.  – disse apontando para o rapaz – É o único com menos de 1,70 aqui e, também, o mais novo.  – Kyo passou a sussurrar – Ele é tipo um mascote muito esforçado.
O garoto um pouco longe – a casa era pequena, então não tinha como ser realmente distante, sorriu e acenou em minha direção.
-Esse daqui é Hiwatari. – agora ele passava a mão na cabeça de um rapaz de cabelos mel e olhos de mesma cor – Ele participa do nosso clube e do de violino.
Hiwatari me fitou, ajeitou seus óculos e cumprimentou-me de uma forma educada.
-O último é Yukiru e o nosso rebelde. – ele deu uma risada abafada.
O moreno ,a quem Kyo mencionou, deixou que seu olhar negro pairasse em mim, mas logo o tornou para a janela, como se não tivesse nada a dizer.
O presidente deu um sinal de que poderíamos começar e veio em minha direção para ensinar tudo passo a passo. Abriram o armário e pegaram arcos, flechas e alvos.
 Ficar perto dele era um incomodo e um grande incomodo. Sentia um arrepio percorrer meu corpo cada vez que ele chegava perto de mim e a cada gentileza, meu rosto enrubescia. Tive o desprazer de ter que ficar só com ele no casebre, pois tinha que entender detalhadamente todas as regras e questões do grupo. Depois de um longo tempo, saímos para o jardim, onde já praticavam.
Eu nunca tinha visto Reiko daquela forma - tão compenetrado no que fazia. E os outros não estavam diferentes – até o menor, quem eu achei que seria imaturo, não desviava o olhar da mira.
-Vamos, pegue o arco e uma flecha.
Peguei o arco e parei para procurar onde se encontravam as flechas. Achei, depois de um tempo procurando, um pequeno contêiner com várias. Peguei uma e me posicionei, imitando os outros.
-Pare de tentar imitar e sinta.
Senti seu corpo grudar ao meu por trás e, automaticamente, o coração acelerar no peito. Depois, sua mão posicionou as minhas, entrelaçando-as.
Pare, por favor, pare.
-Se acalme.
Aquele sussurro foi o cúmulo para meu coração. Pulei, caindo no chão e assustado. Ele fazia o passado ficar tão próximo. O que deveria ser trivial, tinha se tornado um assédio na minha mente. Sabia que meu rosto estava vermelho, principalmente quando ele me olhou com uma feição duvidosa. Então, levantei e corri, deixando tudo para trás, inclusive Kyo; só fui parar quando vi que estava em casa. Meus olhos cobertos de lágrimas, o coração saindo do peito e uma sensação estranha de nostalgia.
O sol estava se pondo, o que significava que eu tinha corrido por volta de uma hora e meia. Minha casa era longe e, normalmente, eu pegaria um trem; não sabia como tinha conseguido correr tanto sem cansar. Agora, eu arfava intensamente e não conseguia distinguir o motivo de minha taquicardia. Sentei na calçada, tentando me acalmar e falando algumas palavras de reconforto, quando ouvi a voz que menos queria.
-Masaki-kun, Reiko disse onde você morava e-
Estava com a cabeça apoiada em minhas mãos e meus cotovelos nos joelhos dobrados; completamente encolhido, então tive que erguer a cabeça para vê-lo. Tentei, em vão, enxugar as lágrimas e ele se abaixou, ficando com o olhar na mesma altura que o meu.
-Eu já passei por isso.  – respirou fundo – Essa dúvida é normal.
-Do-do que você está falando?
-Vou te ajudar a desvendá-la.
Por alguma razão, ele levantou o meu rosto e aproximou-se, deixando que sua boca se encontrasse com a minha. Durante um tempo, me entreguei completamente, sentido o gosto daqueles lábios e  algo estranho dentro de. Entretanto, percebi o que estava acontecendo e o empurrei, indo para longe.
-O-o que você estava fazendo?  - indaguei
Meu rosto ardia e podia provar o gosto dele em minha boca. E-era bom, ainda que não devesse ser.
-Você não estava em dúvida sobre a sua sexualidade? Porque você começou a ficar assim quando ficamos sozinhos e depois quando-
-Não tome conclusões sozinho. – tentei limpar minha boca – Vou para casa, Kyo.
-Ei! Desculpa!
Continuei andando e fiz questão de bater a porta para demonstrar como estava com raiva dele por ter me feito voltar no tempo por alguns segundos.
  • Feita pela Mia-chan 
Arigatoo Mia-chan x3

9 comentários:

  1. Amei...
    Tô esperando a continuação... XD

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  2. Awhn perfect aguardando a continuação. ...

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  3. Fiquei interessada, estou esperando ansiosamente pela continuação.

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  4. Meu deus q perfeita...adorei!! Amei! passei mal lendo!! esperando a continuação! *-*

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  5. genti *_________________* nesecito de uma continuação

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  6. Achei perfeito
    Preciso muito da continuaça

    Pf
    Espero que tenha logo uma continuaçao

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  7. Muito boa, continua :3
    Você pretende explorar os outros personagens também como "casais"? Ou poderia ter um trianguloa amoroso também... de qualquer forma, descreva mais o Kyo xD please.

    Bjss

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