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terça-feira, 9 de julho de 2013

Onegai Arata - 5

    Você deve estar pensando que eu estou traindo meus sentimentos por Arata, mas não é isso, eu tenho um pequeno problema quanto a partilhar pessoas importantes em minha vida (isso mesmo, eu sou verdadeiramente possessivos com elas >.<). Sei que pode parecer ruim, mas não o é, devido que minha única preocupação é a felicidade delas, como no caso de mamãe, eu só não fiz uma cena por saber que Michuru a faz feliz e por que eu realmente gosto da minha vida do jeito que está. Explicações a parte, tenho uma coisa mais importante por dizer de como eu estou realmente em um grande PROBLEMA por estar tão centrado em meus problemas de "coração" que não estudei para a prova de química (¬¬). Devo acrescentar que essa foi a primeira vez que eu só escrevi o nome na prova e entreguei, era tão surreal que eu estava em um miasma de preocupação, exalando sensações ruins para as pessoas que passavam perto de mim, acrescente isso a garota ruiva que pegou amor pelo meu lugar na janela, ela fazia questão de madrugar na escola, disse eu tenho certeza por chegar 15 minutos adiantado e ela já estava lá, fervi de raiva neste momento, mas para não demonstrar que fui afetado simplesmente segui para minha carteira de TRÊS dias (snif snif).
 Estava nas escadas perto do salgueiro imaginando um possível plano para acabar com a dominação da ruiva na minha carteira quando senti um sopro em meu pescoço que levou meu corpo a se arrepiar todo e me deixar constrangido, pois esse simples movimento por parte de Arata quase me deu uma ereção (:o). Permaneci quieto, tentando me acalmar para não passar a maior vergonha da minha vida, mas ele não ajudava acariciando meu pescoço.
- HUMM, hoje você está com um cheiro divino, quero te comer! - Com isso ele mordeu meu pescoço, é fato que neste momento não pude aguentar, mas viva a quem inventou o jeans e mais ainda a camiseta comprida, foi isto que me salvou de uma vergonha universal. O pior foi que comecei a ter pensamentos sujos e parecia que Arata sabia exatamente o que eu estava pensando por que começou a rir de um jeito pervertido, o pior foi que para provar seu ponto eu corei intensamente ao ponto de sentir o fogo se alastrar até o meu pescoço. - Você é tão transparente, doce.
- Hentai! - Estava tão constrangido que queria que a terra me engolisse. Ele veio para a minha frente e como se já nãoo bastasse o coração batendo acelerado seus olhos fizeram minha respiração ficar difícil com a intensidade que emitiam.
- Mas eu não disse nada, foi você que fez essa cara de quem pensou algo que não devia. - Ele deu uma risada deliciado com a minha reação. Ok, era oficial ele era uma pessoa horrível, que gostava de me fazer sentir vergonha. - Estou só brincando pequeno, não precisa fazer essa carinha. - Como alguém pode ser perverso e carinhoso ao mesmo tempo? Ele pegou minha mão e beijou minha palma enquanto me olhava carinhosamente. - Venha, vamos nos sentar em baixo do salgueiro. Eu queria resistir nem que seja um pouco, mas não podia, era como se minha vontade se moldasse a dele.
 Ele sentou encostando as costas na árvore e eu deitei a cabeça em seu colo, Arata pegou um livro de literatura mundial e começou a ler enquanto passava a mão em meus cabelos negros. Isso era tão bom que acabei adormecendo.
Acordei assustado e olhei ao redor, Arata percebendo meu estado de ânimo me sorriu tranquilizador.
- Que horas são? - Cocei meus olhos ainda em estado de sonolência mesmo depois do susto.
- Quase hora de ir para casa. - Então quer dizer que perdi as quatro aulas após o intervalo? Ótimo, quem não quer uma mãe bufando em seu pescoço por ser irresponsável? Obviamente eu queria (--'). Suspirando sentei e fiquei olhando o jogo das luzes do sol que transpassavam as folhas em sua pele branca, sem perceber me inclinei e beijei seu pescoço, ele tremeu e isso foi uma deliciosa surpresa para mim, pois essa reação mostrou que ele não era imune a mim como parecia.
- Realmente não quero te deixar nu em público, mas se você não parar neste instante é por esse caminho que estamos indo. - Eu fiquei que nem estátua nesta declaração, quem poderia imaginar que ele poderia ter uma mente tão... depravado? Mas confesso que não me importava, só mostrava o quanto ele me desejava, mesmo que isso não impedisse que meu constrangimento voltasse e adicionado ao medo de que alguém escutasse. Ele começou a rir de mim novamente, eu nunca sabia se ele ria por que gostava da minha reação ou por ser uma ameba sobre esse tipo de assunto. - Vamos anjo, tenho um compromisso hoje.
 Esperei para ele me dizer que tipo de compromisso, mas até o ponto de ônibus ele não disse nada, sinal que não queria que eu soubesse, não querendo ser chato deixei de lado. Enquanto estávamos esperando o ônibus Taki veio com meu material, eu tinha me esquecido completamente disso e olhei para os ombros de Arata, pela primeira vez notei que ele estava com a mochila, para falar a verdade nunca notei que roupa usava e nem nada do gênero de tão obsorvido seus olhos me deixavam.
- Aí está você! Como pode perder quatro aulas direto? Você imagina a grande confusão que me deixou com o professor? - Taki estava irritado e com razão, pois sempre que eu faltava quem justificava era meu amigo e ele era um péssimo mentiroso. (Eu quero dizer péssimo mesmo, uma vez eu tinha escapulido no fundamental e Taki quase teve uma arritmia cardíaca, depois disso eu nunca mais fiz algo parecido, bem... até hoje).
- Gomenasai! Honto ni gomenasai! - Taki se acalmou um pouco e sorriu vendo minha cara de arrependido, isso me fez aliviado, pois achei que sua raiva fosse estender por alguns dias.
- Sem problemas, mas não faça mais isto. - Eu assenti enquanto pegava minha mochila de suas mãos, como se por um estalo me dei conta que o clima estava desconfortável, olhei de Arata para Taki e percebi que estavam se encarando, mais precisamente medindo um ao outro (tipo cão de briga).
- Humm... Arata este é meu grande amigo Taki. - Apresentei pensando que devia de ser isto que estava causando tal comoção entre eles. Arata somente assentiu e não fez mais nada, resumindo estava agindo como um verdadeiro idiota, parecia até com ciúmes. Ciúmes? Espere um momento, por que ele teria ciúmes do Taki? Para mim isso era como eu conhecer o Goku pessoalmente, ou seja, impossível!

 Eu fiquei ali entre o fogo cruzado silencioso rezando para que o ônibus chegasse antes que acontecesse a terceira guerra mundial (exagerado :p). Quase soltei um pulo de alegria quando o ônibus chegou, me despedi de Arata com um beijo no rosto, mas ele me puxou e me deu um beijo que estabelecia a quem eu pertencia. Eu não estava reclamando, longe disso, eu estava amando esse lado dele. Entrei no ônibus e as pessoas que ali jaziam ficaram me olhando, eu estava corado e respirando forte, se não estivesse sobre o efeito do beijo provavelmente teria tentado me fundir com o banco em vez de permanecer com o olhar sonhador. Taki sentou ao meu lado, não falamos nada, eu estava concentrado de mais em meu mundinho para perceber que meu amigo estava com um olhar incomodado.

  • Feita por Finn
Arigato >.<

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