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sábado, 6 de julho de 2013

Onegai Arata - 4

   Eu pensei que Arata iria querer que eu fizesse alguma coisa por ele devido ao "pagamento", não foi assim. Ele me acompanhou até o ponto de ônibus, não conversamos muito, mesmo que não precisássemos devido a comodidade estabelecida entre nós, parecia que estávamos em sintonia, mas isso poderia ser somente um pensamento relapso de uma pessoa apaixonada.  Era tão estranho estar nervoso, com vergonha e calmo ao mesmo tempo, confuso não? Por mais que eu tenha tropeçado no caminho até aqui e quase o levado junto, ele graciosamente manobrou a situação e a única coisa que fez foi sorrir. Queria ficar mais perto dele, saber tudo a seu respeito, parecia que eu não teria o suficiente.
- Nos vemos amanhã - Eu fui em direção ao ônibus não tinha certeza se podia beijá-lo ou não, optei por um "até mais" casual, mas ele me puxou e deu um beijo que deixou meus lábios dormentes e minha mente derretida.
- Se continuar aqui vai perder o ônibus. - Como ele podia parecer tão calmo? Deveria pedir conselhos ou comprar um guia "como não virar um poça gosmenta na frente do cara que gosta" (título grande hein ^^), acho que mesmo assim não mudaria nada, pois cada contato ou toque seu me tinha desnorteado.
- É... eu... hum... vou indo. - Grande despedida! Quando entrei no ônibus eu já estava no chute mental pelas grandes palavras, era tão difícil parecer legal? Era pedir muito? Acho que sim, pois não basta você saber que é um Baka tem que ter a certeza de mostrar isso para a pessoa que ama. Sentei perto da janela e fiquei olhando para ele enquanto o ônibus se afastava, suspirei já com saudade. (Sim eu sei, sou meloso mesmo, mas ele não precisa saber disso... ainda :3).
- Tadaima! - Falei por puro costume. Tirei os sapatos e entrei, pensei que estava na casa errada então voltei e olhei o número em cima da porta, não eu não estava na casa errada. Então talvez o homem sentado na sala estivesse se enganado, minha mãe veio da cozinha não percebendo que eu já estava em casa e sentou ao seu lado, finalmente me percebendo sorriu.
- Okaeri nasai! - Continuei ali como uma estátua tentando com muita força fazer meus neurônios funcionarem para impulsionar algum pensamento coerente de o por quê tinha um homem sentado na sala da minha casa, perto da minha mãe (quero dizer perto mesmo).  - Bem querido acho que precisamos conversar. - Essa é uma das frases que poria qualquer filho na defensiva, não lembrava de ter feito nada de mal nos últimos dias, quer dizer exceto ter respondido o boneca Chuck, mas acho que isso não conta, ou conta?
- Pode falar. - Minha mãe apontou para o sofá na frente (ok, a coisa está ruim). Sentei-me e encarei-a, a única vez que isso aconteceu foi quando meu padrasto morreu, será que essa cerimônia toda era para ela me contar que matou meu quinto peixinho dourado? Pelo olhar no rosto de minha mãe provavelmente não é isso.
- Esse aqui é Rayase Michuru... - O homem de cabelos loiros e olhos castanhos assentiu como se me cumprimentasse, devolvi-lha o gesto. - Ele trabalha perto do local aonde eu trabalho e nós estamos saindo... - Ela corou furiosamente e desviou o olhar de mim, juro que me veio a sena de uma adolescente tentando contar algo constrangedor aos seus pais. Ei, espera um momento, ela disse sair? Meu cérebro rebobinou e veio a confirmação. Então ela queria que eu aprovasse? Olhei-os minuciosa e criticamente, acho que isso causou desconforto em minha mãe, pois ela começou a mexer as mãos nervosamente.
 Eu realmente não queria brincar em um momento como esses, mas eu percebi uma coisa nestes últimos tempo, que mamãe estava mais feliz, o que significava que esse homem fazia bem para ela, logo eu daria meu total apoio. Mas primeiro...
- Bem, você vem do nada e trás um homem estranho para casa, sem ofensas - disse com um breve contato visual para ele (minha mãe me mataria depois pelo que faria agora :P) - e quer que eu diga o que? - Mamãe franziu o cenho, como se estivesse se irritando com meu atrevimento, deixei um pouco a tensão no ar. - Senhor Michuru quais são suas intenções? - Eu sempre quis dizer essa frase e para meu benefício o homem foi pego de surpresa, quem imaginaria que um filho agiria assim? Correndo o risco de perder os dentes. (Vou deixar uma coisa clara, mamãe era completamente contra violência, mas totalmente a favor de castigo então modificando a frase seria assim: Correndo o risco de perder qualquer vida social que pudesse ter).
- Bem estamos nos conhecendo ainda. - Seus olhos cheio de amor se voltaram para minha mãe. - Mas tenho as melhores das intenções. - Suspirando me encostei no sofá e cruzei as mãos.
- Então o senhor promete cuidar dela? - Minha mãe agora se voltou e começou a fuzilar com os olhos.
- Olha aqui mocinho se acha que... - Comecei a rir descontroladamente deixando mamãe perplexa e finalmente ela viu que eu só queria deixá-la um pouco brava. - Ora seu... pirralho!
- Eu estou bem com isso mãe, ele te faz feliz e é tudo que eu preciso saber. - Disse limpando as lágrimas dos meus olhos, ela abriu um sorriso que poderia ser definido como "sorriso da manhã de natal". - Só nada de voltar tarde dos encontros e nem me venha com esse negócio de amozinho pra cá e blá blá blá. - A almofada voou em minha direção, nem mesmo consegui desviar, mas o clima ficou leve.
- Você sabe que isso vai ter retorno não é? - Foi neste dia em que aprendi que nunca se deve fazer brincadeiras com sua mãe, mas isso foi bem mais tarde que eu soube.
 Passamos o tempo conversando e minha mãe contando como se conheceram, depois que o senhor "perfeito" se foi (digo isso por que a cada momento mamãe dizia : "Ele não é perfeito?"), não sei se ela queria que eu confirmasse ou o quê. Preferi manter o aceno de cabeça e um sorriso educado.
Nós jantamos peixe assado, batatas, arroz e salada, a comida estava ótima, o problema foi que entrávamos no quão perfeito e quão sortuda minha mãe era por tê-lo, como ele era educado, cavalheiro, gentil e blá blá blá, será que todos que estão em volta dessa nuvem cor de rosa se tornam tão irritantes? Será que eu era assim? Para ambas as perguntas as respostas era um grande e vermelho SIM.
Terminamos o jantar e fui tomar banho, demorei a ponto de ser chamado para sair. Acontece que a demora se deve a neste momento eu cantar, dançar e fazer reflexões, as vezes saí até um poema de como Arata tinha as mãos bonitas, ou como o arqueio de suas sobrancelhas era gracioso ou o quão... Estava fazendo isso de novo, suspirando saí do banho e fui para o quarto, só para ver que Taki estava na sua janela e fez sinal que queria conversar, pedi-lhe para esperar enquanto me trocava.
- E aí como foi? - E nessa hora eu enchi meu amigo com tudo que aconteceu e mais um pouco, contei das sensações confusas que sentia e sobre o beijo, nesta parte ele me sorriu, mas não disse nada. Ficamos conversando por duas horas mais ou menos e eu falando só sobre o Arata. - Tudo bem, já entendi. Daqui a pouco eu vou acabar me apaixonando por ele de tanto você falar. - Nunca me veio a curiosidade saber se Taki também gostava de meninos, logo descartei esse pensamento já que ele namorou uma garota.
- Você conhece a Kyoko-chan de algum lugar? - A mudança de assunto brusca deixou meu amigo em silêncio, não queria forçar, mas tinha que saber.
- Ela é irmã de Daria-chan - Momento boca caindo de completa perplexidade. Daria era a menina que Taki foi apaixonado por um longo tempo, mas que não deu certo e terminou de um jeito ruim, tanto é que hoje em dia eles nem se falavam.
- Mas o que tem a ver com a kyoko ser assim com você? - Eu provavelmente já imaginava. Curioso é um caso perdido.
- Quando eu e Daria-chan estávamos juntos, Kyoko foi persistente em tentar nos separar e quando terminamos ela queria que ficássemos e tal, mas eu não quis. Mas... - Sua cara escureceu de arrependimento.
- Mas? - Taki ficou novamente em silêncio, só que dessas vez pude ver que ele não tinha certeza se me contava ou não.
- Mas uma noite acabamos ficando e você sabe, aconteceu... - Kami-sama! Isso explica muita coisa.
- Hum... Acho que ela ainda tem esperanças pelo que vejo. - Ele concordou, mudamos de assunto não querendo mais que ele ficasse com um semblante tão preocupado, pois o forte do meu amigo sempre foi o sorriso despreocupado. Finalmente cansado do dia eu me despedi e fui dormir. Esse era o plano inicial, mas meu cérebro tinha opinião própria e fiquei dando voltas e voltas, pensando no Arata, no que Taki me disse e depois minha mãe. Finalmente Morfeu me visitou e antes de cair em um sono profundo me veio um pensamento de como me incomodava a ideia de meu amigo com outra pessoa.


  • Feita por Finn xD
Obaa a continuaçao >.<

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