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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Onegai Arata - 3

    Eu não podia ver a hora de chegar na escola, consegui dormir somente as quatro da manhã e por mais que o barulho irritante do despertado estivesse fazendo o carnaval na minha orelha eu não conseguia abrir os olhos.
- Masara você vai se atrasar! - Minha mãe gritava, mas eu queria ficar só mais cinco minutos. Com a mente nublada de sono me veio o pensamento de que eu tinha algo importante hoje na escola, mas realmente não conseguia me obrigar a sair da cama, ainda mais por que estava frio. Finalmente o pensamento de ver Arata penetrou em minha neblina sonolenta e praticamente pulei da cama enroscando meu pé no cobertor e caí de cara no chão (começamos o dia bem hã? ¬¬). Deixando a dor que me causou e escondendo o pequeno galo que se formou em minha testa com o cabelo, saí correndo pegando as coisas que eu precisava para as aulas de hoje e me vestindo, corri para o banheiro escovar os dentes, passei pela cozinha e minha mãe estava lá. - Cadê meu beijo de bom dia? - Mamãe havia feito o café e isso me tinha tão feliz, mesmo que eu não pudesse comê-lo agora pela minha incrível estupidez, a aura negra da decepção me envolveu - Não se preocupe eu deixarei pão de queijo no forno. - Ela disse carinhosamente beijando minha testa, beijei-a no rosto e me despedi correndo para conseguir pegar o último ônibus das oito (sim isso mesmo, eu estava quase uma hora atrasado, leve em consideração que eu vou levar mais quarenta minutos até a escola. Resumindo levarei uma linda advertência ¬¬). Não tinha noção que algumas pessoas ficavam tão felizes em darem advertência quanto Nestor "O carrasco" da escola, juro que podia ver o brilho de felicidade em seus olhos      cor barro quando me viu passar pelo portão, ele praticamente pulou de alegria quando eu assinei minha advertência (o que o deixou mais animado foi que era a minha primeira --').
 Cheguei na terceira aula e praticamente entrei correndo na sala, fui em direção ao meu local na janela, mas já estava ocupado por uma garota de cabelo ruivo bonita, mas de uma beleza um tanto... superficial,  olhei ao redor lastimando que não veria Arata até o fim do período. O único local vago era ao fundo, sentei lá e suspirei contente que consegui entrar antes do professor de história.
- Psiu, ei... Masara - Taki sussurrou meu nome, olhei em sua direção e vi seu olhar de interrogação, balanceia a cabeça dizendo que falaria com ele mais tarde.
 A aula passou tranquilamente, volta e meia olhava em direção a janela tentando em vão ver se ele estava sentado em baixo do salgueiro. A garota de cabelos ruivos começou a me encarar, mas não tipo de "dar em cima", mas sim de um jeito que estava me esfaqueando (ela me lembrava a Yuno de Mirai Nikki, exceto que gostava da Yuno :3, essa garota tinha minha total "não gosto de você").
  No intervalo Taki trouxe sua carteira no fundo também, contei o motivo do meu atraso e lógico que ele rio litros, me "elogiando" pela minha "esperteza".
- Taki-kun vem comer comigo? - Olhei para quem era a dona da voz, era a garota ruiva que a propósito era a que tinha me ligado ontem (--').
- Sinto Kyoko-chan, mas vou comer com Masara. - Vi que seu sorriso vacilou um pouco, ela me atirou um olhar assassino e eu dei um sorriso cheio de dentes, daquele que consegue deixar uma pessoa extremamente irritada. Seu lábio se contraiu em uma careta.
- Então eu posso comer com vocês? - Eita garota persistente, não entende quando não é desejada. Taki me olhou como se pedisse ajuda.
- Me desculpe, mas eu tenho um assunto sério para falar com Taki e não tem espaço para você. - Fiz sinal com a mão como se a despachando, meu amigo de infância arregalou os olhos com minha pouca delicadeza, era raro eu estar assim, mas qual é? Quem quer ter uma indigestão por causar da versão feminina do Chuck? (sei que fui maldoso, ela não era feia assim tinha os olhos azuis, um rosto pequeno na verdade ela era pequena e magra, com cabelos ruivos e lábios rosados. Para mim ela ainda era a versão feminina do Chuck o boneco assassino...).
 Nós fomos para um lugar isolado para comer, era uma das salas vazias de música, as pessoas nunca iam ali.
- Vai ver Arata hoje? - Surpresa se apoderou de mim, não lembrava de ter contado a ele sobre meu encontro e muito menos que eu gostava de Arata. Ele bufou como se eu fosse um tipo de idiota. - Acha que não percebia a cara que fazia quando ele estava perto? Ou o jeito nervoso que ficou ontem quando ele chegou? Ou a mordida que ele te deu na sua orelha? - Nesta última parte ele deu um risinho sacana, corei tão forte que até meu pescoço ficou vermelho e Taki começou a rir incontrolavelmente, esperei meu amigo terminar seu ataque.
- Desde quando? - Eu baixei os olhos, não queria encará-lo, por mais que eu saiba que Taki estaria sempre ali para mim... mesmo assim isso me deixava nervoso.
- Desde que você começou a sentar perto da janela. - Eu realmente queria me matar por ser tão transparente, ou seja, fazia quase um ano que ele percebeu... Ele levantou meu queixo para olhá-lo, Taki odiava quando as pessoas desviavam os olhos dos seus. - Masa, sabe que eu sempre vou te apoiar correto? - Acenei com a cabeça - Então não se preocupe com isso, se preocupe em ser feliz! - Aquilo me pegou de surpresa, não sabia quão importante era a aprovação de Taki até sentir meus olhos cheio de água (isso mesmo, existem momentos em que eu sou pior que uma garota e esse era um deles). Abracei meu amigo apertado e chorei sem motivo aparente, ficamos assim por um tempo até o sinal tocar e voltarmos para a sala, comigo com os olhos vermelhos.
 As aulas restantes passaram rápido de mais (digo isso por que quando a última aula se foi eu estava em um estado de nervos que tinha certeza que me romperia algum :S), eu suava e toda hora passava a mão no cabelo, ou ajeitava a roupa, tentava fazer qualquer coisa para manter as mãos paradas e parecer calmo, mas elas tinham outros planos. Estava tão distraído que quando me tocaram no ombro dei um pulo e quase vi minha alma sair de meu corpo nesse momento, gritei como uma menina e saí correndo. Fui parado por braços que rodearam facilmente minha cintura e senti um corpo quente contra o meu.
- Você é tão divertido, quase achei que não tinha vindo. - Eu conhecia essa voz, mas nunca pensei que conheceria como é estar sendo abraçado por ele, dei um suspiro que mais poderia ser descrito "como estar em casa".
- Por quê? - Eu realmente gostei que minha voz não falhou, mas não podia dizer quanto aos batimentos cardíacos.
- Não o vi em seu lugar de sempre na janela, confesso que me decepcionei um pouco. - Como ele podia dizer coisas como essa? Se ele queria que eu anunciasse meu amor por ele estava provavelmente indo pelo caminho certo, podia sentir meu rosto esquentar e oficialmente diria que teria um AVC.
- É que... é que - não consegui me concentrar com sua respiração soprando em meu cabelo e sua boca descendo para o meu pescoço estava me fazendo coisas engraçadas. - É que eu cheguei atrasado. - Eu estava torcendo para que não viesse mais nenhuma pergunta, pois estava tendo um enorme problema para reunir pensamentos.
- HUmmm, e o que deu para chegar atrasado? - Agora ele estava acariciando meu braço, mesmo com o tecido da blusa podia sentir o calor por onde ele me tocava.
- Não consegui dormir a noite... - Eu não prestava atenção no que estava dizendo, meus pensamentos pareciam tão em branco como uma folha de papel, a única coisa que podia era respirar e me manter de pé.
- E por que não conseguia dormir? - Ele não podia fazer isso, devia ter alguma regra divina que proibia essa pessoa de me afetar dessa maneira!
- Pensava em você. - E foi isso, ele me rodeou e capturou minha boca, não foi um beijo suave como tinha imaginado que seria, mas devorador, possuidor, era como se ele quisesse tomar tudo, meu corpo, minha alma e meu...coração. Seus lábios era exatamente o que eu esperava ou mais, eram tão macios e experientes (eu não ligava com quem ele aprendeu a beijar assim, o importante era que ele estava me beijando ^.^). Tão rápido como começou terminou. Era meu primeiro beijo, era nosso primeiro beijo, era a primeira vez que ele me abraçava e acima de tudo quando abri meus olhos pude ver um carinho que não tinha notado em seus olhos negros que me absorviam, hipnotizavam e me ama... eu não queria ter esperanças, não tiraria conclusões precipitadas, mas adoraria que esse pensamento se concretizasse. Nos perdemos em nosso mundo e não percebemos que tinha tantos alunos nos encarando, alguns com nojo, outros com surpresa e uns até mesmo com admiração, como se percebesse isso desencadeou o nível máster de vergonha e Arata riu da minha reação. Ele realmente tinha o dom de tirar as preocupações de mim e como em um passe de mágica o que as pessoas pensavam ou deixava de pensar sumiu de minha mente com uma leve carícia em meu rosto.  

 Ele começou a andar e como eu ainda não podia sentir minhas pernas ele  me puxou pela mão, sua mão era quente, acalentadora. Eu nem mesmo poderia descrever as sensações de tê-lo ao meu redor. Eu só sabia que meu coração batia como loco e eu devia fazer um seguro de vida, pois se já era aéreo só imaginando o que seria estar com ele, imagina agora que o tenho? Serei um verdadeiro desastre ambulante! Pensando em meus possíveis acidentes estremeci, mas continuei seguindo-o, afinal pelo que percebi eu estava tão cego e tão cheio de sentimentos por ele que o seguiria a qualquer lugar. (Eu estava tão feliz que não cabia em mim mesmo e o meu único pensamento era que se fosse um sonho eu não queria acordar).

  • Feita por Finn
Arigato pela continuação Finn-chan

Um comentário:

  1. Finn-sama arigato sua história ta ficando cada vez melhor continue assim q vc me conquista mas acho que ele e o arata estão mais próximos kkkk arigato ela linda história posto logo os outros capítulos! Estou esperando!

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