- Se o fizer, digo que você foi o pervertido que me ameaçou
a fazer isso! - Eu sabia do tendão de Aquiles dele e não me importava nem um
pouco em usá-lo.
- Você está me ameaçando? - Ele estava fazendo uma carranca
agora, eu realmente adorava provocá-lo. - Ninguém acreditaria em você - disse
com pouca convicção.
- Imagino, quem acreditaria no garoto magrelo em prantos na
frente do psicólogo, sem contar o quão constrangido ele estaria... tsc tsc
tsc... realmente ninguém acreditaria. - Seu rosto de vermelho foi para pálido,
eu estava me segurando para não rir nesse ponto.
- Vo... Você não seria capaz de fazer isso, seria? - Eu o
olhei e fiz que sim com a cabeça, com a aura mais inocente que pude adquirir,
redargui.
- Mas Taki você começou... me dizendo esse tipo de coisa...
e - eu tremi um pouco o lábio e meus olhos encheram de lágrima (sim, isso
mesmo, as vezes baixava um demônio em mim, o que posso fazer? Também sou ser
humano :p).
- Oh Masa, sinto muito, não sabia que ia ficar assim, eu eu
- Ele me abraçou e nesse ponto não aguentei mais e explodi em gargalhadas. -
Ora seu... BAKA! - Taki ficou tão furioso, mas eu não conseguia me controlar
meu copo todo tremia de tanto rir, finalmente meu amigo percebendo que era uma
causa perdida começou a rir também. - Aff. Não sei o que faço com você, as
vezes é tão lerdo que me dá ganas de te enforcar, outras vezes tem esse demônio
em ti muito bem disfarçado pela cara inocente... Realmente você ainda vai me
deixar de cabelo branco!
Eu parei de andar e
ele se virou para olhar o motivo de tão repentina parada, eu não podia crer no
quão sortudo era pelo amigo que tinha, por mais que brigássemos, sabia que Taki
sempre estaria ali para mim e isso me fez sorrir.
- Taki você sabe que o amo né? - Seus olhos cor mel
cresceram consideravelmente e depois se suavizaram, pude ver o carinho que ele
tinha por mim ali e isso conseguiu me deixar quente por dentro, ele era como um
irmão.
- Também te amo chibi. - Ele bagunçou meu cabelo e
continuamos andando para casa, sua casa ficava ao lado da minha, a janela do
seu quarto ficava ao lado do meu, ou seja, era impossível não nos vermos e isso
sempre fortaleceu nossos laços.
- Estou em casa. - Eu sabia que minha mãe ainda não estaria
em casa, mas ainda se ela por algum milagre estivesse saberia que era eu e seu
espírito não sairia de seu corpo com medo (sim, isso mesmo, minha mãe era uma
medrosa irremediável, ela podia se mostrar forte, mas desde que meu padrasto
morreu em um assalto ela ficou assim). Suspirando levei a mochila para o
quarto, minha casa não era grande tinha dois quarto, sala que era separada por
um balcão da cozinha e o banheiro. Meu quarto não tinha muita coisa, uma
escrivaninha com um notebook, uma foto minha e da minha mãe, a cama de solteiro
e o guarda-roupa, podia ser pequeno mas eu gostava dali, era meu santuário.
Deitei na cama e comecei a pensar novamente no que Arata tinha me dito, isso
fez coisas estranhas no meu corpo, como um nó no meu estômago, ou minhas mãos
suarem e minhas pernas estremecerem, até parecia que eu estava doente. Era diferente de quando eu o olhava de longe,
pois era isso, ele não sabia que eu existia e eu estava bem com isso, mas agora
eu queria mais, eu queria que ele sentisse o mesmo por mim.
Recordei o som de sua
voz e a caricia que sua boca fez em minha orelha, e lá estavam novamente os
sentimentos explodindo como fogos de artifício em meu peito, isso começou a me
deixar frustrado por que eu queria saber o que aconteceria amanhã e ao mesmo
tempo estava com medo. Para me distrair comecei a fazer a janta, já que mamãe sempre
chegava tarde eu fazia a maioria das tarefas domésticas (não sou um bom menino?
:3) com tudo pronto, fiz os deveres que tinha e finalmente fui tomar banho, era
tão relaxante a água quente sobre o meu corpo, suspirei feliz e por fim não
pude mais protelar, pois meus dedos já estavam enrugados, quando saí do
banheiro escutei o telefone tocar.
- Oi. - Estava um pouco apreensivo já que quase nunca
recebia ligações.
- É Masara? - Era uma voz feminina, não lembro de conhecer
ninguém que tinha uma voz tão... tão irritante (era raro eu achar algo
irritante logo de cara, mas estranhamente era exatamente assim que me sentia
quanto aquela voz).
- Sim e quem é você? - Não gostava de ser grosso, mas ela
foi mais por não se anunciar.
- Não interessa, eu só quero te avisar para manter distância
do Taki-kun. - Eu encarei o telefone sem acreditar, era só o que me faltava,
uma estranha ligar na MINHA casa e ME ameaçar para ficar longe do MEU amigo
(¬¬).
- Vamos fazer o seguinte, eu não te conheço e pelo visto
você também não me conhece então não me venha dando ordens. E se Taki quisesse
me manter a distância ele teria ME dito. Mais uma coisa, se estiver interessada
nele diga isso e não fique ligando para a casa das pessoas fazendo-as perder
seu tempo. - Sem esperar resposta desliguei o telefone, me virei para ir em
direção ao quarto me trocar quando novamente o telefone tocou. - Olha garota
por que você não incomoda outra pessoa hein?
- Ei o que deu em você? - Engoli em seco, não podia
acreditar que Arata estava me ligando, provavelmente eu morri e fui para o céu,
sim essa é a única explicação plausível. - Você ainda está aí? - O droga, eu
tinha que dizer algo, mas eu estava tão nervoso que nem se quer eu sabia quem
era agora. - Pelo visto escutar minha voz fez você entrar em curto hein? Eu
particularmente acho isso uma graça, mas é um pouco ruim ter uma conversa
unilateral.
- Unn... é... unnn.... Como conseguiu meu número? - Momento
xingamento mental, tanta coisa para dizer a ele e eu estava dando a entender
que não queria falar com ele, na verdade eu estava lisonjeado por Arata se quer
dar o trabalho de procurar pelo meu número.
- Perguntei por aí. - Foi sua resposta evasiva. - Então
sobre seu pagamento amanhã, espere por mim quando as aulas acabarem, tudo bem?
- Até parece que eu ia dizer não--'.
- Tu... Tudo bem. - O que acontece com minhas cordas vocais
quando falo com ele? Sua risada ecoou pelo telefone e enviou arrepios pelo meu
corpo.
-
Você é interessante. - Dito isso ele desligou o telefone e eu fiquei ali no
corredor olhando para o aparelho, de toalha e com o maior sorriso bobo que eu
podia reunir na história dos sorrisos bobos.- Feita por Finn
Historia cada vez mais fofa *---*
ResponderExcluiramei muito kawaii
ResponderExcluiransiosa pelo proximo capitulo
Ai que gracinha! Adorei o"BAKA" que vc botou kkk equando vc falou santuàrio me fez lembrar de os cavaleiros do zodiaco kkk um dos melhores animes não românticos do mundo>////< e também adorei quando ele atendeu o telefone de toalha e aparte dos dedos enrrugados (eu também fico assim até quase o chuveiro queimar kkkkkk)simplificando a história esta cada vez me surpriendendo mais e seu vocabulário està me impresionando continue assim!
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