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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Amor Tranlúcido

Cap.1 - PROIBIÇÃO

Estava deitado, cansado de viver. Mas como sempre, não dava mais para dormir. Retorcia-me na maldita cama de casal daquele lugar, que não podia ser chamado de apartamento, mas sim uma pequena suíte. De bruços, respirava fundo, para tentar levantar. Tentativas falhas, pois fazia a maior força do mundo, mas nem conseguia me mover um pouco que seja. Estava fraco, pensativo e desordenado mentalmente.

Você deve estar perguntando o porquê de tanta depressão. Irá saber agora, e simplesmente irá me entender. Só não fique triste por mim, pois odeio pena.

Bem, a verdade é que estou de cama a cerca de um mês e meio. Às vezes levanto claro, mas quase não tenho fome ou sede. Não saio de casa, ou melhor, deste miserável apartamento. E espero, realmente, nunca sair daqui. Isso tudo, por uma simples e dolorosa razão. Matei meus pais e minha irmã recém-nascida. Eu sei. Um tanto ridículo. Mas veja bem, eu estava desesperado para vê-la pera primeira vez. E não, não os matei por querer. Vou contar tudo.

Tenho 18 anos, acabo de sair da escola, e meu nome é Kourin, mas todos me chamam de Rin. Sou gay. E contei aos meus pais só agora pouco, pra ser mais especifico, á um mês e duas semanas. Mas não reagiram bem ao saberem minha orientação sexual. Minha mãe estava gravida de sete meses, e com os hormônios a flor da pele, gritou e brigou comigo. Meu pai, com olhos arregalados por uma eternidade depois que contara, percebe finalmente minha mãe quase me atacando e pulando no meu pescoço. Afastando-a de mim, percebe que eu e ela chorávamos. Eu por não ser o que esperava essa minha revelação, e ela, por simplesmente não gostar desta. Mas depois que se acalmou, sentada e bebendo copos de água, decidiu, em um piscar de olhos, que deveria viajar para distrair a cabeça. Meu pai concordou, pois também estava arrasado, de certa forma. E eu, simplesmente escutava tudo apoiado na parece e com meus olhos fitando o chão.

Como previsto, viajaram no dia seguinte, de carro. E fiquei sozinho em casa. Quando acordei já não haviacarro na garagem. Meu coração estava partido. Meus pais sempre foram muito compreensivos comigo, em tudo, principalmente minha mãe, que sempre fora calma. Sabia que isso era devido à gravides, mas mesmo assim me chocara e me quebrara por dentro. Indo até a cozinha, vejo um bilhete na ilha e vou ler.

Querido Kourin
Peço desculpas por sua mãe, nos dois sabemos o como ela anda alterada nesses dias por causa de sua gravides. Claro que, mesmo assim, nos ficamos chocados com a sua noticia repentina. Desculpe-nos por termos saído assim, sem avisar. Conhece sua mãe, é decidida, e você puxou isso dela. Por tanto sei que não ira mudar de decisão sobre esta (Nesta parte, o lápis estava borrado, como se ele apagara e escrevera diversas vezes) coisa que esta sentindo. Eu compreendo. Mas meu filho lembre-se, você é o único homem da família, meu herdeiro. Se algo acontecer comigo você cuidara de sua mãe e de sua irmã que esta pra vir. Mas não poderei contar com você se não for homem de verdade. Então ponha na sua cabeça que gosta de mulheres. Se não conseguir, vá ficar com várias e tentar, até que consiga. Sua mãe apoiou essa decisão, pois já esta na idade de ter relações sexuais COM MULHERES. Até que esfrie a cabeça, assim como nós, ficaremos longe. Não sei até quanto tempo. Aproveite para se divertir com suas futuras namoradas. Um beijo grande e até algum dia. Não se preocupe com sua mãe, ela terá a bebê, e Mélode estará bem. Quando sua mãe finalmente desejar retornar, que não será em breve, ligaremos pra você.

De seu pai.

Aquilo me chocara totalmente. Entrei em um tipo de depressão. Entenda, sou fraco. Tenho 1,59 de altura, sou magrinho, mas tenho um corpo bonito, assim como meu rosto. Chamo muito a atenção, de meninas e meninos. Meus olhos são verdes, quase esmeraldas e meu cabelo loiro, caído até as costas. Eu era frágil, e ainda sou. Não consigo vencer algo tão doloroso como a rejeição de quem você mais ama. E não queria passar longe da minha mãe quando ela tivesse a Mélode, mas parece que fui afastado de suas vidas como lixo. Claro que me sentiria mal.

Meu pai não é esse posso de ruindade, como parece, mas ele é conservador e tradicional, como minha mãe. Sabia que minha sexualidade iria causar problemas, mas não tanto. A única pessoa que me ajudou foi Caty. Caterina é uma amiga de infância, que realmente amo. Ela sim entendera e muito, o que vinha passando. É estranho e um tanto horrível você se deparar com seus colegas de classe vendo qual é a garota mais gostosa da turma, e perceber finalmente, que não achava nenhuma atraente, mas que tinha uma lista com detalhes e descrições sobre cada garoto na sala. Quando percebera, chorei muito, pois sabia que era uma opção... Fora da opção. Mas não podia mudar quem eu era. Então encarei.

Após um mês que meus pais saíram de casa, mesmo eu deprimido, sabia que meu aniversario estava chegando. Era na semana seguinte, e sabia que eles não deixariam de, pessoalmente, me dar os parabéns, como sempre faziam. Isso me dava impulso para ir aos últimos dias de escola. Fiz as provas e passei, agora era passar para uma faculdade. Mas nem pensava nisso, pois a muito não tinhas noticias de meus pais. Nem um telefonema, nem cartão, nem nada.

Um dia antes do meu aniversario, Caty estava lá conversando comigo, e eu, em pensamentos, só pensava em escutar a maldita campainha que não tocava. Esperava meus pais para dizer que havia desistido de ser gay e nunca ficaria com ninguém, nem com homem ou com mulher. Estava quase criando o som da campainha em meu ouvido, até que ela toca, me fazendo dar um pulo do sofá e correr até a maldita porta.

Quando a abro, uma surpresa. Um homem com cerca de 60 anos estava com uma cara muito da chapada de sono, e vejo por fim sua roupa de trabalho e uma carta que estendia á um tempo para que eu pegasse.

Após tal feito, meu coração estava quase aos pedaços. Mas ainda tinha esperanças de encontra-los no dia seguinte, ou até naquele mesmo. Mas tudo mudara ao abrir a carta e lê-la.

Kourin

Sua mãe esta muito feliz com a chegada da bebê a uma semana. Estamos indo pra ai semana que vem. Espero que já esteja curado.

Seu pai.

Apenas isso. Não falava nada além. Sentei pesadamente no sofá, morto mentalmente com a ultima frase. Ser gay não era uma doença. Eu realmente fiquei chorado e entrei em depressão novamente. Caty dizia que queria me levar para um psiquiatra que ela conheceu á um tempo, na faculdade. Ele é professor e um dos melhores psiquiatras do mundo. E disse que já havia contado de mim pra ele, mas nunca queria ir. Não queria me envolver com homem nenhum, nem olhar para um. Não queria pensar em nada, e sei que um psiquiatra me faria pensar.

Passando uma semana, recebo outra carta. Mas esta era do Hospital Makenna. Dizia, friamente, que eles haviam morrido em um acidente de carro na estrada. Todos. Mortos. Minha cabeça não aguentou. Caty, depois de ir pessoalmente neste hospital, viu os corpos e os enterrou, sendo a única a acompanhar o enterro. Depois, vendeu a propriedade de meu pai e tudo nela, e comprou um apartamento de solteiro. Ela dizia que eu precisava tirar da cabeça que eu havia sido o culpado, mas era impossível, pois foi por minha causa.

Um mês depois, cá estou eu. Exausto na cama. Como sempre. Pensando em tudo, toda a minha vida. Não havia chorado, nem por um segundo. E repentinamente a porta se abre, e Caty aparece com um sorriso no rosto de orelha a orelha, como sempre. Entra quase que pulando e vem até a mim.

– De hoje você não escapa. –diz ela cantarolando.

– Claro que escapo.

– Não, recusado. Por que eu tenho um grande plano.

– Qual plano? –pergunto agora me fazendo levantar e sentar na cama.

– Adivinha quem esta lá em baixo?

– Na recepção? Quem?

– Wiliam Persson. Meu amigo psiquiatra.

Meus olhos se arregalam. Não queria ver um homem, nunca mais. Pelo menos por enquanto. E nunca mais falaria com um.

– NÃO ACREDITO QUE FEZ ISSO. –grito, levantando-me da cama e indo até a porta.

– Fiz sim, e se você não quiser que algum homem entre na sua casa, terá que falar com ele lá em baixo.

– Você o mandará embora agora.

– Isso não será possível. Ele escutou muito sobre você e esta interessado em conhecê-lo. E ele é um homem decidido e forte. Nunca vai sair de frente da sua casa até falar com você pessoalmente.

– Como... Como você pode fazer isso comigo? Que traição.

– Futuramente irá me agradecer. –diz isso e puxa fortemente minha mão. Eu estava tão fraco que realmente não conseguia nem arrancar sua mão do meu pulso direito. Descemos, e lá estava o homem. Rapidamente me apaixonei pelo seu físico. Ele devia ter uns 1,89 de altura, e seus músculos eram totalmente definidos por baixo da fina e um pouco apertada blusa branca. E a calça Jens preta, dava vasão a um grande volume no meio das pernas do homem. Chegando perto, olhava para seus cabelos negros e caídos na nuca, um tanto despenteados, mas macios e brilhantes. E seus olhos... Ah seus olhos... Eram um de um mel tão claro que por um instante me fiz hipnotizado por eles.

– Kourin... Kouriiiiiin... KOURIN. – Caty gritava em meus ouvidos quando parei de olhar o homem e dei por mim que ele também estava me olhando, mas dando umas risadinhas entre seus lábios que se curvavam em um sorriso. Estava completamente vermelho. Será que ele vira que esta o observando?

– Desculpem-me. –digo desviando o olhar para o chão. Assim, lembrando que esta com a mesma roupa por três dias. Deveria cheirar mal, e estar com bafo. Não acreditei em tal realidade. Estava parecendo um lixo, e nunca, mesmo não sendo vaidoso, deixara isso acontecer. Muito pelo contrario, vivia cheiroso.

– Não se preocupe. –disse o homem auto que me encarava. Sua voz era perfeita. Magnificamente grossa e autoritária.

MAS O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO KOURIN? Não pode se apaixonar por um homem. Da ultima vez, na escola, você levo o maior toco da sua vida. Não pode gostar de ninguém que seja homem, pois você NÃO É GAY.

– Preciso voltar ao meu apartamento. –digo determinado e olhando para outros lugares menos para o tal Wiliam. Precisava me isolar. Não queria nem encostar em algum homem mais.

– Não. Caterina disse que trancou tudo e desligou as luzes, certo? –disse olhando-a, e depois volta a me fitar. – Você vai passar um tempo na minha casa, e até saber se cuidar sozinho novamente, deixarei que saia.

Indignado com aquela situação encoro o terrível Wiliam. Era um idiota. Mandarei ir a merda e voltei ao meu apartamento imediatamente. Mas antes que pudesse ter dito ou feito algo, ele pega meu antebraço com sua mão direita, fortemente me arrasta até fora da entrada do prédio.

– Espere. O que... O que está fazendo?

Sem responder, Wiliam não mede forças para me por em um Land Rover preto. Um dos carros que achava mais bonitos. Mas infelizmente, mesmo sendo apaixonado por carros, não queria entrar neste. Pegando-me no colo como uma criança ou um bonequinho sem peso algum, me coloca sentado no banco de traz do motorista. Então pega minhas duas mãos com a direita, e com a esquerda coloca o sinto de segurança em mim. Escuto um ‘treck’ que realmente não queria escutar. Wiliam fecha a porta.

Tento abrir o sinto de segurança, mas sabia que aquele barulho não significava coisa boa. O imbecil havia trancado o sinto. Tento então a porta, também trancada pelo lado de fora. Um absurdo.

Wiliam conversava com um homem com vestes elegantes e com Caty. Ah... Maldita traidora. Ira se ver comigo. Então, depois de um tempo, tentando bater no vidro do carro para que me deixassem sair, Caty vai embora, e o homem com roupas bonitas entra no carro. Ele iria dirigir. Enquanto o psiquiatra abria a porta do meu lado, do banco de traz. Sentando e fechando a porta, olha pra mim e da um belo sorriso.

Minha cara de raiva já dizia que o odiava e que queria que me tirassem dali imediatamente. Mas, antes que pudesse reivindicar meus direitos, o carro começa a andar. Wiliam está com um olhar vitorioso e com o peito inflado, além do sorriso bobo na linda face. E não podia deixar de notar que tal, o deixava muito mais belo.

  • Feita por Yan
Arigatooo o/

4 comentários:

  1. Yere, yere... Eu gostei muito. Sabe, fiquei imaginando o Akahiko e o Onodera '-' Sim, sim. Bizarro, pois é, pois é. :3
    Parabéns, Yan-san.

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  2. Cade a continuação? *-*
    Muito boa =D

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