- Cheguei! – Jos gritou, esperando uma resposta.
- Olá querido, como foi a aula hoje? Tudo ocorreu como desejado?
- Que foi mãe? Você está estranha. – A mãe de Joseph deu de ombros e saiu de vista, mas sua voz ecoava.
- Eu só estou preocupada…
- Vou pro meu quarto, tá?
- Contanto que seja só você. – Joseph sentiu uma leve agulhada, sua mãe era expert em descobrir segredos, era como se ela farejasse eles.
Joseph sorriu forçadamente e subiu as escadas para seu quarto, chegando nele, entrou em um conflito interno. Sentiu-se perdido em meio a sua estante de livros, havia tantos escritores que mereciam estar em seu trabalho, Cecília Meirelles, Ruth Rocha, J.K. Rowling, T.S. Eliot, Simone de Beauvoir, era uma lista grande. Ele pensou. Foi em Cecília. Seus dedos digitavam e sua cabeça bolava as ideias e na tela do notebook surgia a biografia, as obras, curiosidades, sua opinião sobre ela de um modo crítico, depois de um modo subjetivo, fora uma página, duas, quatro, sete, quando terminou suspirando com um ar feliz, dez páginas. Aquilo era algo que nunca imaginara. Mas por que escrevera tantas páginas? Ele não queria dizer que a autora era ruim, mas por que justo ela? Algo que talvez nunca ele iria saber.
“ Venha… venha… sinto sua falta… meus sussurros não são suficiente para atrair sua doçura?” – O vento trazia esse som.
Joseph salvou seu arquivo e desceu rapidamente as escadas, claro que com um livrinho nas mãos, um pequeno, que trazia poemas de escritores brasileiros famosos.
- Ai… me desculpe! Não quis que pensasse que eu não queria te ver, é… que tive que fazer um trabalho, não estou mentindo. Juro! É que a pessoa que pediu é especial pra mim…
“Especial… como?”
- Não sei descrever, é como se a pessoa fizesse minha cabeça, essa pessoa me beijou e eu... gostei. –Joseph admirava aquele tronco sedoso, com folhas verdes que projetavam uma sombra deliciosa, uma sombra que acalmava, tranquilizava ao extremo.
“ Gostou, qual o nome da pessoa?” –A árvore indagou balançando suas folhas.
- Matthew, mas ele é meu professor eu tenho me-medo que…
“ Meu pequeno Joseph, o medo é um sentimento comum, que nos ajuda a enfrentar os desafios diários, precisamos combatê-lo, não tenha medo de amar… amar é o sentimento mais puro e primordial. Sinta a liberdade, sinta o… vento que caminha por entre minhas folhas e balança seus cabelos loiros, sinta… é isso que você deve temer… perder esse sentimento… perder o tato. Se não temer amar esse homem, você vai sentir essa liberdade que o vento sente em seu deslocamento. Agora meu caro só leia e descanse seus pensamentos, eu trarei o silêncio…”
- Obrigado, obrigado por sempre estar aqui!
“ Como prometi aos membros anteriores de sua família, estarei ao seu lado até a sua morte”
Joseph encostou sua cabeça no tronco da árvore e descansou passando seus olhos pelas palavras que rimavam fazendo uma harmonia em sua mente que esvazia sua cabeça de um modo que ele esquecera de tudo… por enquanto.
Notas do autor:
Perdão pela demora, fiquei
carregado com tarefas de casa não dava tempo nem de pensar, mas prometo que
compensarei nos próximos capítulos.
- Feita por Samyueru
Meu Deus tô amando a história! Continua logo por favor!!!!
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