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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mentalistas - 3

Nossa primeira noite

Dylan está na cozinha fazendo o café da manhã, enquanto Cario desperta de seu sono. Ele se espreguiçara todo e levantara da cama. Cario vai até a cozinha, arrasta uma cadeira e senta-se.
                - Dylan!
                - Fala, estou ouvindo. – Dylan se mantem concentrado na comida.
                - Você está irritado com alguma coisa?
                - Não é nada, Cario. Espere um pouco. Já vou colocar o café da manhã na mesa.
                - Se o problema sou eu, você pode me dizer que eu vou embora e dou um jeito de me virar. Eu posso encontrar um lugar pra ficar.
                - Não é você. Fique tranquilo!
                - É que já faz alguns dias que você está com uma cara de chateado. Então eu achei que...
                - Está tudo bem. É que o preço dos alimentos que comprei estava muito caro, sabe? Os comerciantes devem pensar que o dinheiro dos clientes dá em árvores.
                - Tá! Entendi. – Diz Cario, com um tom de desconfiado. Dylan coloca o café da manhã na mesa.
                - Pronto, aqui está. Dylan serve a comida para Cario e senta-se na cadeira para comer também. Cario começa a comer e observa Dylan comendo. Ele percebe que Dylan não tira os olhos da comida. Os dois terminam de comer e Cario ajuda ele a lavar a louça. “Ele está muito calado esses dias. O que está acontecendo?” – Pensa Cario.
                - Eu queria te dizer outra coisa. – Diz Cario, que está enxugando os pratos que Dylan passa para ele.
                - Pode falar. – Diz Dylan, que mantem-se a olhar para os pratos.
                - Eu queria te pedir desculpas pelo que eu disse quando nos conhecemos. Eu acho que fui um pouco rude com você naquele momento. Então... É... Desculpe-me por aquilo. – Cario abaixa a cabeça e olha para o prato que está enxugando. Dylan para de lavar a louça e sorri para o Cario, que percebe ele parar de passar os pratos e o olha também.
                - Você é uma boa pessoa... Seu moleque!
                - Moleque? – Cario enche um copo com água da torneira e joga na cara de Dylan. O rapaz todo molhado, passa as mãos no rosto tentando se enxugando e diz.
                - Ficou doido, baixinho? – Dylan o agarra e executa um golpe chamado gravata.
                - Peça desculpa agora mesmo. – Envolvendo o pescoço dele com o braço esquerdo, Dylan usa a mão direita para puxar a Buchecha de Cario.
                - Você me chama de moleque baixinho e ainda me manda pedir desculpa? Largue-me!
                - Você me molhou todo. Anda logo, peça desculpa.
                - Nem sonhado! – Cario levanta o braço de Dylan até a boca e morde. Dylan da um sobressalto e solta Cario. Cario fica de frente para Dylan.
                - Ai... Você me mordeu?
                - Não foi tão forte assim, deixa de choramingar.
                - Agora você vai ver só o que vai te acontecer. – Diz Dylan. Cario tinha a impressão que Dylan estava virando um gigante, ele crescia assustadoramente na frente dele.
                - Não se aproxime! – Diz Cario, que começa a descer gotas de suar no rosto dele. Cario da um passo para trás, escorrega no chão molhado e cai no chão puxando Dylan junto.
                - AHHH! – Dizem os dois caindo. Dylan cai por cima de Cario, olha nos olhos dele e começa a sentir algo. “Ele... Ele está... Respirando diferente do normal. É como se estive nervoso por estarmos tão próximos” – Pensa Dylan, que começa a acariciar o rosto de Cario. “O que ele está fazendo? Eu não consigo escutar direto o meu próprio pensamento, preciso sair daqui!” – Pensa Cario, que em seguida tenta se libertar de Dylan.
                - Solte-me Dylan.
                - Não, espera. Eu... – Dylan aproxima vagarosamente os seus lábios aos de Cario e o beija. Cario tenta empurra-lo e se soltar dele, mas logo se rende ao beijo de Dylan. E o abraça puxando a camisa dele que está toda molhada. Dylan tira a camisa de Cario até a altura do peito, quando de repente, o telefone começa a tocar. Ele para de beija-lo e abaixa sua cabeça, deixando ela lado a lado com a de Cario, encostando a testa no chão.
                - Sai de cima de mim, Dylan. O telefone esta tocando, vá logo atender.
                - Rum... “Quem será?” – Pensa Dylan, que se levanta e vai atender ao telefone.
                - Rum... Entendi. Estou indo. – Dylan desliga o telefone.
                - parece que precisam que eu vá mais cedo para o trabalho. Vou me trocar.
                - Rum... – Diz Cario, que o observa ir para o quarto. Depois de se trocar, Dylan vai em direção à cozinha.
                - Bem, estou indo. E... Enxuga isso, foi você quem molhou. – Cario joga um esfregão no Dylan, mas ele desvia. Dylan sai do apartamento rapidamente. “Mas que cara estressado” – Pensa Dylan, dentro do elevador com os braços cruzados, escorado na parede. “A Culpa é dele e eu tenho que limpar isso” – Pensa Cario, que começa a passar o esfregão no chão. Ele se ajoelha e fica passando um pano por todos os lados. Depois de secar tudo ele se levanta e olha para o local onde foi beijado pelo Dylan. Em sua mente vem uma imagem do beijo que Dylan deu nele.
                - ÊHH! Eu sabia que ele era um pervertido! – Diz Cario colocando as mãos na cabeça fazendo uma cara de assustado. Algumas horas depois, Dylan chega à empresa e encontra uma pilha de papéis para serem analisados.
                - Ah, não! Que isso?
                - Desculpe-me amigo. São ordens do chefe. – Diz um rapaz que trabalha com Dylan.
                - Jardel, isso é culpa sua também não é?
                - Minha? O que eu tenho a ver com isso?
                - Eu estou vendo que tem poucos papéis na sua mesa e com certeza ele distribuiu a mesma quantidade para nós dois. Mesmo sabendo que ele não vai com a minha cara.
                - Detalhista você hein? Nossa! – Diz Gardel.
                - Você viu o Yan por ai? – Dylan pergunta.
                - O Yan? Sim. Ele passou em direção a maquina de café minutos antes de você chegar.
                - Entendi. – Dylan vai em direção a maquina de café e encontra o Yan.
                - Por quanto tempo você pretende me ignorar?
                - Até não sobrar vestígios dos meus sentimentos por você. – Diz Yan, que mantem-se a olhar para maquina de café. Dylan vai em direção a maquina de café, pega um copo de café e se escora na parede olhando para o vapor que saia do café quente.
                - Yan, por que você escolheu a mim?
                - Por que escolhi você?
                - É. Por quê?
                - Todos esses anos de convivência com você, me fez enxergar a pessoa que você é. Eu me apaixonei pelo seu coração. Mas não importa mais.
                - Mas Yan, como pode acontecer isso. Somos homens. – Diz Dylan. Yan olha para ele.
                - Para o amor não existe sexo. Todos são livres para amar a quem desejarem. Isso não é uma escolha, amor é sentimento. – Diz Yan, que depois vai embora. “Um sentimento.” – Pensa Dylan, que fica olhando para o chão, com cara de pensativo. “Acabo de beijar um cara e fico perguntando essas coisas para o Yan. Mas que idiota.“ – Pensa Dylan, que fica com cara de abobado. “Espera! Eu beijei o Cario. O que isso quer dizer?” – Pensa Dylan, enquanto soa pelos cantos do rosto. No apartamento de Dylan, Cario está inquieto e fica andando de um lado para outro.
                - O que eu vou fazer aqui? Não tem nada. – Cario olha para a mesinha do centro da sala e percebe que em cima dela, a papéis. “O que será isso?” – Pensa Cario. Ele começa a ler. “São histórias românticas? Quem diria que aquele pervertido é um escritor” – Pensa Cario, que começa a folhear as paginas. “Interessante, ele é bom.” – Cario passa o dia todo lendo. Dylan chega e abre a porta. Ele entra e encontra Cario cochilando no sofá, com os papéis sobre a barriga. Dylan se aproxima e toca no rosto de Cario, fazendo-o despertar. Ele abre os olhos lentamente.
                - AHHH! Pervertido! – Grita Cario, que se encolhe no final do sofá, longe de Dylan. “Moleque” – Pensa Dylan, que olha para o lado pelos cantos dos olhos, com a testa franzida.
                - Eu estava querendo te chamar para jantar fora, já que seu pé está melhor. Mas parece que você não quer não é?
                - Jantar fora? Ah... Tudo bem. Eu não vejo problema. Obrigado pelo convite então! – Diz Cario. “E por que haveria problema nisso?” – Pensa Dylan. Sobe uma veia na testa dele.
                - E o que é isso na sacola?
                - Suas roupas. – Dylan joga a sacola no colo de Cario.
                - Minhas roupas ficam muito folgadas em você, não poderia sair em publico desse jeito.
                - Ah, é verdade.
                - Vá vesti-las logo, anda!
                - Tá! Entendi. – Cario vai para o quarto e veste as roupas novas. Minutos depois, ele vem para a sala.
                - Olha! Ficou bom.
                - Você acha? Mas não se preocupe. Eu vou dar um jeito de arrumar um emprego enquanto não consigo ter a minha memoria de volta.
                - Não se preocupe, depois falamos disso. Vamos?
                - Sim, vamos! – Os rapazes saem do prédio e pegam um taxi para chegarem ao restaurante.
                - Dylan, você não usa seu carro?
                - Uso, mas está no concerto. E como sabe que eu tenho carro?
                - Tem uma chave de automóvel dentro de um jarro transparente, lá no seu apartamento.
                - Ah, é verdade. – Eles chegam ao restaurante, Dylan escolhe uma mesa bem discreta na janela e sentam-se. Minutos depois, Dylan pergunta para Cario.
                - Como está a comida?
                - Está ótima. Obrigado por me trazer aqui.
                - Tudo bem. Não precisa agradecer. Hoje alguém me falou algo que me fez refletir a respeito.
                -Falou o que? – Cario pergunta. Dylan pega a taça na mão e toma um gole do vinho.
                - Falou assim... “Para o amor não existe sexo.Todos são livres para amar a quem desejarem. Isso não é uma escolha, amor é sentimento” – Cario paralisa ao ouvir o que Dylan falou. “Por que ele está me falando isso? O que ele quer dizer? Meu coração está batendo tão rápido que não consigo pensar direito.”
                - Cario? Você me ouviu?
                - Sim, claro! Belas palavras não são?
                - Sim! São mesmo. Mesmo sendo um escritor, como você viu lá no apartamento. Eu acredito nisso, mas não imaginei algo como isso relacionado a mim, pensado desta maneira. – Depois de mais algumas horas, eles vão para casa. Durante todo o percurso eles não trocam uma palavra se quer. Dylan abre a porta do seu apartamento e espera o Cario entrar primeiro. Cario entra, acende as luzes e tira os sapatos. Depois de dar dois passos para frente, Dylan entra, fecha a porta e apaga as luzes.
                - HÃ? O que está... – Diz Cario, que não termina a frase. Dylan o agarra por trás, encosta sua boca no ouvido dele e fala meio que sussurrando.
                - Hoje eu não consegui me concentrar no trabalho e sabe por quê? – Cario engole seco. Desce algumas gotas de suor do rosto dele. Dylan desabotoa lentamente a camisa de Cario enquanto fala.
                - Eu pensei muito naquele beijo de hoje cedo. De alguma forma você consegue mexer comigo e eu não sei o porquê disso. – Dylan passa a mão pelo abdômen de Cario, subindo até o pescoço dele e depois o beija na nuca. Cario sente seu corpo estremecer.
                - Pare com isso, Dylan. Por que de repente começou a fazer isso? – Diz Cario, que começa a sentir cada vez mais o calor do corpo de Dylan. O coração dele bate ainda mais rápido.
                - Desdá primeira vez que você caiu nos meus braços, eu senti algo dentro de mim. Como se fosse uma energia que me ligava a você. – Dylan da uma leve mordida na orelha de Cario, que o faz se arrepiar e gemer em voz baixa.
                - Agora relaxe. Porque está noite irei te mostrar essa ligação que senti ao te segurar nos braços, pela primeira vez.

  • Feita por Heyne Archer 
Arigato :3

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