Desavenças
Dylan está encostado na entrada do quarto de hospedes do seu
apartamento, segurando um copo de café na mão e observando o estranho dormir
tão tranquilamente. Ele não conseguiu dormi direito por toda a noite, se
perguntando quem será o estranho. “Quem é você? Por que andava pela rua
machucado? Deveria estar no hospital, isso sim.” – pensa Dylan, enquanto toma
um gole do seu café. Ele se lembra de ontem à noite, quando trouxe o estranho
pra sua casa. Flashback. Dylan passa pelo porteiro do seu prédio e o mesmo o
pergunta.
- Senhor Dylan, ele está bem? O senhor precisa de ajuda?
- Já falei que não precisa me chamar de senhor, Marlon. Afinal, não tenho nem 27 ainda. – Dylan sorri para o porteiro que fica constrangido por ter o chamado de senhor sem querer.
- Perdão sen... Digo Dylan.
- Tudo bem, Marlon. Mas
não, não preciso, ele esta bem sim. Só está um pouco cansado. – Diz Dylan, que
em seguida vai para o elevador. Dentro do elevador, ele olha para o rapaz e
pensa. “Ele é pesado, mesmo sendo magrinho desse jeito” – Dylan chega ao seu
apartamento, abre a porta e vai em direção ao quarto de hospedes.- Senhor Dylan, ele está bem? O senhor precisa de ajuda?
- Já falei que não precisa me chamar de senhor, Marlon. Afinal, não tenho nem 27 ainda. – Dylan sorri para o porteiro que fica constrangido por ter o chamado de senhor sem querer.
- Perdão sen... Digo Dylan.
- Pronto! Fica ai. – Diz Dylan, enquanto coloca o rapaz na cama do quarto de hospedes.
- Isso no seu pé deve ser apenas uma torção. – Dylan tira os sapatos do rapaz com cuidado, mas ele sente dor e grita. Dylan olha para ele achando que havia acordado, mas o rapaz ainda dormia.
- É como eu pensei. Isto foi apenas uma torção. – Dylan passa um remédio no pé dele e enfaixa o mesmo. Ele encobre o rapaz com uma coberta e sai do quarto. Dylan escuta algumas batidas na porta, vai até lá e abre.
- Gena? Ah! Esqueci que você vinha hoje. – Dylan fala tranquilamente, pois já havia terminado os capítulos que serão levados pela Gena.
- Esqueceu né? E dos capítulos esqueceu também? – Gena abre a bolsa e procura por algo. Dylan acha que ela vai tira algum objeto cortante. Pois antes ela havia dito que o cortaria em pedaços, se não terminasse os capítulos no prazo.
- Eu os terminei, tome aqui. Boa noite, tchau! – Dylan fala rapidamente e bate a porta. Ele fica de costas para porta e aproxima-se dela. Por alguns segundos ele mantem uma respiração ofegante. Lá fora, Gena ficou com o cabelo todo bagunçado por causa da pressão da batida da porta. Ela fica olhando para a porta demonstrando não entender a reação do Dylan. Da sua bolsa ela tira o celular que estava vibrando. Fim do flashback. “Não é certo trazer estranhos pra dentro de casa, mas não sou desumano, ele estava precisando de cuidados. É o que eu achei que fosse, uma torção no pé” – pensa Dylan, que em seguida fecha a porta do quarto de hospedes e vai para sala. Ele se senta no sofá e liga a TV. “Hoje não é dia de trabalhar. Ficarei em casa até ele acordar.”– Pensa Dylan, que depois se deita no sofá para ficar mais confortável. Algumas horas se passaram e o rapaz acorda.
- Que lugar é esse? Onde estou? – Diz o rapaz confuso, ele se senta na cama.
- Ai, minha cabeça. Eu não me lembro de nada. Ai... – O rapaz coloca a mão na cabeça.
- O que aconteceu? – Ele tira as cobertas de cima dele e se levanta da cama. Ao colocar o pé no chão, ele sentira doer. Mesmo assim o rapaz se levanta e caminha se apoiando nos moveis e na parede. Ele chega à sala e olha para Dylan que está dando um cochilo no sofá. “Ele deve saber como eu vim parar aqui” – Pensa o rapaz, que depois caminha com um pouco de dificuldade até Dylan.
- Ei! Acorde. Ei! – O rapaz o balança e ele acorda.
- HÃ? O que? – Dylan olha para o rapaz que está apoiado no sofá.
- Ah, Você acordou. – Ele se levanta.
- Você sabe como eu vim parar aqui?
- Eu que te trouxe para cá. Encontrei você na rua, com o pé machucado. Você veio em minha direção e adormeceu nos meus braços.
- Adormeci? Não me lembro de nada.
- Quem é você? Como se chama?
- Ah, eu me chamo Cario. Só sei disso.
- Cario? Rum... Prazer em conhecê-lo, Cario. Sou o Dylan. – Dylan estende a mão. O rapaz tira a mão que estava se apoiando e estende a mesma, mas perde o equilíbrio.
- Prazer em... Opa! – Dylan o segura rapidamente. Os dois se olham nos olhos por alguns segundos. Parecia que tudo havia sumido e só existiam os dois lá.
- Por quanto tempo você pretende me segurar desse jeito? – Diz Cario, que demonstra estar um pouco nervoso e disfarça virando o rosto para a esquerda.
- Me desculpe, não era minha intenção. –Ele começa a rir sem graça. E ajuda Cario a se sentar.
- Tá! Sei... “Não sei não... Ele parece ser pervertido”
- Você quer alguma coisa pra comer ou beber?
- Não obrigado. – A barriga de Cario começa a roncar tão alto que Dylan ouve. O rapaz vira o rosto para o lado, envergonhado ele cruza os braços.
- Rum... Vou fazer alguma coisa pra você. Espere aqui!
- Ah... Está bem. “E se ele for mesmo um pervertido que abusou de mim enquanto eu estava dormindo?” – Pensa Cario.
- Aqui, Tome! – Diz Dylan, que entrega a comida em cima de uma bandeja para o rapaz. Em seguida, Dylan se senta em outro sofá.
- Então você me achou na rua? – Cario o pergunta.
- Sim, foi isso! – Cario olha pra ele com uma cara de desconfiado.
- Acha que não? O que você acha que foi?
- Eu acho que você fez alguma coisa comigo, seu pervertido! – Diz Cario. Franzindo a testa, ele olha para Dylan.
- O que? Ficou maluco? Eu nunca abusaria de ninguém. Muito menos de um moleque como você. – Dylan faz uma cara emburrada e cruza os braços e as pernas.
- Moleque? Quem é moleque aqui? – Grita Cario irritado. Uma veia pula na testa dele.
- Sim! É você mesmo. Por acaso está vendo outro moleque e ainda por cima baixinho? – Grita Dylan, encarando o rapaz fixamente nos olhos.
- Baixinho? Quanto você tem de altura? – Diz gritando.
- 1,85!
- 1,85? Por que você é tão alto? Não é culpa minha ter ficado baixo assim. Sabia? – Diz gritando. Os dois se olham fixamente nos olhos. Parecia que raios saiam dos olhos deles e se colidiam no ar. Dylan se levanta e diz.
- Eu te ajudo e é assim que você me agradece? Moleque mal educado. Eu vou sair para comprar algumas coisas. Não se esforce, pois você está machucado. – Dylan vai até a porta e sai. Cario o observa sair.
- Cuidou de mim? – Cario olha para o pé machucado e percebe que está enfaixado.
- Rum... – Ele começa a comer a comida que Dylan preparou pra ele. “Incrível! Isso está muito bom!” – Pensa Cario, que logo começa a comer mais rápido. “Até que aquele pervertido sabe cozinhar bem. Quero dizer... Dylan” – Cario para de comer e suspira. “Acho que fui muito rude com ele” – Cario faz uma cara meio de desanimo. “Aquele idiota, quem ele acha que é para me faltar com respeito daquela maneira?” – Pensa Dylan dentro do elevador.
- Boa tarde Dylan. – Diz o porteiro Marlon. Mas Dylan não percebe e o ignora. “Incrível! Eu ajudo aquele cara e ele vem com essa” – Pensa Dylan. O porteiro coça a cabeça e o olha indo embora sem entender nada.
- Rum... – Diz o porteiro Marlon. Yan chega ao prédio de Dylan, na esperança de tentar faze-lo aceitar o amor que ele sentia por Dylan. Yan sai do elevador e caminha até a porta de Dylan, toca a campainha, mas percebe que está quebrada e sorrir. “Ele ainda não concertou isso. Ele é tão esquecido” Pensa Yan. Em seguida, ele bate na porta.
- Quem será? – Diz Cario. Ele vai até lá com um pouco de dificuldade e abre.
- O que deseja? Diz Cario. Yan olha para o rapaz e arregala os olhos demonstrando estar surpreso. Ele não acredita no que está vendo e pergunta.
- Quem é você? “Será que Dylan tem alguma coisa com esse cara? Não posso acreditar nisso.” – Pensa Yan, que começa a ficar desanimado.
- Eu? Ah, eu me chamo Cario. Você deve estar procurando o Dylan né? Ele saiu!
- Cario? Entendi! É... Cario, não precisa dizer que eu estive aqui, está bem? Vou embora.
- Rum... Tudo bem com você?
- Sim, esta tudo bem. Tchau! – Yan dá um falso sorriso.
- Está bem então, até mais. – Cario fecha a porta. Yan entra no elevador. “Eu não quero acreditar nisso. Ele já tem alguém! E ainda por cima, já está morando com ele” – Pensa Yan, que desliza na parede do elevador até o chão, com a mão na boca, derramando algumas lagrimas. Vários minutos depois, Dylan chega ao apartamento de Yan e aperta a campainha. “Estranho. Ele deveria estar em casa há essa hora” – Pensa Dylan. E depois vai para o elevador do prédio. A porta se abre e ele vê Yan, Com os olhos vermelhos de ter chorado.
- Yan? Onde esteve? – Yan sai do elevador olhando pra Dylan.
- O que você está fazendo aqui?
- Como assim o que eu estou fazendo aqui? Eu vim te ver.
- Você deveria estar em casa, não acha?
- Do que você está falando? E porque estava chorando?
- Vai embora Dylan. Não é da sua conta!
- O que? Por que está sendo tão frio comigo?
- Anda, vai! – Yan se vira e segue em direção ao seu apartamento. Dylan o segura no braço.
- Espera. Você não vai embora sem me contar o que está acontecendo com você para me dizer essas coisas e ficar tão frio assim. Yan, somos amigos!
- Me solta Dylan. Depois de tudo que você fez você ainda vem até aqui? Mesmo sabendo do que eu sinto por você?
- Como assim? Não estou entendendo nada. O que eu fiz? – Yan puxa o seu braço para fazer Dylan larga-lo. Ele caminha até o seu apartamento, abre a porta e entra. Ele tenta fechar a porta, mas Dylan o impede.
- Yan. Pare com isso! Você esta sendo infantil! – Yan olha para Dylan com a testa franzida.
- Solta esta porta já, eu não quero falar com você. “Meus sentimentos por você nunca serão recíprocos.” – Pensa Yan, que começa a derramar lagrimas.
- Me deixa entrar.
- Não, vai embora. Deve ter alguém na sua casa precisando de você lá. – Dylan solta à porta e faz uma cara de pensativo. “Alguém precisando de mim em casa? Quem?” – Pensa Dylan, que depois se vira e vai para o elevador. De repente vem uma imagem na mente dele do rosto de Cario. “Cario” – Pensa Dylan, se lembrando de Cario. Próximo ao prédio de Dylan, um estranho está com um binoculo na mão e um celular na outra, falando com alguém no terraço de outro prédio. Observando Cario que está distraído na varanda, olhando para as pessoas lá em baixo.
- Senhor, eu já localizei o alvo, ele perdeu a memoria como o esperado. Aguardo as suas ordens.
- Feita por Heyne Archer
waaahaha >.< bom muito bom >.< essa estória é muito boa ^.^ S2 espero ansiosíssimo pela continuação
ResponderExcluir