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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Pugnator - 4

O torneio

Sentiu mãos leves acariciar seu rosto e brincar com seus cabelos, e lentamente foi despertando do seu sono pesado. Mas não gostou nada do que viu, havia sombras no telhado de uma casinha velha, elas rondavam por ali em busca do garotinho encolhido na cama. Ele mandou que estas se afastassem e elas simplesmente o fizeram, deixando-o assustado durante todo o resto da noite.

Dean abriu os olhos não gostando do sonho que tivera, mas nada de acordar saltando da cama, ele já estava começando a se acostumar com isso. E quando terminou de abrir os olhos encontrou aqueles belos olhos cor-de-rosa e um sorriso encantador.
-Oi! – Esis disse para um Dean recém acordado, mas ainda sonolento. – Está na hora de acordar. Temos um torneio para competir.
-Está tão seguro – ele disse sentando-se, mas já sentindo saudade do contato com Esis. Por quê? Por que sua necessidade tinha crescido num espaço de tempo tão pequeno? – Você está pronto?
Ele assentiu com um sorriso brilhante.
-Mais do que pronto.
-O que está aprontando Esis? – ele percebeu que aquele sorriso não era muito comum e aqueles olhinhos piscando pior ainda. Seu amigo não era assim, ele sempre andava por ai de muito mal humor e batendo em qualquer um que entrasse em sua frente – fazer o que as lições das artes marciais não lhe tinham ajudado a controlar sua raiva – não aquele garotinho encantador que ficava piscando os olhos.
-Olha só – ele mostrou a Dean sua mais nova espada, era prata com detalhes em rosa e mais longa e afiada que a antiga. Era a mesma espada da carta que Dean tinha achado no outro dia, afastou-se de Esis o suficiente para aquela coisa não alcança-lo.
-O que você fez?
-Ela se ativou sozinha – ele disse avaliando-a.
-Não entendi – admitiu Dean levantando-se para trocar de roupa, não queria perder nem mais um minuto ali.
Esis suspirou profundamente.
-Já disse que você tem um dom muito especial. Os mestres geralmente precisam das palavras chaves para que a carta funcione, mas com Lumina draconis você ativa suas cartas sem palavras.
-É só para isso que ele serve?
-Não, ele tem vários dons – alguns deles Esis nem queria mencionar – Mas como não tem controle sobre esse poder é só o que precisa saber, tem uma grande responsabilidade Dean, isso é muito poderoso e não pode cair nas mãos do inimigo de maneira nenhuma.
-E como cairia nas mãos do inimigo? Eles arrancariam meu globo ocular?
-Não, eles simplesmente poderiam te obrigar a fazer coisas que não gosta. Bem eu não sei ao certo o que esse olho pode fazer, mas qual a melhor maneira de saber se não testando não é? Mas esteja preparado, depois da luta de hoje sua vida não será a mesma.
-Tudo bem, por que você vai estar comigo e isso é o que importa – depois que Dean tinha soltado a bomba ele percebeu o que tinha dito e então se calou, a vergonha ficou pairando no ar entre os dois e entre pigarros Dean disse: – E por que está alegre? É só uma espada!
-Não é não, olha só esse designer... – ele continuou falando sobre detalhes lindos e bem feitos de sua espada, Dean já tinha imaginado que não era com o poder da espada que ele estava encantado e sim com o designer dela.
-Certo, certo. Mas deixe-me vê-la – pediu ele indo para mais próximo da espada, está que Esis abraçou com força, Dean temeu que aquilo o cortasse.
-Não encoste nela – minha nossa aquilo era uma pessoa ou um monstro possuído? Que maldade pensar assim dele, muito embora Dean continuasse pensando.
-Esis eu só quero ver, seu maluco.
-Tudo bem, tudo bem – ele entregou lentamente a espada, que nas mãos de Dean voltou a ser uma carta – Olha ai o que você fez.
-Por que está irritado? Essa coisa tem limite para transformação ou algo assim? – perguntou ele no mesmo tom e logo eles dois estavam discutindo.
-Me dá aqui – Esis puxou a carta da mão de Dean, mas dessa vez ela não se transformou na magnifica espada prata e cor-de-rosa – Vamos nos apressar, as batalhas começam cedo.
-Tudo bem – Dean pegou sua jaqueta e se retirou dali, o dia hoje estava frio, dando indícios de uma chuva no final de tarde.
Subiram na moto e Dean deu a partida, seguiram de volta aquele lugar, parando no meio do caminho apenas para abastecer a moto, pois era a vez de Esis fazer e ele não o tinha feito. Mas isso não era uma novidade.
Adentraram o local, todos olhando para eles, mas não estavam ligando. Esis se afastou enquanto Dean ficou ali esperando ele voltar, afinal o garoto parecia saber mais disso do que Dean.
-Estamos em sexto, acha que colocaram todos nós?
-Seis combatentes e seis mestres numa arena só, parece bem mais divertido que uma luta de cada vez. – Dean disse sarcástico, observou os lutadores a sua volta pareciam querer esmaga-lo, ou talvez ao pequeno garoto do seu lado. – Se for assim prepare-se, eles vão mirar em você primeiro.
-Acha que não sei?
Não, Dean sabia que ele sabia disso, mas estava preocupado, não tinha visto Esis em ação, não que estivesse desconfiando do potencial dele, mas...
-Eu sou forte Dean, mas do que você ou eles pensam.
-Você nem faz educação física – ele disse defendendo-se.
-É por que sou mais forte que qualquer um dentro daquele colégio, e não por que sou frágil – Esis se defendeu.
-Ah... Então pode parecer sutil e meigo? – ele perguntou, tinha algo em mente, mas não sabia se poderia dar certo, se Esis era tão forte como dizia seria uma surpresa para seus adversários ver o garoto de pouca altura derrubando a todos.
Esis não gostou da ideia de parecer sutil para alguém que não fosse Dean – sendo que malmente ele era com este –, mas essa estratégia poderia funcionar.
-Se eu te der um soco agora não vai parecer nada meigo não é? – Esis perguntou ao amigo.
-Não – Dean apressou-se em responder.
-E se for com carinho?
-Esis colabore tudo bem? – ele se afastou um pouco para que não pudesse ver aquele olhar assustador – Quando seremos chamados?
-Logo, mantenha a calma tudo bem?
Dean assentiu e quando Esis não se deu por convencido ele disse:
-Tudo bem! – ele ficou pensativo novamente – Ei Esis, o que acontece quando algum combatente é vencido?
-Eles voltam a origem – ele disse tranquilo – Combatentes são seres de outro plano, eles vem do mesmo lugar que essas cartas, quando são derrotados por outro combatente eles se tornam cartas. Mas há aquelas pessoas que não tem muita moral nesse jogo e destroem as cartas, mandando os combatentes de volta ao outro plano.
-Você...
-Não se preocupe Dean – ele pediu com um sorriso sincero – Não pretendo perder e você também não.
-Mas se acontecer... – ele disse mais do que depressa para que Esis não o impedisse, mas depois desacelerou – Se alguém fizer isso... Eu não sei como seria o resto da minha vida sem o meu melhor amigo.
Esis ficou surpreso com a declaração deste, mas depois confortou-o com um sorriso.
-Já disse para não se preocupar, nós vamos vencer.
-Como devo batalhar?
-Dá maneira que ensaiamos, lembre-se que não precisa de palavras para ativar uma carta – disse Esis entregando a Dean as cartas que vinha guardando desde que se lembrava, um cetro e as cartas inferiores que ativavam as habilidades das armas – Então é só pegar uma carta e eu faço o resto.
-Isso não é exatamente uma luta em dupla – ele disse recolhendo as cartas – E desde quando as tem?
-Desde muito tempo, na verdade já nem consigo me lembrar direito.
Certo, Dean estava pronto, tinha passado semanas treinando, então ele estava pronto. Só esperava não ficar nervoso e não saber o que fazer.
-Vamos estão nos chamando – disse Esis seguindo para arena.
Dean se apressou em ir ate a arena. Adentrou seu circulo e esperou os outros mestres fazerem o mesmo. O único combatente que estava na arena era Esis, mas logo os mestres ativaram os seus. Seria uma luta dupla, dois contra dois, e depois os únicos de pé derrubariam mais um para passar para a próxima etapa, tudo bem até agora Dean podia avaliar isso muito bem, o problema era na pratica.
Preparou seu baralho como Esis o tinha ensinado e ativou a mais nova espada de Esis, ele ficou incrivelmente distraído com os desenhos. Aquele maluco não mudava mesmo.
-Esis se concentre! – ele gritou de onde estava, os outros mestres ficaram um pouco confusos ao vê-lo fazer isso, mas ele os ignorou. Era obvio que tinham percebido que ele era novato, mas ao menos não tinham percebido que ele não fez uso de palavra alguma, então aquele olho estava funcionando?
-Muito bem, mestres estão prontos? – o apresentar da cerimonia se aproximou do campo de batalha, Dean assentiu junto aos outros – Então podem começar a batalha... Agora.
Os ataques se iniciaram mais cedo do que ele imaginou, mas eles não estavam atacando Esis e isso com toda certeza devia deixa-lo irritado, Dean queria rir, mas isso o desconcentraria.
-Dean?! – Esis o encarou esperando.
Ah sim, ele tinha se esquecido que um lutador não poderia lutar sem as ordens de seu mestre.
-Nocte draco! – ele citou, seu olho esquerdo ardeu um pouco obrigando-o a fecha-lo, mas ele abriu estava tudo bem, encontrou um belo guerreiro a sua frente, um pouco mais distante do que ele queria – Esis, vamos lutar.
Dean separou os dons especiais e esperou pelo momento certo, um dos combatentes se aproximou em alta velocidade e ele aproveitou para ativar o cetro, sua troca de habilidades era bem mais rápida que a de qualquer jogador ali e eles logo perceberam isso quando Esis se moveu com habilidade prendendo seu inimigo entre raízes.
-A espada Dean – Esis pediu-lhe.
No mesmo instante ele trocou de arma. Esis moveu-se desviando do ataque do outro oponente indo para cima daquele que estava preso nas raízes, pois ele não ficaria ali por muito tempo. Esis acertou seu adversário cravou a espada no outro combatente que voltou a ser uma carta no mesmo momento.
-Não era para fazer isso – Dean gritou em irritação, não queria que Esis se machucasse, mas também não queria machucar os outros. Esis o encarou e deu língua, era uma criança mesmo. – Tudo bem, o próximo então. – se esse era o jogo o que ele poderia fazer?
Dean não gostou muito ao perceber que agora sim as atenções tinham sido voltadas para Esis, mas ao mesmo tempo percebeu que poderia por em pratica seus planos.
-Vamos Dean, faça alguma coisa – disse Esis esperando o próximo movimento, já que seus oponentes já o atacavam. Sorte ele ser pequeno e conseguir desviar muito bem.
Ele tentou usar uma das habilidades da espada mesmo, mas não seria rápido demais para acertá-los, ao contrario do mestre da sua esquerda que usou um dom especial e todos os combatentes que estavam na arena paralisaram. Droga, talvez ele precisasse de mais treino.
Dean tentou ativar outras cartas, mas não conseguiu.
-Não tente, as cartas de ataque de vocês estão inutilizadas ate que eu ataque. – disse aquele que tinha feito à manobra.
Droga duas vezes, combatentes não poderiam ficar parados em arena, pois seus pontos eram descontados – ele tinha aprendido a parte teórica o difícil mesmo era aplica-la. Desta maneira aquele estupido venceria a batalha sem nem mesmo lutar, que maneira mais trágica de vencer, mas se bem que ele adoraria vencer dessa maneira.
Pense Dean, pense. Ele olhou todas as cartas no baralho que Esis o tinha dado, encontrou uma interessante, não era de ataque por isso ele podia apostar que ela seria ativada, mas certamente seu amigo ficaria muito bravo com ele.
Ele ativou a carta e uma mulher esbelta apareceu diante deles, os mestres e ate mesmo os espectadores ficaram encantados, Dean tentou não ficar, mas ele sabia que aquele a quem todos estavam admirando era seu e somente seu. O que? O que ele estava falando? Era seu amigo, só isso.
-Vamos idiota faça um movimento ou vai perder a batalha – Dean mostrou ao seu adversário o contador.
-Só mais alguns segundos.
-Se atacar em cima do tempo os combatentes podem ainda estar de pé e ai será perda para todos nós. Mas se atacar agora terá a chance de atacar novamente – Dean estava tentando fazer uso da mente do homem para ganhar.
O homem ficou confuso encarando o relógio e também a luta, estava claro que ele nunca tinha participado de um torneio, Dean sabia disso por que agora tinha percebido que o homem estava tão perdido quanto ele. Mas ao menos Dean não tinha enlouquecido ainda.
-Vamos decida-se logo – ele colocou pressão.
-Ataque fada – ele deu a ordem.
Ótimo, a fada preparou seu ataque e atingiu seus adversários, uma barra apareceu sobre a cabeça dos jogadores e a área pintada de verde desceu drasticamente, então era mesmo como um jogo?
 Sem perder tempo Esis foi diretamente a ela atingindo-a no peito, a fada voltou a ser uma carta. Esse era o positivo dentre eles, se Esis tinha vontade própria e Dean o permitia que tivesse.
Os outros dois não perderam tempo também e vieram para cima dele. Dean encarou o relógio, um minuto para acabar a partida. O que ele poderia fazer? Sabia que não deveria ficar preocupado com o relógio, mas ainda assim não conseguiu não fazer.
-Me dê alguns segundos Esis – este assentiu e Dean avaliou as cartas que tinha na mão, já tinha jogado muitos jogos online e também jogos de cartas, então avaliou as suas.
Esis se afastou dos dois combatentes, mas eles não demoraram a colar nele novamente, dessa maneira ele não poderia usar o dom especial, ele tentou empurrá-los para longe, mas de nada adiantou.
Dean ativou um dom da espada e Esis obedecendo seu comando girou a espada junto ao corpo produzindo chamas por toda a extensão da lamina, ele atacou de frente o primeiro lutador e este explodiu em cores transformando-se em apenas uma imagem num pedaço de papel.
Espada contra espada eles lutavam para ver quem era o campeão antes do tempo acabar e este já contava quinze segundos. O oponente conseguiu jogar Esis ao chão e deixar a espada bem rente ao seu pescoço.
-Eu... – Dean ia desistir no mesmo instante.
-Não! – Esis gritou para ele.
Ele tentou conter as palavras ao máximo, mas tudo o que queria era afastar aquela espada do pescoço de Esis. Já estava na contagem regressiva e parecia que ia acabar num empate, mas ele preferia assim.
Dois, um e o tempo tinha acabado fazendo-o contar como sua primeira perda. O mestre de frente a ele recolheu seu combatente e saiu dali nada contente. E Esis menos ainda ao se retirar da arena.
-Qual é? Na próxima vencemos. – Dean o estava tentando convencer.
-Isso se você não fraquejar novamente – aquelas palavras machucaram, afinal ele tinha se dedicado a luta e se esforçado, felizmente Esis percebeu isso. – Desculpe você tem razão, mas não faça aquilo novamente.
-Por que não? Funciona não é? – Dean tinha voltado ao seu animo natural.
Esis pegou a carta da encantadora guardando-a no bolso, de jeito nenhum se tornaria aquilo novamente.
-Ao menos ainda temos duas chances.
-Como assim?
-São eliminatórias de três, automaticamente perdemos a primeira rodada então partiremos para a segunda e depois a terceira se não vencermos. Mas por favor, diga que vamos vencer.
-Vamos vencer não se preocupe. – Dean queria mesmo era saber qual o interesse de Esis em vencer esse torneio, o premio não era muita coisa, nem uma carta se quer tinham para dar e a experiência que os combatentes adquiriam era pouca – Eu vou me esforçar mais.
Esis o encarou, as gotas de suor caindo do seu rosto.
-Você foi ótimo para um principiante – ele disse feliz.
-Obrigado! E nossa, nunca tinha te visto daquela forma, agora acredito no por que de você não fazer educação física.
-Seu... Não acredito que ainda não estava acreditando em mim.
-Desculpe, é que você é pequeno e tão magro que...
-Cale-se agora Dean antes que arranque sua língua fora – disse Esis mais do que irritado, quem era ele para falar da sua altura, afinal não era tão pequeno, tinha um metro e setenta e cinco, só por que não chegava aos oitenta como a maioria dos garotos do colégio – inclusive Dean – não queria dizer nada.
-Estou brincando, você foi ótimo. Mas não acho que vou ter uma parada cardíaca se mais uma daquelas cenas acontecer aqui.
-É uma batalha, é claro que vai haver mais cenas dessas – Esis gostou de saber que em nada agradava Dean vê-lo daquela maneira – Agora só amanha, para onde vamos?
-Pensei que fossemos voltar ao colégio.
-Não, não estou muito a fim. O que acha de acamparmos aqui? Tem umas arenas que estão sendo usadas para mestres que vieram de longe.
-Não quero me meter em encrenca novamente.
-Não tem ninguém no colégio – ele disse já seguindo para onde seria o acampamento.
Dean seguiu logo atrás dele tentando convence-lo a voltar para o colégio, mas de jeito nenhum ele voltaria.
-Para de ser tão certinho – ele disse adentrando uma barraca – Esta está desocupada – ele disse lançando as coisas de alguém para bem longe – Mas preciso de um banho ou vou começar a feder.
-Esis pare de loucura, vamos para casa.
-Me diga que você não acabou de chamar aquele colégio de nossa casa – ele pediu irritado, aquele lugar nunca seria a casa deles.
-É o único lugar onde vivemos e podemos ficar.
-Mas não é nosso lar Dean.
-Por quê? O que falta para o colégio ser nosso lar? Dormimos, comemos, tomamos banho e estudamos lá, o que falta?
-Falta pessoas com quem se importar, um lar deve ser o lugar onde sempre alguém estará esperando por você, para cuidar de você...
-E? – Dean olhou Esis e ficou encarando até o garoto se tocasse, eles tinham alguém assim, eles tinham um ao outro – Sempre cuidamos um do outro, não será diferente.
-Por que você sempre faz as piores coisas do mundo parecerem as melhores?
-Vamos para casa – ele continuou seguindo de volta a porta de saída, mas Esis segurou seu braço puxando-o de volta.
-Não, vamos ficar aqui.
Dean começou a puxar-se para o outro lado enquanto Esis tentava arrastá-lo para a barraca. Vendo que não conseguiria Esis soltou o braço do garoto que quase cairia se não tivesse tanta vontade de aprender as coisas, suas aulas de artes marciais o tinham salvo de uma queda feia agora.
-Está maluco?
-Pensei que você quisesse ir, eu só te soltei – ele disse com um sorriso cruel no rosto.
-Esis! – Dean agarrou a mão deste puxando-o para longe, ele segurou na barraca e está foi ao chão, mas não impediu de Dean arrastá-lo para longe.
E seguiu até o lado de fora arrastando-o, quando Dean estava irritado não tinha quem o impedisse.
-Tudo bem, eu vou voltar – ele cedeu vendo que não conseguiria se livrar, Dean soltou o pulso deste – Olha o que você fez – ele mostrou a marca roxa.
-Quer dizer que me soltar para eu cair num monte de ferro afiado podia, mas deixar seu pulso roxo não? Sobe nessa moto antes que eu te largue ai.
-Certo, mas nas férias de verão ninguém vai me obrigar a ficar lá.
-Nas férias de verão você pode ir para onde quiser, não vou te impedir.
-Por que está falando isso, você não viria comigo? – ele perguntou pondo as mãos atrás da cabeça.
-Quem sabe! – Dean sorriu e subiu na moto convidando Esis a seguir com ele.
Esis seguiu ate a moto e eles rumaram de volta ao colégio. Chegando lá tomaram uma rápida ducha e seguiram para suas camas, conversaram durante horas, sobre estratégias de batalha e entre outras coisas que eles queriam conversar a muito tempo.
Dean perguntou a Esis por que ele não ficava como carta, assim como os outros combatentes, não que ele quisesse isso.  Esis tinha dito que não gostava, que era como se tivesse perdido tempo da vida, e os combatentes não eram apenas cartas, eles eram seres de outro plano presos nesse mundo a partir daquelas cartas.
Até Dean pegar no sono, Esis levantou-se de sua cama para conferir se ele estava dormindo, beijou-lhe o rosto e voltou a sua cama fechando os olhos.

O clima naquele lugar estava pior do que ontem, mas tudo bem, eles não iam desistir. O problema era que todos tinham visto a batalha de Esis e não acreditariam mais em sua atuação.
-Vou pegar algo para comermos – Esis disse se retirando dali sem nem mesmo perguntar a Dean o que ele queria, mas Dean imaginou que ele já sabia.
Um outro mestre se aproximou de Dean e ele ficou nervoso, e se ele tentasse brigar?
-Aquele é o seu combatente certo? – perguntou este.
-Sim! – ele respondeu numa boa.
-Por que o trata como se fosse pessoas como nós? Por que não o mantem no baralho?
Ele não tinha uma resposta para isso, como poderia dizer que a relação deles era mais do que mestre e combatente? Pelo menos era isso que ele achava, depois daquele beijo no rosto. Era impossível dos outros entenderem a amizade deles, mas ele e Esis tinham uma relação diferente e diferentemente dos outros combatentes Esis tinha vontade própria, não era simplesmente um objeto que poderia ser usado.
-Ele é como eu, como você ou qualquer outra pessoa. E não gosta de ficar no baralho – disse lembrando-se da conversa de noite passada.
-Eles não têm opção.
-Esis teme portanto ele pode fazer o que quiser.
-Estupido, o que acha que vai acontecer quando alguém destruir sua carta? – o homem queria de qualquer maneira convencê-lo de que não era certo.
-Já disse que ele não é somente uma carta. Ele é importante para mim, acha que sairia jogando de qualquer maneira para perder? Está maluco se acha isso, mas uma boa sorte no jogo.
O homem se afastou irritado encarando Esis enquanto ele caminhava de volta a Dean.
-O que houve com ele? – perguntou entregando a Dean seu lanche, exatamente o que garoto adorava.
-Nada, acho que não está aguentando a pressão.
-Do jeito que te conheço diria que disse algo a ele que ele não gostou.
-Não importa! Pronto para segunda rodada?
-Sim, mas sem hesitar dessa vez tudo bem? – pediu este aproveitando seu delicioso pão de queijo.
Dean assentiu e começou a comer pensando em algumas estratégias, ele era bom nisso, afinal era o primeiro em matemática e física. Talvez algumas estratégias do futebol pudesse ajuda-lo.
-Quando começaremos a ganhar novas cartas? – perguntou Dean curioso.
-Quando vencermos alguma coisa para variar. Estava pensando, semana que vem estaremos de férias de verão, dá para fazer muita coisa nesses três meses. O que acha de fazermos umas viagens e umas disputas?
-Pensaremos nisso com mais calma Esis, por enquanto ainda temos avaliações nessa semana e também este torneio, temos de nos classificar.
-Imagina se conseguirmos participar de um torneio internacional? – Esis sonhou alto.
-Vou tentar tornar seus sonhos realidade – ele disse prometendo se esforçar mais nas lutas, se ao menos soubesse usar Lumina draconis, se ao menos Esis o ensinasse. Mas tudo bem, levava tempo e ele aprenderia, nem que tivesse de aprender tudo sozinho.
-Vou me esforçar também – ele prometeu.
-Numero trinta e seis sigam a quarta arena – avisou o locutor e Dean pode observar que aquele era o numero dele.

-Vamos trabalhar! – ele disse se pondo de pé.

  • Feita por Mia
Arigatoo Mia-chan 



5 comentários:

  1. continuação, continuação, continuação!!!

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  2. Quando terá continuação?

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  3. Continua , por favor quero saber , o fim . adorei essa história !!

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  4. quando eles vão transar e se bejarem ficando agarradinhos um no outro ? e CONTINUAAAAA a vo morre de curiosidade

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  5. Continua por favor , tô quase morrendo aqui !!!!

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