Dangerous Love - 8

Reconciliação?

- Mas que merda é essa? – Digo me apoiando nos joelhos e nas palmas das mãos para não cair de cara no chão com o golpe surpreendente aplicado.

- Foi mal, eu só não queria te deixar bravo ou com raiva, aquela frase saiu da minha boca antes que eu pudesse pensar. – Ken diz com uma voz cheia de angústia, posso notar os olhos lacrimejando, as costas arqueadas e os braços apertando meu corpo contra o dele.

- Você só disse a verdade, que eu estava sendo bobo e imbecil, agradeço por isso alias. – Tento tirar os braços dele do meu corpo, mas é em vão, ele está fortemente apertando-os, não consigo tirar. – Me solta.. Por favor – Solto um suspiro, detesto pedir coisas, eu não peço nada desde criança, por que raios tenho de ficar pedindo pra ele não me estuprar no meio da rua em frente a um cassino?

- Eu não quero te soltar!

- Eu não perguntei! – Grito tentando tirar os braços, agora com mais força.

- Pare! Eu não quero tirar!

- Mas eu quero que você tire, sai!

Depois de alguns minutos do meu ultimo grito constrangedor ao máximo na rua, Ken afrouxa os braços os deixando cair em meu colo, não me movo, apenas ficamos ali, os dois parados que nem idiotas na calçada, solto um suspiro e me levanto, bato as mãos na calça tirando a sujeita dos joelhos.

- Obrigado.

- Não me deixe. – Ele sussurrou tão baixo que mal ouvi, mas mesmo estando longe pude sentir o calor das lágrimas que escorreram no rosto dele após essa frase.

- Não sou seu ou estou com você para te deixar, cara foi só um beijo. – Coço a testa tentando relaxar, meus ombros meio que ficaram tensos com a lembrança da fresta.

- Você.. Acha mesmo que aquilo foi só umas pegadas numa fresta escura? – Ken levanta o rosto e me encarando, as lagrimas escorrendo de seu rosto, agora um pouco inchado. – Do fundo do seu coração, acha mesmo que foi só um beijo? Só um toque?

- Não diria que foi só um toque, meio que você quase me comeu naquele canto – Rio, mais de nervosismo do que de graça da piada mais sem graça que já contei na vida, se Amélia pudesse falar estaria me xingando de tudo que é palavrão a essas horas.

Vi seu rosto se contorcer com cada palavra que eu dizia, ele estava falando sério e eu só fazendo piadas de mal gosto, ele tinha me magoado antes, mas acho que como o magoei foi muito mais forte, se bem que a culpa foi dele, eu sou um cara romântico incorrigível, caso com qualquer coisa, até se um cachorro me pedir em casamento eu aceito sem pensar duas vezes, foi um choque quando ele disse aquela frase cruel e eu quero vê-lo tomar do próprio veneno, sofra e sofra mais, assim poderei acabar com seu sofrimento se pedir, Amélia quer um pouco de sangue mesmo.

- Sério? Vai ficar fazendo piadinhas? – Finalmente ele se levantou, limpou as lágrimas e mordeu o lábio inferior para se impedir de dizer mais coisas.  – Só.. Espero que saiba que eu quero casar com você e que se você permitir, quero me apaixonar por você.

Sinto as mãos dele na minha, cara que merda, parece que fazemos isso sempre, é uma sensação diferente de todas, eu quero o toque dele, sinto como se essa briga fosse normal, como se eu já o tivesse perdoado e só estivesse esperando ele me arrastar “contra” minha vontade pra casa, para então dormimos de conchinha nos amando. É estranho.. Da um frio na barriga, eca.

- Eu quero você, na minha cama, dormindo de conchinha comigo. - Filho de uma puta, ele pensou exatamente a mesma coisa que eu, arg, ele sabe que eu já perdoei ele, mas que merda, e eu perdoei mesmo? Eu nem tinha notado isso!

Nota do(a) autor(a):

Eu não sei quem está acompanhando esta estória, aos que estiverem, arigato, aos que não, acompanhem KKKK

Todos os capítulos estão na minha parte na área de fan fics, mais precisamente a última foto. Bye bye

• Feita por mim .Yaoi.*

Arigato por ler ^-^