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domingo, 28 de dezembro de 2014

Mugen no aí (Amor infinito)

O Olhar Azul


Tudo começou quando eu fui fazer alguns exames, levantei cedo, o que eu não gostei muito, mas que infelizmente teria de fazer. Acordei era umas 06:30 da manhã. Madrugada para mim. Tomei o meu banho, não me alimentei, pois alguns dos exames solicitavam o jejum. Ajeitei o meu cabelo, negro e indeciso, meio encaracolado e meio liso. E fui. Cheguei lá, umas 07:00. Já havia duas pessoas na minha frente. Uma mulher que aparentava ter uns 60 anos e um homem alto de mais ou menos 30. Então uma enfermeira do laboratório chegou, abriu o estabelecimento, possibilitando à nossa entrada para o mesmo. Mas ela não era a responsável de coletar os dados de cada paciente. Haviam dois atendentes ali. Um homem e uma mulher. Eu conhecia somente o homem, nem conhecia para conversar e tal. Já havia visto ele com alguns amigos, também na feira de ciências do meu colégio, inclusive, quem havia explicado o tema para ele foi eu. O nome dele era Josué, ele tem cerca de 1,78 de altura, cabelos claros e encaracolados, olhos azuis e um sorriso encantador. Acredite, é verdade, ele é lindo. Mas eu nunca tinha olhado pra ele com esses olhos. Ainda mais, sabendo que ele era evangélico. Era tipo que impossível ele olhar para mim. Mas... não foi exatamente o que aconteceu.

Vocês podem pensar que é invenção, mentira, já que, até eu acreditei que fosse. Que estava vendo coisas, e que aquilo não passava de um mal entendido, mas não. Quando ele chegou, já estava praticamente cheio a sala de espera. Sorte minha ter chegado cedo, ou não. Já que, não seria tortura nenhuma, olhar para o Josué enquanto esperava ser atendido. Se eu estivesse só, talvez houvesse deixado alguém passar na minha frente. Sei lá, mas eu estava acompanhado da minha mãe, e ela, não sabe de nada. De nada mesmo. Ele passou me cumprimentou com um olhar. E levantou a mão. Respondi acenando para ele da mesma forma. Mas o que ficou marcado foi o olhar, mesmo que rápido, eu senti como se nossa troca de olhares, não houvesse sido tão rápida assim, e quando percebi ele já havia desviado o olhar e seguido, até uma sala, antes de começar o seu serviço.
Ele coletou os dados das duas primeiras pessoas e então chamou o número três, enfim havia chegado a minha vez! Levantei e sentei-me na cadeira, ficando dessa forma, frente a frente com ele. E ele fixou seu olhar no meu. Aquele era um olhar profundo. Um olhar irresistível. Eu que nunca cedi a olhar algum, desviei os meus olhos e em seguida, acabei abrindo um sorriso. Não estava conseguindo disfarçar que havia gostado de sentir aqueles olhos pregados em mim. Ele respondeu meu sorriso. E continuou a olhar meus olhos. Aqueles lindos olhos azuis, parecia que eu estava sonhando. Eu sentia o desejo, a atração, a vontade daquele majestoso olhar azul. E lógico, tudo isso foi despertado em mim. Então ele quebrou o silêncio e a nossa concentração na troca de olhares:
-Iae cara.
-Iae.
-Você já tem cadastro aqui?
-Sim.
-Me fale o seu nome por favor.
-Guilherme Paiva.
-Você tá com seu RG aí?
-Está com a minha mãe, eu sei o número, serve?
-Claro.
-Você só tem 15 anos cara? – ele perguntou com uma cara de espanto.
-Sim – Respondi dando um sorriso.
Todo mundo me dava idades de 17 a 18 anos, me diziam que eu não parecia ter somente 15 anos. Tá, eu vou fazer 16 no final desse mês. E sei que por eu estar com a barba grande e sem fazer, por causa de uma peça teatral, (Trabalho de português.) que eu iria fazer um papel que precisaria daquela barba, por isso, poderia aparentar ser um pouco mais velho. Ele então começou a ler os dados, eu aproveitei e atualizei o número de celular, mesmo que em vão, já que, normalmente eles ligam para o número do telefone fixo, poderia tê-lo retirado, para obrigar o Josué a me ligar quando os resultados estivessem prontos, mas não fiz isso. Ele me disse o preço, e me deu um desconto. Fiquei tipo me perguntando o porquê desse desconto. A princípio recusei, mas depois da insistência dele, acabei aceitando. Eu agradeci, e permaneci em pé, alguns segundos apenas olhando para ele, recebi o papel para pegar os resultados, estariam prontos na semana seguinte. Subi até onde faziam a coleta de sangue. Parecia que eu nem estava ali, mesmo eu odiando agulhas e, odiando ainda mais ser furado por agulhas, nem estava me importando. Quando vi, já havia terminado. Parecia, sinceramente, que eu tinha sido hipnotizado por aqueles olhos azuis.
Aí fui na outra clínica fazer um eletrocardiograma, e por sorte, não havia ninguém na minha frente. Eu não gostaria de esperar ali, já que não tinha um Josué para fazer a espera valer a pena. Em seguida, fui ao dentista fazer manutenção do aparelho ortodôntico e então retornei para casa. O resto do dia seguiu normal, tirando, é claro o fato daquele olhar ter ficado na minha cabeça.
Na escola, uma das professoras me disse que naquele dia, eu estava muito desatento, me perguntou se estava tudo bem. Eu respondi que sim e dei um sorriso. E o resto da tarde seguiu assim, eu sempre me lembrando daquele olhar. Quando eu pensava que havia esquecido, já estava pensando em toda a cena que havia ocorrido pela manhã novamente.

                                                                                                Continua no Próximo Capítulo...
  • Feita por Guilherme
Seja muito bem vindo :3


5 comentários: