Eram apenas dois grandes amigos, onde se visse um deles, via-se o outro. Os nomes deles eram Luís e Ricardo.
Um noite de Inverno, graças ao emprego dos pais, Ricardo teve de ficar sozinho em casa e como a ideia não o agradava, decidiu chamar Luís para o acompanhar.
Quando Luís chegou, decidiram ver um filme. Como já era habitual, Ricardo adormeceu a meio do filme e quando reparou nisso, Luís aproveitou essa oportunidade para lhe fazer algo que sempre quis fazer, agarrar-lhe a mão, e assim o fez, entrelaçou os seus dedos nos dele e sentiu-se no céu, até que, subitamente, sentiu os dedos de Ricardo apertarem-lhe a mão.
- Voltei a adormecer. – disse Ricardo em tom de riso.
Luís não disse nada, nem sequer se mexeu, os seus dedos continuaram entrelaçados com os de Ricardo.
- Deste-me a mão. – Ricardo interrompeu o silêncio.
Bastaram estas palavras para Luís passar do seu branco pálido para um carregado vermelho tomate, mas continuava sem conseguir pronunciar uma única palavra, Ricardo voltou a falar desta vez a rir-se:
- Viraste tomate assim do nada. Vá, olha para mim, amor.
Suave e lentamente, Luís olhou nos olhos negros e Ricardo, nunca os vira tão de perto assim. Quando é que tiveram tempo para se aproximarem assim tanto? Não pararam por aí, aqueles lindos olhos que amava apreciar discretamente, continuaram a aproximar-se cada vez mais e mais e iam se fechando gradualmente e de um segundo para o outro, Luís e Ricardo já se encontravam num beijo que levou os dois a um mundo que nenhum deles conhecia.
O que era um beijo passou a um abraço apertado e a uma nova confiança entre os dois. Após um longo e sufocante beijo, eles encostaram as suas testas uma na outra e ficaram a olhar-se nos olhos num doce silencio, até que este silêncio que foi quebrado por algo ainda mais doce quando Luís disse:
- Eu amo-te.
- Feita por Filipa Silva
(perdão por ter confundido as escritoras ç.ç)
Ótima história!
ResponderExcluirmaravilhosa, adorei mesmo
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