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sábado, 12 de abril de 2014

Meu amado anjo de esperança

Capítulo 1: Uma vida cheia de altos e baixos 


“Nós costumamos esconder a tristeza e a dor em um sorriso e a maior ironia de todas é quando todos acreditam que você está bem... Por que as pessoas se importam tanto com sigo mesmas e vivem tanto de aparências que se esquecem do que realmente importa.”
Tudo começou com um corte no pulso, e depois com uma ida ao hospital... Você deve estar se perguntando por que eu faço isso, não é verdade? Você deve achar que eu sou uma pessoa doente e fraca por tentar acabar com a minha própria vida dessa maneira, mas se você estivesse na minha pele, não me julgaria assim como todos ao meu redor fazem, mas acredite: eu estou me segurando e tentando ser forte por muito tempo, mais do que você pode imaginar e essas feridas não doem mais do que essa dor aguda no coração, porém lentamente faz amenizar a dor.

Vivi praticamente toda a minha vida servindo de marionete, apenas um brinquedo do qual todos podem quebrar, pisar por cima e atirar contra a parede, eu sempre vivi na base dessa exclusão e da violência que eu constantemente tinha que suportar toda a vez em que punha os pés na escola. Eu tenho uma aparência andrógina, longas madeixas loiras, pele muito clara, olhos azuis e aproximadamente um metro e setenta e cinco de altura, talvez esses fossem os motivos para se tão odiado por todos.
Meu pai nunca agiu como homem, fugiu com uma mulher qualquer e deixou minha mãe Jun cuidado de mim e do meu irmão mais velho Masami, nós sempre aprendemos a nos virar sozinhos. Nii-san sempre cuidou muito de mim, mesmo eu tentando esconder ao máximo meus cortes ele sempre percebia que algo estava errado comigo, mas agora que ele se casou com uma bela moça e estão fazendo todos àqueles planos para o futuro, eu me sinto sozinho e sinto, de alguma forma, que todos que eu conhecer irão me abandonar um dia.
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Hoje começa o primeiro dia na faculdade, mais precisamente, mais um ano sendo totalmente ignorado ou servindo de saco de pancada humano, eu já estou acostumado com tudo isso, eu já passei onze anos da minha vida assim, por que justo agora seria diferente?
Acordo logo pela manhã, com o despertador alertando que já era seis e meia, com muita dificuldade eu me levanto da cama praticamente me arrastando no chão e já vou direto para o banho, acabo demorando um pouco por conta do frio que fazia, na verdade eu dormi de baixo do chuveiro.
Depois de me arrumar com toda a pressa possível, desço as escadas e encontro minha mãe fazendo café na cozinha:
-já acordou filho. – disse ela com segurando um bule de café nas mãos e me dando um beijo na testa. –melhor você se apressar porque seu ônibus chega logo e você não vai querer levar bronca no primeiro dia de aula, não é mesmo?
Eu apenas sorrio, e não demostro muita preocupação com o horário.
-o que tem para o café da manhã?- perguntei sentando em uma cadeira próxima do balcão.
-o café está na mesa, eu tenho que ir à minha entrevista de emprego, quando chegar o almoço vai estar pronto. – despediu-se de mim com um beijo na testa, do qual eu recuei, por estar velho de mais pra essas coisas.
E apenas bebo um copo de leite e já sigo correndo com pressa para a parada de ônibus com a mochila nas costas, com um uniforme ridículo: uma camiseta branca com um moletom azul por cima e uma bermuda que mais parece uma saia em mim, assim eu fico parecendo uma garota, mais do que eu pareço sem essa vestimenta vergonhosa.
No ônibus era a mais realista visão do inferno que eu já vi: quatro senhoras de meia idade discutindo, um grupo de crianças correndo de um lado para o outro como se não tivessem mãe, e um bando de meninas ricas gritando por causa de um CD de qualquer cantor adolescente sem nenhum tipo de talento, mas mesmo assim as garotinhas ficam loucas para irem ao show. E assim seguiu o trajeto todo até a escola.   
A escola nova não se diferencia das muitas outras que eu já passei onde tudo parecia ser muito igual e eu a única pessoa diferente nesse universo. Respiro fundo e passo pelos imponentes portões, hesitando um pouco ao olhar para as pessoas que ao meu ponto de vista elas me pareciam ser tão superficiais. Há essa hora os corredores estavam todos lotados, alunos passando de um lado para o outro, professores indo para as salas de aula. Parecia que tudo estava dando certo, até um grupo de garotos, pareciam ser jogadores de futebol americano, pois eles trajavam uniformes típicos do esporte, mediam por volta de um metro e noventa de altura, andavam em fileira pelo corredor estreito, e um deles apenas ao olhar em minha direção dava a ideia de que não estava indo muito com a minha cara e essa ideia se confirmou quando ele jogou o meu material no chão e me prensou contra a parede.
-‘tá’ olhando o que, cara de “menininha”!- ele disse enquanto pressionava os dedos sobre o meu pescoço, enquanto eu olhava surpreso para a reação dele.
-eu não estava fazendo nada... – respondi, sendo interrompido quando o garoto pressionou mais a mão em volta do meu pescoço.
-então escuta aqui “novato”... Se você não se meter no meu caminho, eu não te mato, ouviu?- ameaçou.
-T-tudo bem, eu não vou... Mas por favor, me solta... – implorei, enquanto ele debochava da situação em que eu me encontrava. Nesse momento eu senti a aproximação de mais alguém além desse grupo.
-Solta ele Ray. – disse o homem que estava assistindo tudo, ele trajava terno, com uma camisa social por baixo e calça jeans, seus cabelos eram pretos e longos, seus olhos eram azuis celestes, sua altura não ultrapassava a um metro e oitenta e estava carregando uma mochila nas costas, qualquer um que o visse, diria que era um aluno qualquer.
-Quem é você maluco?... O outro novato querendo apanhar?- disse Ray olhando o homem de cima a baixo com um olhar de desgosto.  
-muito prazer, sou Mizuky Yoshida: o novo professor de filosofia. –respondeu estendo a mão num tom de ironia para cumprimentá-lo.  
-Droga! –disseram todos em coro após saírem correndo atropelando as pessoas pelo corredor.
-você está bem? – indagou o professor me ajudando a juntar os materiais escolares sobre o chão.
-hã, sim, obrigado... Perdoe-me se lhe causei algum incomodo.
-Está tudo bem, nos vemos depois, tudo bem? –perguntou me entregando o último livro que faltava para juntar do chão.
-sim, por mim tudo bem. - digo com um sorriso no rosto, enquanto ele se retirava.
Recomponho-me da situação um pouco sem jeito, passo levemente os dedos sobre meus cabelos e fico ali por algum tempo, pensando no que havia acabado de acontecer, até ouvir o som do sinal tocando, alertando para que todos os alunos fossem para suas salas de aula, eu apenas fiquei parado no mesmo lugar, não conseguindo tirar aquele homem da cabeça. 
Nota do autor(a): 
Quero agradecer a minha mana que me ajudou no título (sim, ela vai saber que eu estou falando dela hahahaha)  
Boa leitura e espero que gostem, se gostarem eu escrevo mais capítulos.
:3

  • Feita por Ábel-chan
Arigatoo /o/

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