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quinta-feira, 25 de abril de 2013

A Confissão

Parte 1 - A Confissão

Oito horas da noite, Estávamos no ambiente religioso igreja cristã. Eu (Felipe) e Alex, dois adolescentes,  sabíamos que tínhamos uma grande amizade, estava sentado ao meu lado com social e seu jeito um pouco tímido de sempre, Nós tínhamos um forte vínculo, nossa amizade era muito companheira, atenciosa e valorizada, e temíamos que fosse algo mais ou representasse um novo nível de relacionamento.
O Pastor surge no local se apresenta no palco, diz boa noite e inicia a palavra colocando a bíblia sobre o altar.
O tema proposto foi em Levíticos, falando como deus abomina a prática da homossexualidade, eu e Alex ficamos meio sem graça, não sabemos determinadamente o que sentíamos um pelo outro, mas algo em mim me chamava por ele, eu ainda tinha uma parte de mim receosa, de que não me aceitava e sabíamos que deus abominava isso. Enquanto o pastor me pregava me sentia ainda mais uma aberração, ele se expressava sobre o assunto pior do que o Silas Malafaia condenando a prática.
Logo em seguida, o irmãozinho do Alex chega nos assentos e mostra a ele a chave do Mustang vermelho que pertence ao tio dele. Calma, eu sei, de repente o irmão dele aparece com a chave de um carrão e entrega as mãos do Alex. Estávamos entediados e aborrecidos com a hora da palavra, Alex vira-se para mim me olhando com aqueles olhos doces me focando profundamente e diz:
- Bora dar uma volta?
- Demoro- respondi rápido
Saímos do local como se fôssemos ao banheiro, antes havia uma brecha, um muro e o pulamos. Alex aperta o alarme e o Mustang acende e apita, estávamos empolgados.
Eu não sei dirigir, portanto Alex senta no de motorista, chegamos tudo no Mustang, ligo a radio e ponho uma musica na radio mix FM, estava tocando a musica Greyhound, uma eletrônica.
Alex liga o carro com as chaves, o motor abrange um som potente, olhamos um para o outro e sorrimos logo então ele começa a dirigir sai da igreja da rua e entra na Avenida onde estava vazia e dirigíamos a um trecho da estrada saindo da cidade e entrando no meio da mata.
Éramos dois adolescentes numa avenida vazia com um Mustang supostamente roubado fugitivos da igreja, som alto e acelerados!
Quando via a estrada no meio da noite reparei no Alex dirigindo o Mustang, seu olho reluzia o relfexo da luz do luar sobre a estrada, ele era lindo tinha o cabelo arrepiado, era branco e cabelo castanho, tinha olhos castanhos claros, um pouco mais baixo que eu em altura e um sorriso que eu ficava totalmente sem jeito!
Ele olha e percebe que eu o estava olhando e sorri, logo em seguida olho para a estrada e começa a chover com umas gotas e a musica na radio troca, uma triste com violão, onde ele sabia tocar The calling stigmatized
Naquele momento apreciando a chuva e viajando na estrada sem rumo, não saiba por que meu coração acelerava se era pela adrenalina ou pelo acompanhante ao meu lado.
-Sabe Feh- ele me chama suavemente
- O que? – logo pergunto
- Eu tava pensando como o pastor estava totalmente ignorante aos gays, se Deus realmente é bondoso ele aceita toda forma de amor -
Impressiono-me um pouco com o comentário dele e logo digo
-Não tenho certeza se Deus existe, mas ele permite todo amor
- Porque comentou isso?- pergunto
Ele para o carro no meio do nada, estaciona, desliga o motor junto com o radio e o clima fica tenso do nada
- Eu estou gostando de um cara- olha para mim lentamente
Tenho uma impressão meio repentina e pergunto
- Errr quem? Como? –
- Eu só sei que gosto dele, esse momento por menor e inusitado que seja é importante para mim, eu falei isso para ele agora e está me olhando um pouco surpreso-
Fico um pouco surpreso. Ele tira o cinto, avança em mim e me dá um selinho logo diz
- Cara, eu te amo-
Depois que dou uma reação surpresa ficamos com os rostos bem próximos com os olhos dilatados olhando pra mim e com aquele sorriso doce dele.
Não consigo segurar e nos beijamos, sobreponho minhas mãos e meus braços nas costas dele e no cabelo o bagunçando todo, nos agarramos com a respiração forte, moldávamos nossas bocas uma na outra, estávamos literalmente selvagens como se descontássemos nosso desejo um pro outro há anos. O Afasto por um momento e digo.
-Cara, eu sempre fui apaixonado por você, eu simplesmente não queria aceitar isso, ser homo é difícil e não sabia se você sentia o mesmo-
- Feh, acredite que possamos passar por todas as barreiras e obstáculos, eu te amo e aceito por gostar de você, não vou obrigá-lo a nada, mas só quero tirar esse desejo de querer ficar com você, e quero você para sempre.
- Nunca passou pela minha cabeça que você gostava de mim, péssimo gosto você tem- ele ri
- Você mais ainda- me dá outro beijo
Logo em seguida, ficamos no banco de trás do carro deitados, o cabelo dele estava todo desajeitado (Risos), eu estava com a cabeça no colo dele deitado e ele um pouco sentado olhando para mim e dando revanche no cabelo.
- Nunca imaginei que fosse ficar com você, nós estamos namorando então?- pergunto
- Não ate eu oficializar e também se você quiser- disse ironicamente
- Eu quero muito, tudo que quero agora é você!
Resumi tudo meu mundo nessa frase, ele me beija lentamente, os sons do beijo nos deixava excitado, trocamos de posição me levantando e o agarrando, ele tira minha camisa e me continua a beijar, logo começo a desbotar a camisa social dele o beijando no pescoço, entramos no clima de sexo, ele me joga no banco e nos deitamos, ele estava sobre mim beijando meu pescoço, dando pequenas mordidas e cochichando no meu ouvido coisas eróticas, logo ele começa a descer no meu peitoral e beija lentamente meu mamilo direito. Logo abaixa minha calça jeans, abaixa minha cueca Box, segura meu pênis onde sinto a maior excitação e começa a chupar a cabeça, logo chupa o tudo. Depois de um tempo, o pego e o viro o jogo, repito as mesmas ações.
Na Relação, escolhi ser passivo (Uke) e ele ativo(Seme), ele introduz seu pênis no meu anus e começo a sentir um prazer intenso, o vidro fica embaçado de tanto calor que estávamos fazendo dentro do veículo, a chuva começa a parar e gozamos.
- Uau! Que experiência – digo, ele ri.
- Eu curti muito, ainda mais com você! – ele me diz com nossos rostos próximos.
-Vamos voltar porque é tarde e o culto está acabando – Nos vestimos, ele toma o volante de volta e pegamos a estrada.
Quando entramos na rua, o povo da igreja estava todos no lado de fora da rua e a maior agitação, Alex estaciona o carro e logo o tio dele chega raivoso o dando a maior bronca e como percutiu a igreja toda. Estávamos perante todo o povo querendo saber para onde fomos e por que. O Alex segura minha mão na frente de todos, o povo nos olha com olhar torto e de surpresos e logo diz.
- Me confessei ao Felipe, estamos namorando! – A partir daquele momento, nossas vidas mudaram..


Parte 2 – A fuga

Desde o momento que o Alex pegou minha Mão e confessou nosso relacionamento  na frente da igreja toda, o assunto percutiu um impacto em todos os membros, alguns pararam de vez de falar conosco e outros mostraram total ignorância ou vieram até nós falando da “cura gay”, passamos por coisas extremamente difíceis e nossos pais nos mandaram não nos vermos mais, só podíamos sair para a escola e cursos e se descobríssemos que nos vimos iriam cortar passatempos em casa, estávamos totalmente proibidos de nos ver.
Passou-se três semanas, meus amigos se restaram a apenas um com o boato corrido na escola e virei o garoto exilado da sala por ser o “viado”. Carol não havia nenhum preconceito e sempre me apoiou nas minhas atitudes, só me restou uma amizade onde a considerei a verdadeira. Estávamos no intervalo comendo no refeitório sentados
- Sinto falta dele Carol e é tanta coisa que passo ultimamente, minha mãe ontem me veio com um terapeuta para me curar de ser gay – debochei
- Relaxa Feh, porque você não liga para ele pelo menos ouvir a voz dele e você fica um pouco mais calmo? – me pergunta mastigando um hambúrguer de dar água na boca
- Meus pais confiscaram meu celular – digo chateado e olhando para o hambúrguer
- Quer um pedaço neh? – ela pergunta rindo
- Já que insiste – dou risada e ela me dá um pouco.
Terminamos o lanche e saímos para dar uma volta pelo colégio falando mais a respeito do assunto.
- Acho tão fofo o amor de vocês dois e o que vocês estão passando só por se amarem, eu tive uma idéia um tanto louca RS –
- Estou disposto a tentar – digo com entusiasmo
- Eu posso falar com ele por você e tentar aproximar de você de forma que não tenha autoridade dos seus pais –
- Tá dizendo fugir com ele? Não é muita loucura e clichê?
- Você ama ele?
- Sim – Respondo
- Insista, persista e consiga o que ama – filosofa Carol
- Mas como iríamos fugir, não temos nada do tipo financeiro, nos sustentar por aí, é muita coisa para organizar uma fuga fora o dinheiro que é o principal problema –
- Essa é a loucura que estou disposta a fazer na verdade-
- Como assim Carol?
- Minha vó me deixou uma herança de digamos muito dinheiro e posso dar uma pequena parte para que vocês comecem uma nova vida –
Arregalo o olho.
- Faria isso por mim?
- Para isso servem os amigos, e a história de vocês dois é muito kawaii –
Envergonho-me
- Para RS –
Dou a ele o endereço do Alex, e já que o pai dele não conhece Carol deixariam falar com ele, combinamos de pegar o ônibus para o Rio Grande do sul onde iríamos refugiar, Carol me dá a conta no banco em um dinheiro especifico e me dá em mãos uns 700 reais para imprevistos.
- Não sei como agradecer Carol, você é uma grande amiga, um dia espero fazer o maior favor para você também, sentirei sua falta – digo sorrindo
- Você tem meu facebook para manter contato e é bem que mande- diz rígida
- Claro, valeu Carol – Nos despedimos na porta da escola, abraço ela bem forte e agradeço de novo por tudo.
O combinado foi de eu comprar duas passagens para o Rio Grande do sul e me encontrar com ele ás duas horas da madrugada e partimos no mesmo dia.
Enquanto isso em casa fico preocupado nessa decisão, mas ficar com Alex é o que mais quero e Carol providenciou uma grande parte financeira para poder começarmos essa vida e livre das doutrinas dos nossos pais. Durante a Tarde, pego uma foto do Alex na internet e faço um desenho dele escondido dos meus pais, sombreio e fica bom, ponho minha assinatura e fico pensando se ele vai gostar.
Chega à noite, está tudo muito quieto em Casa, dou cada passo como se o chão fosse estraçalhar e cair num poço de lava abro meu portão de casa e vou em direção a rodoviária da cidade, sou um mochileiro no meio da noite. Compro as duas passagem e espero ele, o ônibus parti em 30 minutos se acontecer algo e ele não sei o que acontece.
Logo vejo ele no fundo da rua confiante, ele está com o violão dele nas costas uma pequena mochila na mão e na outra espera, um gato? Ele traz um animal de estimação para a viagem? Olho intrigado, mesmo assim mato minha saudade de semanas e o abraço bem forte fazendo quase cair as coisas dele.
- Cara, eu senti muito sua falta – Digo a ele.
- Eu também meu lindo- me diz feliz
Beijamos-nos descontando toda saudade, só que depois vejo algo arranhando minha barriga, paro o beijo e digo
- Ai – falo de dor
- Alex e esse gato? – Ele ri
- É o Joe –
- Joe? Você traz um felino para a viagem eles não vão deixar entrar com um animal, porque você não deixou com seus pais, e Joe? Seu violão por acaso tem nome também? –
- Depois de você, o Joe é a maior coisa que eu amo, se eu deixasse meu camarada lá, eles iam deixar o Joe num centro de controle de animais, não podia deixá-lo, meu violão também tem nome RS, mas não vou dizer, tenho vergonha, mas então está disposto mesmo em fugir e começar mos uma nova vida?
- Estou- falo firme- além de você só tenho a Carol de especial na minha vida, odeio minha vida agora que tenho você vejo um sentido nela e quero viver ao seu lado – confesso
Alex da um sorriso muito bonito, coloca o Joe na mochila e o esconde deixando a cabeça de fora, o gato era branco manhoso demais e me olhava com cara de capacho.
- Fiz um desenho para você – digo a ele
Reviro minha mochila e pego o desenho e o entrego, tentei fazer o máximo possível que consigo, ele pega o papel com delicadeza olhando cada detalhe do desenho.
- Felipe...está lindo- me olha de novo- eu adorei, vou guardá-lo com minha vida –
- Que bom que gostou – dou um sorriso – melhor partimos, esconda bem esse gato – me viro e começo a caminhar fechando minha mochila em direção ao ônibus
Alex segura minha braço e diz:
- Espere, tenho um presente para você também – o olho com entusiasmo
Ele deixa a mochila no chão com o gato, pega o violão das costas, tira a capa e posiciona par tocar.
- Compus uma música – pronto, eu sou que super tímido com isso, poderia ter virado um gelo no meio da rodoviária, pelo menos estávamos sozinhos lá no embarque.
Ele começa a tocar com uma melodia gostosa de ouvir, começa a se expressar no rosto de várias maneiras tocando o violão e começa a cantar para você leitor será difícil seguir a canção acompanhando com o ritmo que proponho, mas a canção dizia sobre uma nova ponte, novos caminhos, um novo amor que estaria para começar e sobre uma tempestade que referia ao que teríamos que passar pelo preconceito e pela nossa família a louca em busca da gente, a voz do Alex me deixava totalmente calmo, ele tocava e cantava super bem, naquele momento deixei minha vergonha de lado e comecei a me emocionar, quase comecei a chorar, ele termina calmamente a canção e par de cantar dando um fim lento com o toque do violão. Ele olha para mim e sorri:
- O que achou?
- A melhor canção que eu já ouvira – digo seriamente
Ele vira o violão nas costas e me beija em plena rodoviária a noite, com o poste de luz sobre nós, depois disso pegamos nossas coisas e nos sentamos no ônibus.
Sento-me no lugar da janela e vejo a cidade dizendo Adeus, o ônibus liga o motor e começa a andar, Alex boceja:
- Que sono, vou me deitar aqui – ela deita no meu colo e fecha os olhos, também não agüento e durmo ali mesmo.
Quando acordo, sinto uma coisa no meu colo, mas não era a cabeça de Alex e sim o gato dele arranhando e espreguiçando na minha região da cintura entende? Acordei de vez com dor e quase gritando jogando o gato longe, vi que o ônibus estava numa parada, era de manha, era um intervalo para o café da manhã, Alex provavelmente saiu para o Restaurante, pego o gato na força e o coloco de volta na mochila e saio do ônibus com o sol forte nos meus olhos e me cegando, ando como um zumbi em direção ao banheiro.
Saio do banheiro e vou ao restaurante e lá está ele, mas espera ele esta conversando com outro cara e parecia uma conversa bem interessante, ele me avista e me chama, vou ao local me sento-me à mesa com ele e o outro cara.
- Feh, esse é o Diretor da Rádio popular do Rio grande do Sul, ele me ouviu tocando para você ontem e me ofereceu um trabalho – me surpreendo
- Olá Felipe – me diz sorridente – Pode deixar que não tenho preconceito algum, mas reconheço o verdadeiro amor de vocês e Alex me falou tudo sobre a igreja, o mustang e a fuga de vocês e estou disponibilizando uma oportunidade para Alex, uma carreira solo-
- E o senhor quem seria? –
Ele ergue a mão para me cumprimentar e diz
- Alessandro, meu nome é Alessandro, muito prazer – nos cumprimentamos nas mãos e depois pego algo para comer, ficamos lá conversando sobre como e quando em que hipótese Alex poderia começar uma carreira como cantor
- Bom tenho que ir, vou deixar você pensando Alex, vou entregar meu cartão para você e aguardo sua resposta, estarei no Rio daqui a uma semana somente, até mais- ele acena para nos dois e sai do restaurante falando ao telefone, eu volto a comer o lanche
- O que você acha?
- É uma grande oportunidade, praticamente você está feito –
- Ele não comentou mas te mostrei o desenho que me fez, e ele achou esplendido e tem contatos da uma editora, você também poderia começar algum estágio ,algo do tipo- penso no assunto e vejo como as coisas estão indo de boas para melhores.
- Claro, isso seria ótimo- Acabamos de comer e voltamos ao ônibus, A Viagem é longa..


  • Feita por um amigo meu x3...

Arigato Fake o/

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