Parte 1 - A Confissão
Oito horas da noite, Estávamos no
ambiente religioso igreja cristã. Eu (Felipe) e Alex, dois adolescentes, sabíamos que tínhamos uma grande amizade,
estava sentado ao meu lado com social e seu jeito um pouco tímido de sempre,
Nós tínhamos um forte vínculo, nossa amizade era muito companheira, atenciosa e
valorizada, e temíamos que fosse algo mais ou representasse um novo nível de
relacionamento.
O Pastor surge no local se
apresenta no palco, diz boa noite e inicia a palavra colocando a bíblia sobre o
altar.
O tema proposto foi em Levíticos,
falando como deus abomina a prática da homossexualidade, eu e Alex ficamos meio
sem graça, não sabemos determinadamente o que sentíamos um pelo outro, mas algo
em mim me chamava por ele, eu ainda tinha uma parte de mim receosa, de que não
me aceitava e sabíamos que deus abominava isso. Enquanto o pastor me pregava me
sentia ainda mais uma aberração, ele se expressava sobre o assunto pior do que
o Silas Malafaia condenando a prática.
Logo em seguida, o irmãozinho do
Alex chega nos assentos e mostra a ele a chave do Mustang vermelho que pertence
ao tio dele. Calma, eu sei, de repente o irmão dele aparece com a chave de um
carrão e entrega as mãos do Alex. Estávamos entediados e aborrecidos com a hora
da palavra, Alex vira-se para mim me olhando com aqueles olhos doces me focando
profundamente e diz:
- Bora dar uma volta?
- Demoro- respondi rápido
Saímos do local como se fôssemos
ao banheiro, antes havia uma brecha, um muro e o pulamos. Alex aperta o alarme
e o Mustang acende e apita, estávamos empolgados.
Eu não sei dirigir, portanto Alex
senta no de motorista, chegamos tudo no Mustang, ligo a radio e ponho uma
musica na radio mix FM, estava tocando a musica Greyhound, uma eletrônica.
Alex liga o carro com as chaves,
o motor abrange um som potente, olhamos um para o outro e sorrimos logo então
ele começa a dirigir sai da igreja da rua e entra na Avenida onde estava vazia
e dirigíamos a um trecho da estrada saindo da cidade e entrando no meio da mata.
Éramos dois adolescentes numa avenida
vazia com um Mustang supostamente roubado fugitivos da igreja, som alto e
acelerados!
Quando via a estrada no meio da
noite reparei no Alex dirigindo o Mustang, seu olho reluzia o relfexo da luz do
luar sobre a estrada, ele era lindo tinha o cabelo arrepiado, era branco e
cabelo castanho, tinha olhos castanhos claros, um pouco mais baixo que eu em
altura e um sorriso que eu ficava totalmente sem jeito!
Ele olha e percebe que eu o
estava olhando e sorri, logo em seguida olho para a estrada e começa a chover
com umas gotas e a musica na radio troca, uma triste com violão, onde ele sabia
tocar The calling stigmatized ♫
Naquele momento apreciando a
chuva e viajando na estrada sem rumo, não saiba por que meu coração acelerava
se era pela adrenalina ou pelo acompanhante ao meu lado.
-Sabe Feh- ele me chama
suavemente
- O que? – logo pergunto
- Eu tava pensando como o pastor
estava totalmente ignorante aos gays, se Deus realmente é bondoso ele aceita
toda forma de amor -
Impressiono-me um pouco com o
comentário dele e logo digo
-Não tenho certeza se Deus
existe, mas ele permite todo amor
- Porque comentou isso?- pergunto
Ele para o carro no meio do nada,
estaciona, desliga o motor junto com o radio e o clima fica tenso do nada
- Eu estou gostando de um cara-
olha para mim lentamente
Tenho uma impressão meio
repentina e pergunto
- Errr quem? Como? –
- Eu só sei que gosto dele, esse
momento por menor e inusitado que seja é importante para mim, eu falei isso para
ele agora e está me olhando um pouco surpreso-
Fico um pouco surpreso. Ele tira
o cinto, avança em mim e me dá um selinho logo diz
- Cara, eu te amo-
Depois que dou uma reação
surpresa ficamos com os rostos bem próximos com os olhos dilatados olhando pra
mim e com aquele sorriso doce dele.
Não consigo segurar e nos
beijamos, sobreponho minhas mãos e meus braços nas costas dele e no cabelo o
bagunçando todo, nos agarramos com a respiração forte, moldávamos nossas bocas
uma na outra, estávamos literalmente selvagens como se descontássemos nosso
desejo um pro outro há anos. O Afasto por um momento e digo.
-Cara, eu sempre fui apaixonado
por você, eu simplesmente não queria aceitar isso, ser homo é difícil e não
sabia se você sentia o mesmo-
- Feh, acredite que possamos
passar por todas as barreiras e obstáculos, eu te amo e aceito por gostar de
você, não vou obrigá-lo a nada, mas só quero tirar esse desejo de querer ficar
com você, e quero você para sempre.
- Nunca passou pela minha cabeça
que você gostava de mim, péssimo gosto você tem- ele ri
- Você mais ainda- me dá outro
beijo
Logo em seguida, ficamos no banco
de trás do carro deitados, o cabelo dele estava todo desajeitado (Risos), eu
estava com a cabeça no colo dele deitado e ele um pouco sentado olhando para
mim e dando revanche no cabelo.
- Nunca imaginei que fosse ficar
com você, nós estamos namorando então?- pergunto
- Não ate eu oficializar e também
se você quiser- disse ironicamente
- Eu quero muito, tudo que quero
agora é você!
Resumi tudo meu mundo nessa
frase, ele me beija lentamente, os sons do beijo nos deixava excitado, trocamos
de posição me levantando e o agarrando, ele tira minha camisa e me continua a
beijar, logo começo a desbotar a camisa social dele o beijando no pescoço, entramos
no clima de sexo, ele me joga no banco e nos deitamos, ele estava sobre mim
beijando meu pescoço, dando pequenas mordidas e cochichando no meu ouvido
coisas eróticas, logo ele começa a descer no meu peitoral e beija lentamente
meu mamilo direito. Logo abaixa minha calça jeans, abaixa minha cueca Box,
segura meu pênis onde sinto a maior excitação e começa a chupar a cabeça, logo
chupa o tudo. Depois de um tempo, o pego e o viro o jogo, repito as mesmas
ações.
Na Relação, escolhi ser passivo
(Uke) e ele ativo(Seme), ele introduz seu pênis no meu anus e começo a sentir
um prazer intenso, o vidro fica embaçado de tanto calor que estávamos fazendo
dentro do veículo, a chuva começa a parar e gozamos.
- Uau! Que experiência – digo,
ele ri.
- Eu curti muito, ainda mais com
você! – ele me diz com nossos rostos próximos.
-Vamos voltar porque é tarde e o
culto está acabando – Nos vestimos, ele toma o volante de volta e pegamos a
estrada.
Quando entramos na rua, o povo da
igreja estava todos no lado de fora da rua e a maior agitação, Alex estaciona o
carro e logo o tio dele chega raivoso o dando a maior bronca e como percutiu a
igreja toda. Estávamos perante todo o povo querendo saber para onde fomos e por
que. O Alex segura minha mão na frente de todos, o povo nos olha com olhar
torto e de surpresos e logo diz.
- Me confessei ao Felipe, estamos
namorando! – A partir daquele momento, nossas vidas mudaram..
Parte 2 – A fuga
Desde o momento que o Alex pegou
minha Mão e confessou nosso relacionamento
na frente da igreja toda, o assunto percutiu um impacto em todos os
membros, alguns pararam de vez de falar conosco e outros mostraram total
ignorância ou vieram até nós falando da “cura gay”, passamos por coisas
extremamente difíceis e nossos pais nos mandaram não nos vermos mais, só
podíamos sair para a escola e cursos e se descobríssemos que nos vimos iriam
cortar passatempos em casa, estávamos totalmente proibidos de nos ver.
Passou-se três semanas, meus
amigos se restaram a apenas um com o boato corrido na escola e virei o garoto
exilado da sala por ser o “viado”. Carol não havia nenhum preconceito e sempre
me apoiou nas minhas atitudes, só me restou uma amizade onde a considerei a
verdadeira. Estávamos no intervalo comendo no refeitório sentados
- Sinto falta dele Carol e é
tanta coisa que passo ultimamente, minha mãe ontem me veio com um terapeuta
para me curar de ser gay – debochei
- Relaxa Feh, porque você não
liga para ele pelo menos ouvir a voz dele e você fica um pouco mais calmo? – me
pergunta mastigando um hambúrguer de dar água na boca
- Meus pais confiscaram meu
celular – digo chateado e olhando para o hambúrguer
- Quer um pedaço neh? – ela
pergunta rindo
- Já que insiste – dou risada e
ela me dá um pouco.
Terminamos o lanche e saímos para
dar uma volta pelo colégio falando mais a respeito do assunto.
- Acho tão fofo o amor de vocês
dois e o que vocês estão passando só por se amarem, eu tive uma idéia um tanto
louca RS –
- Estou disposto a tentar – digo
com entusiasmo
- Eu posso falar com ele por você
e tentar aproximar de você de forma que não tenha autoridade dos seus pais –
- Tá dizendo fugir com ele? Não é
muita loucura e clichê?
- Você ama ele?
- Sim – Respondo
- Insista, persista e consiga o
que ama – filosofa Carol
- Mas como iríamos fugir, não
temos nada do tipo financeiro, nos sustentar por aí, é muita coisa para
organizar uma fuga fora o dinheiro que é o principal problema –
- Essa é a loucura que estou
disposta a fazer na verdade-
- Como assim Carol?
- Minha vó me deixou uma herança de digamos muito dinheiro e
posso dar uma pequena parte para que vocês comecem uma nova vida –
Arregalo o olho.
- Faria isso por mim?
- Para isso servem os amigos, e a história de vocês dois é
muito kawaii –
Envergonho-me
- Para RS –
Dou a ele o endereço do Alex, e já que o pai dele não
conhece Carol deixariam falar com ele, combinamos de pegar o ônibus para o Rio
Grande do sul onde iríamos refugiar, Carol me dá a conta no banco em um
dinheiro especifico e me dá em mãos uns 700 reais para imprevistos.
- Não sei como agradecer Carol, você é uma grande amiga, um
dia espero fazer o maior favor para você também, sentirei sua falta – digo
sorrindo
- Você tem meu facebook para manter contato e é bem que
mande- diz rígida
- Claro, valeu Carol – Nos despedimos na porta da escola,
abraço ela bem forte e agradeço de novo por tudo.
O combinado foi de eu comprar duas passagens para o Rio
Grande do sul e me encontrar com ele ás duas horas da madrugada e partimos no
mesmo dia.
Enquanto isso em casa fico preocupado nessa decisão, mas
ficar com Alex é o que mais quero e Carol providenciou uma grande parte
financeira para poder começarmos essa vida e livre das doutrinas dos nossos pais.
Durante a Tarde, pego uma foto do Alex na internet e faço um desenho dele
escondido dos meus pais, sombreio e fica bom, ponho minha assinatura e fico
pensando se ele vai gostar.
Chega à noite, está tudo muito quieto em Casa, dou cada
passo como se o chão fosse estraçalhar e cair num poço de lava abro meu portão
de casa e vou em direção a rodoviária da cidade, sou um mochileiro no meio da
noite. Compro as duas passagem e espero ele, o ônibus parti em 30 minutos se
acontecer algo e ele não sei o que acontece.
Logo vejo ele no fundo da rua confiante, ele está com o
violão dele nas costas uma pequena mochila na mão e na outra espera, um gato?
Ele traz um animal de estimação para a viagem? Olho intrigado, mesmo assim mato
minha saudade de semanas e o abraço bem forte fazendo quase cair as coisas
dele.
- Cara, eu senti muito sua falta – Digo a ele.
- Eu também meu lindo- me diz feliz
Beijamos-nos descontando toda saudade, só que depois vejo
algo arranhando minha barriga, paro o beijo e digo
- Ai – falo de dor
- Alex e esse gato? – Ele ri
- É o Joe –
- Joe? Você traz um felino para a viagem eles não vão deixar
entrar com um animal, porque você não deixou com seus pais, e Joe? Seu violão
por acaso tem nome também? –
- Depois de você, o Joe é a maior coisa que eu amo, se eu
deixasse meu camarada lá, eles iam deixar o Joe num centro de controle de
animais, não podia deixá-lo, meu violão também tem nome RS, mas não vou dizer,
tenho vergonha, mas então está disposto mesmo em fugir e começar mos uma nova
vida?
- Estou- falo firme- além de você só tenho a Carol de
especial na minha vida, odeio minha vida agora que tenho você vejo um sentido
nela e quero viver ao seu lado – confesso
Alex da um sorriso muito bonito, coloca o Joe na mochila e o
esconde deixando a cabeça de fora, o gato era branco manhoso demais e me olhava
com cara de capacho.
- Fiz um desenho para você – digo a ele
Reviro minha mochila e pego o desenho e o entrego, tentei
fazer o máximo possível que consigo, ele pega o papel com delicadeza olhando
cada detalhe do desenho.
- Felipe...está lindo- me olha de novo- eu adorei, vou
guardá-lo com minha vida –
- Que bom que gostou – dou um sorriso – melhor partimos,
esconda bem esse gato – me viro e começo a caminhar fechando minha mochila em
direção ao ônibus
Alex segura minha braço e diz:
- Espere, tenho um presente para você também – o olho com
entusiasmo
Ele deixa a mochila no chão com o gato, pega o violão das
costas, tira a capa e posiciona par tocar.
- Compus uma música – pronto, eu sou que super tímido com
isso, poderia ter virado um gelo no meio da rodoviária, pelo menos estávamos
sozinhos lá no embarque.
Ele começa a tocar com uma melodia gostosa de ouvir, começa
a se expressar no rosto de várias maneiras tocando o violão e começa a cantar
para você leitor será difícil seguir a canção acompanhando com o ritmo que
proponho, mas a canção dizia sobre uma nova ponte, novos caminhos, um novo amor
que estaria para começar e sobre uma tempestade que referia ao que teríamos que
passar pelo preconceito e pela nossa família a louca em busca da gente, a voz
do Alex me deixava totalmente calmo, ele tocava e cantava super bem, naquele
momento deixei minha vergonha de lado e comecei a me emocionar, quase comecei a
chorar, ele termina calmamente a canção e par de cantar dando um fim lento com
o toque do violão. Ele olha para mim e sorri:
- O que achou?
- A melhor canção que eu já ouvira – digo seriamente
Ele vira o violão nas costas e me beija em plena rodoviária
a noite, com o poste de luz sobre nós, depois disso pegamos nossas coisas e nos
sentamos no ônibus.
Sento-me no lugar da janela e vejo a cidade dizendo Adeus, o
ônibus liga o motor e começa a andar, Alex boceja:
- Que sono, vou me deitar aqui – ela deita no meu colo e
fecha os olhos, também não agüento e durmo ali mesmo.
Quando acordo, sinto uma coisa no meu colo, mas não era a
cabeça de Alex e sim o gato dele arranhando e espreguiçando na minha região da
cintura entende? Acordei de vez com dor e quase gritando jogando o gato longe,
vi que o ônibus estava numa parada, era de manha, era um intervalo para o café
da manhã, Alex provavelmente saiu para o Restaurante, pego o gato na força e o
coloco de volta na mochila e saio do ônibus com o sol forte nos meus olhos e me
cegando, ando como um zumbi em direção ao banheiro.
Saio do banheiro e vou ao restaurante e lá está ele, mas
espera ele esta conversando com outro cara e parecia uma conversa bem
interessante, ele me avista e me chama, vou ao local me sento-me à mesa com ele
e o outro cara.
- Feh, esse é o Diretor da Rádio popular do Rio grande do
Sul, ele me ouviu tocando para você ontem e me ofereceu um trabalho – me
surpreendo
- Olá Felipe – me diz sorridente – Pode deixar que não tenho
preconceito algum, mas reconheço o verdadeiro amor de vocês e Alex me falou
tudo sobre a igreja, o mustang e a fuga de vocês e estou disponibilizando uma
oportunidade para Alex, uma carreira solo-
- E o senhor quem seria? –
Ele ergue a mão para me cumprimentar e diz
- Alessandro, meu nome é Alessandro, muito prazer – nos
cumprimentamos nas mãos e depois pego algo para comer, ficamos lá conversando
sobre como e quando em que hipótese Alex poderia começar uma carreira como
cantor
- Bom tenho que ir, vou deixar você pensando Alex, vou
entregar meu cartão para você e aguardo sua resposta, estarei no Rio daqui a
uma semana somente, até mais- ele acena para nos dois e sai do restaurante
falando ao telefone, eu volto a comer o lanche
- O que você acha?
- É uma grande oportunidade, praticamente você está feito –
- Ele não comentou mas te mostrei o desenho que me fez, e
ele achou esplendido e tem contatos da uma editora, você também poderia começar
algum estágio ,algo do tipo- penso no assunto e vejo como as coisas estão indo
de boas para melhores.
- Claro, isso seria ótimo- Acabamos de comer e voltamos ao
ônibus, A Viagem é longa..
*-* adoreii !!
ResponderExcluirawn T-T qu elindo
ResponderExcluiremocionante a historia muito boa!
ResponderExcluirContinuação continuação CONTINUAÇÃÃOOO!!!!!!
ResponderExcluirPaola bondi.