domingo, 30 de junho de 2013

Onegai Arata!

   Quantas vezes o observei de longe? Não sei quando começou, ou ao menos como, a única coisa que sei é que seu perfume impregnou meu sistema, fiquei de tal forma que mesmo que tentasse muito duramente reprimir esses sentimentos eu não conseguia. No início eu queria negar, pois estava apaixonado por um homem, e mesmo vivendo em pleno século XXI ainda existe o tabu a quem você pode ou não amar, por mais que não me importasse com a opinião alheia não queria que a pessoa que tanto observei e cuidei de longe me olhasse com rejeição.
   Estava observando-o pela janela, a minha sala de aula estava de frente a um salgueiro, que era sempre aonde ele sentava para ler, as vezes pegava um vislumbre de um dos títulos de seus livros, mas a maioria pelo que percebi eram de história ou filosofia, honestamente odiava esse tipo de livro, mas era tão interessante ver seus dedos longos passando as páginas, enquanto o vento bagunçava seu cabelo castanho que ia até o ombro, até mesmo seus olhos negros como a noite em estado de concentração me fascinava, era enervante não saber o que ele pensava, ou se alguma vez ele me notou. Instantaneamente esse pensamento foi descartado de minha mente, não queria começar a entrar na aura negra que as vezes aparecia para me dar um "oi". Sua mão direita moveu o cabelo que estava em seus olhos para atrás da orelha, quem diria que uma orelha poderia ser tão bonita? Divagando em pensamento, percebo que estou sendo observado e congelo quando o vejo me olhando, corando viro para encarar o professor de matemática, meus nervos começaram a se sobrepor sobre mim e comecei a me xingar mentalmente.
- Masara venha resolver este exercício. - Meio assustado com o pedido repentino do professor tropeço em meus pés e agarro a cortina para me segurar, que se solta e se não fosse por meu amigo Taki teria caído para fora da janela, meu coração disparado pela vergonha. - Tome mais cuidado! - O professor me repreende, me curvo pedindo desculpas e meus olhos olham para fora e percebo que ele esta cobrindo sua boca ( que era incrivelmente linda), prestando um pouco mais de atenção vi que ele estava tentando esconder um sorriso, finalmente consegui ficar mais constrangido do que já estava e sento com a intenção de me fundir com a cadeira, eu queria que ele me notasse, mas não como um idiota, suspirei e resolvi deixar isso de lado afinal eu já fiz a besteira que pelo menos o fez sorrir. Com esse pensamento passei meu dia entre aulas e eu caindo de alguma forma inexplicável, aulas e eu passando mais vergonha, aulas e os professores exasperados comigo, aulas e bom eu me aguentando, acho que eu não sou a pessoa com o melhor senso de equilíbrio ou melhor atenção do mundo, na verdade quanto ao último eu sou péssimo me distraio tão facilmente que até mesmo o cara mais sexy da escola me convidando pra sair não me prende a atenção.
    Peraí, o cara mais sexy da escola me chamando pra sair? Como eu não percebi isso? Olhei Taki e ele estava dando risada da minha cara quando eu finalmente percebi a minha situação, como isso ocorreu? Eu sou só... eu, um cara de 1,67 que pesa 53Kg, nos melhores dos meus esforços ( ou seja, no inverno quando estou com muita roupa :3), cabelo negro um pouco comprido para o meu gosto, mas minha linda mãe gosta dele assim (não minha mãe de sangue, pq ela me abandonou quando eu era pequeno, mas Anita minha mãe de criação, isso é uma outra história, viu o que eu disse de ser distraído? :/ ), bem onde eu estava? Ah sim, na parte aonde descrevia o quão "inacreditável" era a minha aparência, tinha olhos verdes como musgo, e resumindo sem graça. Finalmente Akira parou de falar e parecia estar esperando uma resposta, o que dizer se eu não prestei atenção?
- Desculpa, mas eu não prestei atenção... pode repetir? - O rosto do Akira adquiriu um tom vermelho, não sei se foi de raiva ou vergonha, mas o tique em seu olhos azul me deu a confirmação quanto a minha última suposição.
- HAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAHA - A gargalhada me pegou de guarda baixa me dando um susto, que quase me fez gritar como uma menina, senti meu rosto esquentar quando percebi quem estava gargalhando, era Arata meu amor não correspondido (que coisa mais melodramática para se dizer, eu nem sabia se meus sentimentos era ou não correspondidos, mas... provavelmente... lá vai eu entrar na aura negra de novo --' ).
- O que você quer aqui? - Akira perguntou com raiva, lágrimas de tanto rir escorriam pelo belo rosto de Arata e eu queria sumir, será que não vendem pó de pirlimpimpim, essa seria uma ótima hora para usar. Finalmente Arata se acalmou o suficiente e olhou para o seu amigo (não fiquem chocados, eles são amigos).
- É que foi interessante ver a cara dele... e a sua... - Ele deu mais uma risadinha, então tive a certeza que Arata sabia que eu não estava prestando atenção, corei furiosamente.
- Você tá deixando ele constrangido, seu idiota! - Por mais que Akira estivesse certo, eu estava  feliz por ter  olhos de Arata em mim duas vezes em um dia, quão miserável eu era? Arata deu de ombros e continuou me olhando.
- Humm... eu sinto muito, mas eu tenho compromisso por isso não vai dar para sair. - Akira me encarou seus ombros cairão um pouco, mas assentiu, se virou e foi embora. - Ano... Poderia dizer que eu pedi desculpas novamente?  - Disse ao Arata que me olhava com ar divertido, ótimo! Agora posso trabalhar de palhaço!
- Eu até poderia... mas isso vai custar um preço? - Seu olhar mudou para algo que eu não tinha visto ainda em seu rosto e nem sabia o que era.
- MASATA! - Taki veio por trás e me abraçou, ele sempre teve essa mania, desde criança, tudo bem que eu não era um adulto, mas eu já tinha 15 anos, isso conta como alguma coisa certamente, mas na mente de meu amigo isso não era nada, ele ainda me via como o garotinho chorão. - Vamos para casa, tem bolo de chocolate e podemos jogar um pouco, dessa vez eu vou ganhar de você e daí... - Ele deu uma mexida na sobrancelha de uma maneira sugestiva.   Revirei meus olhos, ele gostava de fazer esses jogos na frente das pessoas.
- Tá, mas desgruda! - Empurrei-o. - Depois conversamos. - Disse a Arata enquanto saia, mas ele puxou meu braço.

- Amanhã você terá que me pagar por ser um garoto de recados. - Sua voz masculina e melodiosa sussurrou em meu ouvido e como se não fosse muita tentação deu uma mordida no lóbulo da minha orelha que arrepiou todo o meu corpo. Ele saiu enquanto eu fiquei ali contemplando o que foi que desencadeou essa reviravolta e como diabos o cara que eu gostei pudesse ter esse lado perverso que me deixou com os joelhos fracos e me amaldiçoando por não o agarrar e satisfazer meu libido.  

  • Feita por Finn
Arigato Finn x3

domingo, 23 de junho de 2013

ORE LOVE ONI-CHAN

Não sei como posso ter uma mente tão suja assim...eu sou uma pessoa horrível...como pude me apaixonar pelo meu próprio irmão?! Na bíblia diz que irmão não podem ficar jutos mas eu não posso evitar eu acabei me apaixonando terrivelmente, meu nome é yuki kurozuke tenho 15 anos e meu irmão shunsuke kurozuke tem 16 anos,  desde de criança dizia que iria casar com o oni-chan e ele comigo mas enquanto íamos crescendo íamos nos distanciando cada vez mais sem que percebesse eu fui ficando cada vez com mais vergonha de falar com ele até que percebi...eu o amo! Nós dormimos no mesmo quarto e isso me deixa mais exitado ainda, ele é claro tem cabelos castanho mel, muito lindo (em meu ponto de vista e das demais pessoas), olhos cinza e alto eu sou um garoto ruivo, muito lindo(pelo que me dizem), de olhos cinzas e um pouco menor que ele toda vez que ele me toca sinto um imenso calor vindo de meu kokoro até minhas partes baixas.
Ele sempre acaricia meu cabelo e eu fico vermelho, ele percebe mais não liga...Estou no colégio sou do primeiro ano do ensino médio e ele, também sentamos um do lado do outro(somos calouros).Andando pelos corredores do colégio sendo assediado pelos garotos da escola(sexualmente) um deles se chama kamizuki namurame, um garoto bem bonito mas muito implicante!, ele chega em mim e segura meu queixo com sua mão esquerda e o levante em sua direção, e diz –kawaii!nossa você é muito lindo pra ser um garoto- esqueci de comentar que sou o garoto confundido com garota mais lindo do estado e quando me olham sempre dizem “nossa que garota linda!” isso me irrita, eu disse –gomem, tenho que ir na bibliotec- sou interrompido e ele me arrasta por um dos braços para os armários de basquete e me taca no chão começa a tirar minha blusa e me beijando descontroladamente, derrepente  shunsuke chega desesperado e com olhos em furia, da um soco na cara de kimizuki (isso meu amado oni-chan valeu :3!) abraço o shunsuke com força e disse baixinho –oni-chan estava com medo...- ele me olha com um olhar de pena, tristeza e ciúme...
OUTRA VERSÃO DA HISTÓRIA....
Não sei porque sou assim...sou um hentai!como posso ter pensamentos eróticos com meu irmão menos?! Eu sou o pior!meu nome é shunsuke kurozuki  e sou apaixonado pelo meu irmão menor, seu nome é yuki kurozuki ele é uma gracinha ele se parece extremamente com uma garota e é mais lindo do qualquer garota de verdade do estado, todos os garotos o confundem com uma garota, fico com muito ciúme quando isso acontece, mas sempre o defendo...dormimos juntos no mesmo quarto e sempre que tem pesadelos ele corre pra minha cama a de cima(é uma beliche) e se cobre comigo e se abraça forte, são nessas horas que ele fica vermelho mas fico muito feliz quando ele faz isso.hoje enquanto estava na biblioteca porque sabia que ele teria que ir lá devolver um livro que ele havia pegado o fiquei esperando até que um garoto entra correndo e fala –shunsuke-kun! Yuki-chan foi arrastada pelo braço para os armários do clube de basquete!- eu saio correndo com o coração na boca pensando o que havia acontecido ou estaria acontecendo com  o yuki, entro lá e me deparo om o yuki sendo beijado por kamizuki e dou um soco na cara dele, yuki e me dá um abraço e fala –oni-chan estava com medao...- nessa hora pego o ele em meus braços e o levo direto para a enfermaria e chegando lá o ponho na cama e sento e ele se senta e olha pra mim e diz todo vermelho –oni-chan...ore...ore(começo a ficar nervoso)ore...te amo...-ele fecha os olhos e vira a cabeça para baixo todo vermelho, dou um sorriso de alivio e ponho as mãos em seu rosto o viro em direção ao meu e o beijo(de língua >////<) e disse baixinho para que ele ouvisse –eu também...- ele fica realmente feliz...
Chegando a casa está vazia vamos para o nosso quarto enquanto yuki troca de roupa o abraço por trás enquanto tira a camisa....
AS DUA VERSÕES SE CRUZAM...
Shunsuke o começa a me beijar, a lamber meu pescoço eu gemi –aaaahhhh- ele fica muito exitado e me joga na cama e começa a me lamber e vai descendo devagar e desabotoou minhas calças e as tira junto com minha cueca Box, e começou a me chupar devagar para que senti-se mais prazer e não me assusta-se eu gemia pois ainda era virgem –AAAAhhhhh...shunsuke...desse jeito...eu vou- ele me diz –yuki, não agüento mais...vou colocar...- eu aceno com a cabeça que sim então ele vai metendo seu pênis grande me duro, penetrando cada vez mais e eu gritava –AAAAAAAAHHHHH Shun..su..ke..é muito grande..aaahhh- ele sorri e vai diz –eu vou começar a me mover...- ele começa a se mover lentamente para que não doe-se muito mas na no ni eu gritava mesmo assim –AAAAHHHH- ele se divertia e fica ainda mais exitado ainda com meus gemidos de dor e prazer!  Ele foi aumentando a velocidade e eu gritando cada vez mais alto –AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH SHUNSUKEE!é grande demais- e ele ia enfiando cada vez mais fundo em mim, até que gozamos....
Deitamos em minha cama e eu ainda com seu esperma em mim, estávamos tão felizes que nem parecia verdade, estávamos abraçados em volta do calor de nossos corações, isso pra você pode parecer uma história horrível mas pra mim e meu aniki foi como um sonho realizado, agora estamos no segundo ano do ensino médio, ainda estamos juntos e nosso amor está mais forte do que nunca, sempre que um cara me assedia ele vai lá e arruma confusão e sempre que uma garota vai paquerar ele, ele diz que já é comprometido fico tão feliz quando ele fala isso >////< ele é o amor da minha vida! E nossos pais viajaram a uma semana para sua terceira lua de mel kkk e nos aqui estamos tendo nossa segunda eles ficaram fora por 7 meses nesse meio tempo você pode imaginar que faremos muitas coisas kkk bom para todos aqueles apaixonados, digam o que vocês sentem pêra pessoa que você ama, como um grande homem me falou um dia
“Não temos medo de dizer EU TE AMO, temos medo da resposta que nos darão...”
< Nossa querida escritora mandou sua foto :O 
Paola Bondi
Arigato por mais uma história Paola-chan o/

sexta-feira, 21 de junho de 2013

ORE LOVE KIMI 2

CAPITULO 2. UM RIVAL.
Como puderam ler no capitulo postado ontem, vou continuar contando...
Por que ele tem que ser tão lindo?ele sempre vive cercado de garotas isso me irrita! Aposto que ele já ficou com milhares delas, der repente um garoto entra na sala de aula, seus cabelos ruivos, e olhos dourados me fascinaram não consigo desviar o olhar, ele me vê olhando pra ela e sai correndo em minha direção e diz “nakamura-chi é você?”e eu respondo “sim...e quem é você?”e ele fica triste “Nakamura-chi você se esqueceu de mim?sou eu!aquele tampinha chorão!sou eu usami!” eu me lembro, quando era criança havia uma garotinho chorando no meio do parquinho por ter cabelos ruivos e os outros meninos ficarem com inveja e o fizeram chorar e eu fui consolá-lo, grito “EEEEHH USAMI-CHAN É VOCÊ??” ele responde “agora que você lembrou?”respondo “incrível você cresceu muito!nem te reconheci!!esta muito diferente de antes, mas já fazem 6 anos claro q eu iria esquecer!”ele se inclina em minha direção e segura uma de minhas mãos e diz”desta vez não vou deixá-lo escapar...” beija a minha mão direita e eu fico vermelho, sem que ninguém percebesse Takano estava sedento de raiva,  e usami diz “você esta livre hoje?”eu respondo “sim-”ele fala “então vamos ter um encontro!hoje as 4 horas em frente ao parquinho em que nos conhecemos o.k?”eu digo “mas, eu tenho coisas pra fazer(não vou perder Kimi ni todoke de novo!)e tenho muito dever de casa”e ele pergunta com uma carinha linda “Nakamura-chi me odeia?” eu digo “não,não,não!!” e ele diz “então ta combinado hoje as 4” as meninas vão ao delírio com aquela carinha que ele fez e Takano não se agüentava de raiva bate na mesa e me pega pelo braço e me leva para os armários do time de natação.me taca no chão e tira as calças, desabotoa minha blusa começa a me lamber, e foi descendo e ficou me chupando lá em baixo e me pegou com força e botou dentro de mim eu grito “aaaahhhh” eu disse “não...matte por favor....koreijo ore...aahh” ele diz enquanto fica penetrando em mim com força “nunca deixa ninguém te tocar além de mim...” aquilo era uma prova de amor? Eu grito “aaaaaahhhh ta..ka..no.. você está..maior do que antes..aaaahhhh”até que ele despeja....ele se arruma e volta pra sala de aula em seguida eu me arrumo e vou pra sala de aula depois dele, todos ficam se perguntando  que será que aconteceu quando ele me puxou pela mão, sento-me com um pouco de dor naquele lugar e takano não estava cercado por sua amiguinhas fico feliz....saindo da escola vejo usami me esperando na esquina, e me pega pelo braço e diz “vamos...”e eu disse “agora?”ele me dá as mãos e me leva pra casa dele chegando lá vou pro quarto dele e ele estava calmo demais e comemos lamém, ele me abraça derrepende e diz “ore amo você”eu digo“matte-”ele me beija e nisso ele aproveita meus estado vulnerável e me algema em sua cama e amarra meus pés,  desabotoa minhas calças e diz “que lindo...já está exitado agora...” começa a me lamber todo e fica me chupando em áreas bem visíveis acho que ele queria deixar sua marca registrada ou disse-se esse já é meu ou coisa assim.. eu grito“aaahhhh”ele diz “olha..que tom tímido, adorei o que será que acontece se eu botar o dedo aqui?” ele enfia seu dedo dentro de mim “aaaaaaaahhh ah ah matte...”gritei, ele diz “que gracinha....quero ver motto mais disso..”ele desabotoa as calças mas na hora em que ele foi enfiar Takano chega na ultima hora e o empurra! E fala “usagi!(com um olhar triste)você esta bem?” digo “sim...”me desamarra, destranca as algemas e me enrola numa lençol e diz para usami “maldito!nunca mais toque no meu usagi!” estava tão feliz que ele disse que eu pertencia a ele, mas não sabia se ele realmente me amava ou estava só querendo alguém pare se satisfazer....ele me leva pra casa e me joga na cama tira as calças e começas a me beijar e eu digo”matte!melhor pararmos com isso você não me ama você está só brincando!” eles diz “quem está? Eu te amo usagi!” respondo chorando “mentira!eu te amo desde a primeira vez que te vi!e você sempre foi malvado comigo!por que isso agora?” ele me beija e diz “se eu não te amasse nunca teria ficado com você eu não gosto de garotos te disse isso na primeira vez que nos falamos, o garotos são maus, mas eu não podia dar uma imagem de homossexual mas me apaixonei por você desde a primeira vez que nos vimos, mas não tive coragem de te falar, naquela vez em que pus a mão em seu rosto quando cheguei em casa chorei muito, e realmente me arrependi de ter feito aquilo, por isso que naquela noite fui em sua casa”eu disse “então você se lembra?” ele responde “é claro, fingi que não para que ninguém percebesse, mas eu realmente te amo usagi...”me beija me desenrola do lençol e penetra dentro de mim eu grito “aahhh eu te amo Takano! Aaaaaahhhh”.
    Acordo com ele gritando e dizendo “você também é um demônio?tem orelhas e um rabo de lobo branco!” eu digo “ah isso minha mãe e meu pai me selaram para que nunca aparecesse só quando eu estivesse com a pessoa que eu amo e ela também me amasse” ele responde “eu sou um dragão d’água” eu disse “eu sei...”e no dia seguinte indo pra escola tudo estava diferente ele estava andando somente comigo nos almoçávamos juntos no terraço e nós sempre nos pegamos lá, mas nós não sabíamos que nosso amor ainda passaria por muitas dificuldades...
CONTINUA....   

 Quem quiser me adicionar no face meu nome nele é パオラうさぎ valeu!



  •  Feita por Paola Bondi
Arigato novamente Paola-chan o/

quinta-feira, 20 de junho de 2013

ORE LOVE KIMI!

CAPITULO 1. O NOVO ALUNO.
Meu nome é usagi Nakamura tenho 15 anos e sou do primeiro ano do ensino médio, sou extremamente ante-social e não me associo muito com as pessoas....
Como sempre sou o primeiro a chegar na sala de aula novamente, me sento na penúltima cadeira da ,ultima fileira sou considerado um nerd mas pelo contrário...sou um otaku! Amo animes yaois, shoujos, românticos, e tudo que tiver romance eu adoro! >////<  mas sempre mantive isso bem escondido de todos, moro sozinho , sou descendente de um clã Nakamura de demônios lobos brancos meu pais morreram quando eu ainda tinha menos de 10 anos e selaram minha cauda, minhas orelhas e meu cabelo branco e disseram que eles apareceriam de novo quando eu estivesse namorando ou casado com a pessoa que amo, mas nunca deixei ninguém sabe disso... as pessoas começam a chegar falando –ohayo!ohayo!- e eu me sento e olho e fico olhando o céu pela janela, pensando em o que será q aconteceu em Kimi ni todoke no episódio q eu não vi que lançou ontem, até que a professora então todos se sentam e ela diz –pessoal, hoje nossa sala recebera um aluno novo!entre!- e então ele apareceu, com seus cabelos loiros, olhos azuis e eu senti minhas bochechas ficarem rosadas e tentei disfarçar mas não conseguia, meu coração batia forte, e rápido, não conseguia respirar direito mas não conseguia desviar o olhar dele.
Então ele diz “prazer em conhecê-los meu nome é Takano kitazawa, peguem leve comigo sou só um novato” as garotas foram ao delírio e os garotos também em minha sala aviam muitos homossexuais e vários já deram em cima de mim mas não gostei de nenhum deles, mas ele chegou e me apaixonei na hora ele se dirigiu  minha direção e eu ia ficando cada vez mais corado, e ele parou e me olhou diretamente nos olhos e eu nos dele, e ele abaixou a cabeça e ficou corado não sei por que, a sentou-se do meu lado onde havia uma cadeira vazia, e ficou falando com as garotas da sala, não olhei mais para ele.
No dia seguinte ele entrou para a equipe de natação e eu fui vê-lo, ele nadava muito maravilhosamente, eu estava maravilhado com ele  e ele percebeu isso e olhou pra mim discretamente mas eu percebi...ele saiu do treino e secado de garotas ao seu redor e eu disse “você nada muito bem kitazawa-san, prazer em conh- ”ele botou a mãe na minha cara e disse “não gosto de garotos”e saiu andando com as garotas...de noite naquele mesmo dia kitazawa-san aparece em minha casa era uma noite fria e chuvosa e eu disse “kitazawa-san o que você está fazendo aqui e ainda mias ensopado desse jeito?”e peguei uma toalha e pus na cabeça dele, derrepente ele me beija do nada e me leva pra minha cama, fica em cima de mim e me beijando, desabotoando minha blusa e tirando minhas calçar, e disse “não kitazawa-san melhor não fazermos isso...somos dois homens isso é estranho...” ele diz “não tem nada de estranho em fazer isso com a pessoa que amamos...” eu fiquei emocionado e chorei mas não paramos ele desabotoa sua blusa e delicadamente vai penetrando em mim, eu gemendo de dor e alegria por ele dizer que me ama estava realmente feliz...acordo de manhã e ele não está mais lá mas sabia que não foi minha imaginação(estava com um tremenda dor naquele lugar e aquilo não era sonho kkkk não riem ta doendo!) me arrumo vou pra escola como sempre e chego lá e o vejo dormindo com a cabeça na mesa e acaricio seu cabelo, e me sento derrepente ele acorda e me vê sentado o lado dele, e ele parece não se lembrar de nada da noite de ontem...deixo ele quieto, as amiguinhas dele chegão e o rodeiam fico com muita raiva, quase chorando mas me agüento...respiro fundo e ele me olha discretamente sem que eu visse ele estava diferente de ontem....
CONTINUA..
  • Feita por Paola Bondi
Arigato Paola-chan >.<




terça-feira, 11 de junho de 2013

Valentine's Day











Feliz Dia dos Namorados *u* 12/06







































Feliz dia dos namorados a todos os casais que devem estar muito felizes... espero que estejam ;D


E para os solteiros um feliz dia dos namorados do mesmo jeito, dica de uma pessoa que passou a vida toda sem comemorar o dia dos namorados...

Fiquem perto de quem vocês gostam, seja amigos, família, todos os tipos de pessoas especias, e sejam felizes comendo chocolate ç.ç kkkkk 



Para os casais, deem um biscoitinho para os seus amores ;B

kkkkk ou chocolate xD, (hm vontadinha de comer chocolate)


Desejo felicidades e pegações a todas as pessoas nesse dia dos namorados...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sweet Dreams - 2

O Brilho e a cor do ciúme
Bom, conheci o Yuzuki num baile de máscaras, ele tinha 25 anos e era filho de um milionário. Já eu, tinha 14 e era filho de um banqueiro, nós se interessamos um pelo outro logo de primeira. Então começamos a namorar, dois meses depois eu passei a morar na casa dele. Oque eu não gostava muito, era as amizades que ele fazia, sentia um ar de falsidade, inveja e intriga. Eu sempre falava com ele que essas amizades não eram muito boas, ele ria e falava que era impressão minha.
Até que boatos falsos feito por amigos dele, começou a destroçar friamente nossa relação, envenenaram tanto a mente dele que, ele chegou em casa num raio e bruscamente puxou meu braços, apertando com força e disse:
- Por que você nunca me contou que tinha outro cara, bastava me dizer eu saía do seu caminho, eu passei vergonha sendo o corno da história.
-  Me solta! Tá me machucando!
- Não, me diga e eu te solto!
- Eu nunca te traí, isso é invenção dos seus amigos, querendo acabar com nosso romance!
Então ele deu um tapa tão forte no meu rosto que, ardia não pela dor, mas sim pela desconfiança e as intrigas plantadas nele.
- Não minta pra mim! Diga somente sim.
Eu fiquei um tempo em choque, mas respondi bravamente.
- Quando que eu te traí! ?
- Hoje foi uma das vezes! Tenho provas que peguei com meus amigos, que pelo menos, eles sim me amam de verdade!
Ele mostrou o celular com supostas mensagens minhas com meu suposto amante marcando o horário de encontro, eu peguei o celular e falei:
- Primeiro eu não tenho esse nick nesse site, segundo esse horário que eu supostamente marquei com ele eu estava em casa o tempo todo! Se não acredita vou chamar o mordomo pra confirmar!
- Alfred!
- Sim, senhor?
- Alfred eu sai hoje pra algum lugar?
- Não senhor.
- Alfred não minta para o seu patrão, diga ele saiu?
- Não senhor! Vou trazer as fitas das câmeras provando que o sr. Freir ficou o tempo todo em casa!
A minha sorte que tinha câmeras ao meu favor, Alfred trazendo as fitas, provou que eu tinha ficado em casa e as farsas todas foram tudo mentiras para causar fim do nosso namoro, e se era isso eles conseguiram, Yuzuki ficou sem graça, sem reação e envergonhado.
- Oque mais me desapontou em você Yuzuki-chan foi desconfiar de mim, e não deixar eu me defender, e por isso decidi por um basta!
Ele olhou pra mim desesperado com olhos caindo lágrimas e eu também não aguentei, mas segurei o choro, só que lágrimas estavam descendo....
- Freir-chan me perdoe eu errei, eu sou um lixo em acreditar nos meus amigos. Agora me dê um abraço e vamos voltar a tudo que era!
Eu empurrei ele, e chorando silenciosamente, subi correndo até o quarto, tranquei a porta e chorei no travesseiro lembrando o tapa que ele me deu, frio e ardente ao mesmo tempo. Ele sentou no chão e chorou também. A noite quando estava todos dormindo, eu arrumei minhas malas e desci vagarosamente para não fazer muito barulho. O vi deitado no sofá e na mesinha deixei o seguinte recado:
- Yuzuki vejo que não dá mais, então quero terminar! Vai ser doloroso mas é melhor para nós dois. Um beijo, Freir-chan.
No dia seguinte ele leu, e primeiro foi até seus supostos amigos e tirou satisfação, até brigou feio. Depois ele foi conversar com meus amigos onde eu estava  e porque não estava em casa, meu melhor amigo achou melhor falar.
- Yuzuki-chan  eu sei onde ele está, ele pediu pra não falar nada... Mas sei que ele gosta muito de você, só esta com orgulho ferido e chateado.
- Freir-chan.... huhu, bem ele! (*-*)
Acabou que ele descobriu onde eu estava. Estava numa cidadezinha vizinha onde meus pais passavam as férias, tentando tirar ele da minha cabeça! Por incrível que pareça ele arrumou um jeito de comprar a casa do meu vizinho. Eu sai pra comprar uma coisinhas e esbarrei com ele no mercado. Ele me agarrou e jogou contra parede.
- Eu estava com muita saudade de você, não atende mais minhas ligações, some de vez e deixa um carta nada sútil, oque estava pensando? Que você ia se livrar de mim tão fácil assim?
- Não a nada mais entre nós!
Ele ficou parado me segurando por um tempo, depois saiu andando e falando:
- Eu sei que uma hora você vai voltar comigo, todos os dias eu vou te reconquistar, até decidir voltar comigo!
- Huff! Vai tentando! Se seu ciúme deixar é claro....
Dito e feito todos os dias ele batia em minha porta, me entregando poemas e confissões. Eu amassava e jogava fora, ele só espiando atrás da moita. Teve dias que ele bebia e sentava na porta de casa, chorava e falava.
- Freir sinto falta, do seu amor e do seu calor!
Eu sussurrava:
- Eu também!
A fim de ele não escutar, pois eu estava muito magoado. Só que teve um dia que ele escalou até a janela do meu quarto, quando quase conseguia alcançar. Eu apareço com um balde com água e derramo em cima dele. Eu falo sem paciência:
- Pare com essa idiotice de tentar me reconquistar, só está pagando vexame!
- Você que é o idiota, gosta de mim ainda que eu sei, e está de frescura de voltar comigo, só que saiba de uma coisa eu vou tentar dia pós dia, até conseguir me aconchegar nos seus braços!
Eu fiquei surpreso com a declaração, e ele veio com outra bomba.
- Isso é só um pedaço do que eu escrevo pra você e aquelas coisas que você joga no lixo são tudo e mais que eu sinto por você! E eu me arrependo dia pós dia de ter dado aquele tapa.
- Pois Freir-chan eu te amo! Deixa essa magoa pra lá e volta comigo!
Quando ele consegue pegar impulso, ele se escorrega e cai de uma altura perigosa! E no chão, meu desespero começa, ele não acordava!
- Yuzuki! Yuzuki! Yuuuzikii!
Então eu chamo uma ambulância e vou junto com ele para o hospital. Ele fica em coma por uma semana e nesse tempo, aquela magoa ia indo embora e a preocupação e a falta dele me consumia friamente. Até que ele acorda e a primeira coisa que faço é abraçá-lo e beijá-lo, quase chorando...
- Yuzuki!
- Freir-chan....
- Eu quase morri sentindo sua falta, por favor não faça isso denovo comigo!
 Duas semanas depois, no dia de ele ter alta, eu fui visitá-lo. Ele estava se trocando então fui lá dar um abraço bem apertado. Ao invés de ele me abraçar me puxou para a cama e disse:
- Você aceita voltar comigo?
- Sim!
Eu com a falta do abraço dele, do carinho, cedo finalmente, ele me beija e nisso eu subo e sento em cima do pênis dele.
- Hum... você está safadinho!
- Hehe... eu estava guardando tudo isso pra você!
- Tudo isso o que?
Tiro minha camisa e tiro a dele, beijo suavemente seu  pescoço, aliso com suavidade seu corpo, desço até seu pênis e começo a excitá-lo. Só ouvia os gemidos dele quando eu tocava no seu pênis, e então ele ejacula nas minhas mãos e me deita e fica em cima de mim. Segura meus pulsos e com suavidade penetrava em mim, acelerando aos poucos, até que eu começo a gemer e ele me beija... alisa meu corpo, palpa minha boca. Mudamos de posição para papai e mamãe ( u.u ), ele gostava dessa. Depois de muitas loucuras a cama estava toda gosmenta e quente, dormimos mesmo assim, agarradinhos e nus, um sentindo o calor do outro. Não sei como não entro alguém acho que já sabiam oque estava acontecendo.
Hoje estou com 16 anos, e estou atrasado para o nosso jantar de aniversário de namoro, vou desligar o pc, espero que tenham gostado!
                                                              -Fim-
  • Feita por Freir
Arigato Freir  >.<

sábado, 25 de maio de 2013

O Sétimo Exemplar - 3

Cap. III – O Sétimo Decai


Eu estava lá fora sentado na grama abraçando minhas pernas, agora, as nuvens se dissiparam, e o sol já se pôs, as estrelas estavam cintilando, não as via com total poder, pelo fato das luzes da cidade, mas pelo menos, observava as belas estrelas
cadentes que rasgavam ao céu com rapidez.
– David! – chamou minha mãe – venha para dentro, já está noite, tens que dormir!
Obedeci: escovei os dentes e fui para a cama. Meu gato pula em cima da minha cama e começa a ronronar, eu, me sentindo um pouco mais péssimo agora, envolvo-o com meu cobertor e trago-o para perto de mim. Durmo assim: com o calor do meu animal de estimação.
Sem pesadelos esta noite, amanhece e o tempo voa.
Quinta-feira. Amanhã, a apresentação do trabalho com Vitor, mas, nem ao menos abrimos o livro de história. Nem ao menos ele veio em aqui em casa, assim como Michelly.
Entro na sala de aula, me sento, e depois de poucos minutos Vitor senta na carteira atrás de minhas costas, sem me olhar, ou me cumprimentar. Eu também, não tinha coragem de olha-lo.
É, seria aquilo de agora em diante: apenas seremos estranhos.
Na hora do intervalo converso com Michelly, e combinamos de hoje, sem falta, fazermos o trabalho em minha casa. Era agonizante o fato de estar sentado na frente de alguém que te salvou de um colapso psicológico. Com Michelly, tinha um pouco de receio em falar livremente com ela, mas isso com o tempo sessa.
Voltei para casa, sozinho e ao abrir a porta principal, suspiro aliviado.
Almoço com mamãe enquanto conversávamos e riamos sobre fatos inusitados e engraçados que contara a ela. Estava melhorando, apenas doía quando encarava Vitor.
A tarde chega rapidamente, e na porta, alguém bate. Vou abrir prevendo a chegada de Michelly.
– Olá David! – cumprimenta ela.
– Oi Michelly, entre!
Vejo um vulto atrás dela e paraliso. Uns segundos se passam e ela me fitava.
– O que foi David? – perguntou Vitor a sorrir atrás da menina.
A dor se alastrou em meu peito. Para entrar em casa deveria subir dois degraus, então o corpo de Vitor se escondera atrás do de Michelly. Mas o que ele fazia aqui? Como tinha coragem de vir até mim? E parecia, para ele pelo menos, que nada acontecera. Eles entraram e os acomodei em meu quarto.
Se comparado a ontem, hoje estava calor. Vitor tira seu casaco branco de capuz e o coloca envolvido em minha cadeira da escrivaninha. E Michelly, eu achava-a friorenta.
Existem dias bons, dias ruins e os dias em que eu apenas espero ele acabar. Esse era um dia que o esperava acabar, o mais rápido possível. Só queria a paz de um rizo sem razão. Mas no fim, eu tinha sorte, pois sabia que a dor que machuca é a mesma que ensina.
– Vamos começar agora? – sugeriu minha amiga sentando na cama.
Anui e peguei o livro de capa vermelha sobre a escrivaninha.
– Aqui, peguei o último livro da biblioteca, e adivinha?
– Sétimo exemplar? – provisionou Michelly a sorrir.
Balancei a cabeça.
– Eu o peguei se lembra? – pergunta Vitor me desconcentrando para achar a pagina. – Você não alcançou.
Não mexi um músculo da minha face e continuei a folhear.
– Achei! – sorri mostrando para Michelly o conteúdo do livro na página certa. – Feudalismo! – anuiu ela.
– David! – chamou mamãe entrando no meu quarto. – Oi jovens, só vim avisar que estarei na vizinha e se sentirem fome tem uma sobremesa de morango na geladeira.
– Tudo bem, mãe.
– Eu volto logo – se despediu ela fechando a porta principal.
– Então… vamos começar? – sugestionei.
Fomos até a mesa da cozinha levando todos os materiais
Papeis, canetas, escritas não tão legíveis nos rascunhos amassados; e finalmente: ambos os trabalhos prontos.
Passava a mão na testa pensando que consegui ignorar Vitor uma boa parte, mas nada iria mudar o fato dele se apresentar ao meu lado amanhã. Se eu pudesse escolher, pediria nunca mais ver ele, não pelo fato de vê-lo beijando outro alguém, mas sim pelo que sinto, nunca tivera sentido isso antes, por ninguém. Apenas não queria sentir, nunca mais, isso dentro do meu peito. Mas também tinha aquela vontade de contar o que sentia ao Vitor, mas eu não conseguia colocar em palavras o que sentia; como poderia contar a ele?
– Ufa… terminamos! – exclamei me levantando para pegar um copo d’água.
Ambos na mesa conversavam e eu, abri a geladeira com um olhar calculista, afiado tentando achar a sobremesa de morango. Achei! Era um bolo com uma cobertura maravilhosa que mamãe fizera.
– Depois de um trabalho duro, que tal a recompensa? – alvitrei colocando o bolo sobre a mesa da cozinha.
Peguei três recipientes de vidro colorido e três colheres.
– Servidos?
Sorriram e se levantaram. Michelly sabia o quanto mamãe fazia tudo gostoso e não recusou.
– Que delicioso! – elogiou Vitor já sentado a mesa novamente.
Comemos e colocamos os talheres e recipientes sujos na pia. Despediram-se e eu, consegui sorrir à Vitor e a Michelly, se foi verdadeiro eu não sei. Abri a porta para eles e já ao longe, acenaram; eu os retribuí. Fechei a porta, girei os calcanhares e apoiei minhas costas na porta fechando os olhos com força. Respirei e pensei: “agora vai ficar tudo bem. Vou lavar a louça e tirar os materiais de cima da mesa”.
Como tinha mentalizado, lavei a pouca louça do bolo; peguei todos os cadernos, canetas e o sétimo exemplar, levei ao meu quarto. Quando dei o primeiro passo no me cômodo eu paro. Via aquele casaco branco envolvido em minha cadeira. Era a do Vitor? Coloquei o material sobre a escrivaninha e suavemente, com resquício, passei a mão no tecido do casaco. Senti a textura macia do algodão. Peguei-o e envolvi com meus braços, levando parte do casado ao meu nariz. Fechei os olhos e decaí sentado na minha cama. “Deus, que cheiro bom” – pensei depois de um minuto ainda daquele modo.
Ouço, vindo da porta entreaberta do meu quarto, um pigarrear. Olho assustado e vejo os olhos serenos de Vitor a me fitar. Escondo o casaco dele em minhas costas, mas adiantaria? Quanto tempo ele estava ali me observando?
Levantei-me sem jeito e ele abriu mais a porta.
– Bem… vim buscar o meu casaco que esqueci.
Sentia minha cara pegar fogo, mas com muita coragem e sem dizer nada, estendi o pertence dele.
Olhava ao fundo dos olhos dele, e ele, aos meus. Vitor pega seu casaco suavemente e lentamente sem parar de me fitar com o brilho nos olhos.
– De… desculpa! – me redimi ao saber que ele me observara.
Vitor apenas sorri.
– Senta na cama. – pediu ele se movendo.
Íamos conversar, será que eu estava pronto e ele iria fazer aquela pergunta novamente? A que eu não sabia responder… mas eu queria a resposta mais do que ele: O que eu sentira?
Sentei como pedido e me apoiei colocando ambos os braços para trás e me inclinei um pouco, já Vitor, colocou suas mãos entre as pernas.
– Aquilo que aconteceu ontem – Vitor fez uma pausa por vários segundos olhando ao chão – foi estranho.
Eu consenti com a cabeça, o que poderia dizer? Só escutava o bater rápido do meu coração, o calor percorrendo o meu corpo e depois o frio. Só com a presença dele já me sentia estranho, imagine assim… tão perto de mim?
– Andei pensando…
Ele não prosseguia com a fala. Vamos!! Não era pelo fato que eu não conseguia dizer nada por causa do nó em minha garganta que ele iria tremer também. Queria que ele fosse embora rápido e não me encontrasse mais! Ou era apenas um sentimento que eu criei para esconder a dor que sentia ao estar ao lado dele?
Ele se inclina ficando na mesma posição que a minha, tirando o fato de que ele colocara levemente uma de suas mãos sobre a minha pequena. Nós trocávamos os olhares, eu sentia o coração dele batendo, a respiração, a adrenalina no meu corpo e no dele. O tempo parara completamente para ambos. Sentia as minhas lágrimas gritando para transbordarem, saírem da prisão do meu peito apertado, do meu sangue nas veias que velejavam na velocidade da luz. De todo o meu mundo mental.
Cada vez mais ele se aproximava de mim, seu rosto cada vez mais próximo, sua respiração paralisada e seus olhos brilhantes não paravam de me admirar. Cada milímetro a menos, os nossos lábios se preparavam, para sentir o mais doce das emoções, a explosão de adrenalina, o tocar gentil de dois corpos. Iria me sentir nas nuvens? Flutuando no universo?
Vejo os lábios de Vitor falando e tento escutar com esforço, ele sussurrava o mais baixo possível as seguintes palavras:
– Desde quando eu te vi, naquela hora do vento, eu tinha me apaixonado por ti. Eu te amo.
Faltavam poucos segundos, e muito lentamente, eu me aproximava dele. Sentia a mão de Vitor como se fosse um fogo ardente que não me queimava, meu corpo estava como se fosse um iceberg em meio a um oceano gigantesco… e o oceano… era Vitor. Sentia borboletas em meu estômago, arrepios em minha coluna e a primeira lágrima a escorrer.
Chorei ao ouvir aquilo, a lágrima apenas escorreu lentamente em minha face corada.
– David! – mamãe abre a porta principal me chamando – voltei filho!
Levanto-me atrapalhado enxugando as lagrimas e saio do quarto.
– Oi mamãe.
Vitor também se retira do quarto e olha para mim, chega perto dos meus ouvidos e sussurra:
– Adeus, vou te proteger, sempre.
Fiquei estarrecido, mas anui com a cabeça.
– Vou ir Senhora Gaspar! – se despediu com o casaco branco nas mãos.
– O.K. – sorriu ela – volte quando quiser, é bem vindo.
Trocamos olhares pela última vez, apenas por poucos segundos, mas já era o suficiente para toda aquela dor voltar, ainda mais forte.
Respiro finalmente com alívio, mas no fundo, queria ao máximo que aquilo acontecesse, pois meu corpo não mente, ele se aproximava com desejo de beijá-lo. Na minha mente, o que acontecera hoje a tarde, não saia da minha mente. A noite chega e eu não consigo dormir bem, me viro na cama para todos os lados pensando e lacrimejando. Sentia a falta dele.
De repente, uma dor em meu peito, sem comparação com a outra, me atingiu abruptamente. Era uma dor diferente, que aos berros comecei a chorar, olhei ao relógio eletrônico sobre o meu criado mudo e marcava 00h07min (meia noite e sete). Mamãe acorda desesperada vem ao meu quarto.
– O que aconteceu meu filho? – perguntava ela desesperada e sem saber o que fazer apenas me acolheu em seus braços e me apertava.
Pedia incessantemente para aquilo parar, não conhecia aquela dor, eu gritava, meu peito doía e eu não sabia o que fazer.
– Deite aqui, vou ligar para o médico!
Mamãe colocou-me na cama e correu ao telefone. Eu sentia uma coisa me tocar no peito e minha visão ficava escura, isso durou cerca de dez minutos, depois disso ia se dissipando. Parei de chorar aos berros e apenas lacrimejava.
– Melhorou filho? – perguntou mamãe chorando ao meu lado.
Anui. Já estava passando. Mamãe me levou dormir com ela o resto da noite, mas mesmo assim quase não preguei o olho.
De manhã, acordei e fui esquentar a água para o café daquele dia. Eu estava estranho e me perguntava: O que tinha acontecido naquela noite? Um turbilhão de alguma coisa me atingiu e não sabia explicar.
Fiz a rotina e hoje era a tão temida Sexta-feira, pelo menos para mim. Teria que apresentar, com Vitor, o trabalho para toda a sala. Qual seria a minha reação ou a dele em nos fitarmos? Eu gostaria de dar um abraço muito forte nele, sem nenhuma explicação.
Entrei na sala e fiquei esperando ansioso por ele. O sinal soa e ele não aparece. A professora Clara entra na classe e começa a aula. Ficava fitando a entrada desejando que ele aparecesse. O primeiro trio estava se apresentando e o próximo seria eu e Vitor, mas nada dele aparecer até então.
– Agora, o trio que vai abordar o tema Feudalismo! – anunciou a professora.
Abaixei o olhar, peguei o livro que era o sétimo exemplar e me pus, tremendo, em frente à sala toda.
– Pode começar! – pediu Clara me fitando a sorrir.
Não saía uma palavra de minha boca, eu estava mudo, se Vitor estivesse ao meu lado eu conseguiria, teria em quem me assegurar, mas ele não estava lá.
De repente, em meu ombro direito, sinto algo quente, como se fosse um toque, achei estranho de início, mas me acostumei em poucos segundos. Sem ao menos eu perceber levanto o olhar e fito toda a sala, engulo seco e depois pigarreio. Abro o sétimo exemplar na parte do feudalismo e começo a falar livremente, me surpreendi, nunca falara tão bem, claro e com o tom de certeza e confiança na minha vida.
Concluo a apresentação, sozinho, e todos se levantam para aplaudirem de pé.
– Maravilhoso David, você se superou, nos surpreendeu. – elogiou a professora.
Contudo, uma mulher para na porta ofegante e chama a professora. Ela se perguntando o que acontecera vai até a mulher.
Eu ainda estava na frente da sala e todos fitavam a porta. Víamos a professora com um olhar triste, seus ombros decaem e ela se volta para a sala depois de ficar em frente a ela e ao meu lado.
– Turma! Temo trazer uma notícia a vocês!
Franzi o cenho.
– Vitor, infelizmente morreu esta noite ás meia-noite e sete. Por causa de uma doença que ele carregava desde sua infância.
Deixei o livro que estava em minhas mãos a mercê do chão. O sétimo decai.
Saí da sala correndo, rumo a qualquer lugar. Nada tinha mais a mesma cor, eu estava fraco, sem forças alguma, além de não parar de chorar, fechei os olhos e corria o máximo que meu corpo aguentava. Parei ofegante frente à praça que eu frequentava de vez em quando e corri para baixo de uma árvore de folhas amarelas de frente ao lago cristalino. Sentei e me encostei ao tronco da árvore,fiz minhas pernas chegarem perto do meu peito e as envolvi com meus braços. Não conseguia parar de chorar, queria que Vitor estivesse ali para pegar em meu braço novamente, para passar a mão em meus cabelos, pegar os livros das estantes altas, me levar para casa com um guarda-chuva, rir com ele, o ver tirando de meu capuz mais folhas amareladas, sentir o seu calor em minhas mãos, ver novamente o brilho verde em seus olhos, escuta-lo pronunciar suas frases que eu amava escutar. Não parava de me culpar. Eu fizera isso? Desejei com minhas forças não ver ele nunca mais, e isso se concretizou. Desejava agora, com mais força do que antes, abraça-lo, tocar na face pálida dele, nos cabelos loiros e macios e sentir o seu cheiro no casaco branco.
Fiquei ali, sentado, por horas, e certamente, já estariam me procurando, pois não voltara para casa almoçar. A noite cai e eu com sede, fome e ainda a chorar. O reflexo da lua no lago cristalino me hipnotizava.
Levanto-me com meu coração quase pulando pela boca, e dando passos lentos, me aproximo da água sem movimento e com folhas amarelas a boiar, no barranco, me inclino e caio na água. “Quero morrer! Tire-me essa dor do meu peito que não consigo decifrar”! Fecho os olhos e caio lentamente para o fundo do lago. Sentia uma vontade gigantesca de obter oxigênio, mas a ignorava com raiva de mim.
A água estava escura e gelada, mas sinto uma presença dentro da água. “Um peixe” – pensei.
Abro os olhos e com a visão já turva vejo uma luz ao longe, uma silhueta brilhante que me lembrava de meu sonho.
“David” – ouvi em minha cabeça me chamarem, era a voz de Vitor. Comecei a perceber que aquela luz se aproximava e ao meu espanto era a face de Vitor.
“Não morra, eu disse que vou te proteger”.
Eu sentia que chorava ainda debaixo da água. Minha visão ficava escura a cada segundo amais sem oxigênio.
“Quero que você viva e triunfe na sua vida, meu amor” – ouvia em minha mente. A silhueta de luz se aproximava, a ponto de tocar com uma de suas mãos meu queixo.
“Sempre vou te proteger esteja onde estiver, quero ver você sorrindo, e quando você completar a sua missão aqui, estarei lhe esperando para me abraçar deste lado”.
Minha visão se escurece, mas ouço o movimento da água em minha cabeça.
“Agora vá, e viva! Eu te amo!”
Sorrio e sinto a vida se esvair de meu corpo como as bolhas de ar que saiam de meu nariz.
De repente, sinto uma força pegar em meu braço e me puxar. Saio para a superfície e respiro alto, enchendo meus pulmões de oxigênio.
– VOCÊ ESTÁ LOUCO? – gritou Michelly a colocar-me na grama ao lado da árvore.
Eu tossia e respirava quase sem forças, mas mesmo assim consegui sussurrar algumas palavras:
– A verdade é que chegamos ao mundo, sozinhos, e saímos exatamente do mesmo modo. – depois disso fechei os olhos e só lembro-me de já estar dentro da ambulância.
Os médicos chegam me colocam dentro da ambulância e me levam ao hospital, no balançar do automóvel, relembrava todos os momentos que passara com Vitor e me agarrava com todas as minhas forças o que o espírito dele me dissera na água. Poderia ser uma ilusão pela falta de oxigênio no cérebro, mas eu não queria acreditar nisso. Em uma semana, Vitor mudara a minha vida. E nesse exato momento decifrei qual era o sentimento que sentia desde a primeira vez que eu o vi: Eu o amava e ele sabia disso.

Contatos do autor: https://www.facebook.com/lukkas.monteiro

  • Feita por Lukas Monteiro
Arigato Lukas (chorei nessa história ç.ç)

O Sétimo Exemplar - 2

Cap. II – O Grito aos Céus


Terça-feira, dia nublado e atarefado, fui ao colégio e como a rotina era prevista, voltei são e salvo, sem o Jofrey para me atormentar. Michelly, na hora do intervalo, me indagou mais uma vez sobre o novo aludo da minha sala, estava me
acostumando com a ideia de que ela, estava se interessando pelo Vitor. Contei que vou fazer o trabalho de história com ele e Michelly ficou com brilho nos olhos e sorria, e no final, combinamos de ajuda-la, marcamos em minha casa, agora, era só falar com minha mãe, pois o Vitor já confirmara a presença.
E adivinha? Mais um trabalho! Agora é de artes, fazer algum instrumento por conta própria e testar em meio à sala toda! Eu nem sei se vou conseguir me levantar para ir lá à frente. Com todos aqueles olhares me fitando, me criticando.
Já com Vitor, já estava falando com ele sem aquele aperto no coração, mas continuava acelerado, em todas as vezes que eu olhava para ele, naqueles olhos verdes e em seu sorriso simetricamente perfeito. Incrivelmente, não tinha notado um pequeno alargador preto em sua orelha esquerda, parecia que minha percepção de detalhes não funcionava muito bem ao lado dele, até porque, eu estava preocupado com o que sentia dentro de mim: calores e frios percorrendo o meu corpo, desde os pés até os fios de cabelo.
O último sinal soa e me levanto para me retirar, mas sinto uma mão em meu ombro.
– Porque você não utiliza o ônibus? – questionou Vitor segurando a mochila em suas costas.
– Ah… minha casa não é tão longe, e prefiro voltar andando, melhor para o corpo. – respondi-o olhando ao chão e sentindo o calor que ele emanava de suas mãos pálidas.
– Ótimo, também preciso dar uma caminhada! – ele passa em minha frente olhando sobre os seus ombros, com o intuito de que o seguisse.
– O que? – especulei, seguindo-o.
– Isso mesmo que você ouviu! Vou com você, assim já conheço onde você mora.
– Mas você tem que voltar para casa, não avisou ninguém!
– Minha casa fica na mesma direção que a sua, ontem e hoje vim no ônibus, e pelas duas vezes, vi você andando na rua. Vi aquela hora que o vento soprou coma s folhas. Apenas notei que uma folha se alojou em seu capuz. – Ele sorri envolvendo-me com seu braço esquerdo enquanto nós andávamos. – Apenas foi o destino, te encontrar na mesma sala.
Pisamos na calçada cinza, viramos para a direita e passamos entre a árvore e o muro pintado de azul com a faixa horizontal branca, que se estendia até o fim dele. Atravessamos a rua com passos rápidos.
Percorremos até a metade do caminho sem nos pronunciarmos. Até que…
– Ahnn… David?
– Sim? – retruquei olhando ele chutar uma pedra no chão fazendo-a nos acompanhar.
– Falei pouco com ela, mas eu acho que a Michelly gosta de você!
– Eu sei, somos bons amigos. – respondi olhando os seus cabelos loiros, esvoaçarem com o leve vento.
– Não, você não me entendeu! Eu quis dizer, um sentimento além de bons amigos!
Semicerrei os olhos e as sobrancelhas se contraíram.
– Ahh, nunca tinha pensado nisso! – quase tropecei, mais uma vez, na calçada elevada.
Ele me segura pelo braço e consigo o equilíbrio novamente.
– Responda-me: você já namorou alguma vez? – perguntou ele me olhando do alto.
– N… não! Bem… acho que, por sua vez, já namorou muitas meninas, certo?
Ele sorriu olhando para o horizonte.
– Namorar é para beijar e ser feliz! Se for discutir e brigar, fico em casa com a minha mãe. – ele me olha com um brilho nos olhos – Sabe… gosto de conversar com você!
Eu desvio o olhar.
– Ahh… – coço a cabeça, envergonhado – mas por quê? Sou tão simples!
– Simplicidade! Essa pode ser a chave. E também, cansei de perder saliva com mentes que não processavam.
Isso foi um elogio? Apenas sorri e olhei ao chão.
– A Michelly gosta mesmo é de você, Vitor! – retrocedi a aquele assunto.
Ele ficou com a face levemente avermelhada. Vergonha? Acho que sim, pois ele não se atreveu a me responder, e continuamos a andar até na frente de minha casa.
– Bem, aqui é a minha casa! – pronunciei.
– Legal, não é longe da minha!
– Se esqueceu de que isso é uma cidade pequena?
Ele riu colocando suas mãos nos bolsos da calça.
– Prometo que vou me acostumar!
Ele fita dentro dos meus olhos e eu nos dele. Eu sem mover nenhum músculo, assim como ele. Aquele silêncio era tenso. Eu não conseguia parar de olhar para ele, não querendo que ele fosse embora. Droga! O que acontecia comigo?
Levantei as sobrancelhas.
– Bem… tenho que ir agora! – falei dando um passo de costas.
– Ah! Claro! Tenha um bom dia!
Virei de costas e entrei em minha casa.
Almocei, lavei a louça, peguei um livro e li algumas paginas até as 01h40min da tarde quando batem na porta. Era Michelly, tínhamos combinado de ela vir até minha casa para passarmos à tarde. Assistimos a um filme, jogamos algumas brincadeiras estratégicas até quase o sol se pôr, onde ela foi embora.
Meus passos eram rápidos no escuro, mas mesmo assim não me mexia. Atrás de mim, tinha alguma coisa negra, maléfica. Eu suava e tentava correr ainda mais, contudo não adiantava. Até que me deparo, em minha frente, um precipício.
Desespero-me, até que uma luz branca se emana em minhas costas. Viro-me e vejo uma porta aberta e dela saía uma silhueta de uma pessoa, que esticava sua mão a mim.
– Corra até mim! – pediu a silhueta.
Fiz o que mandara, corri o máximo e abracei-a sem ao menos saber quem o que ou quem era. Tudo fica branco, e olho para cima. Arregalo os olhos e a pessoa me beija.
– Ahh! – sentei ofegante e suado em minha cama.
Foi apenas um sonho! Ou um pesadelo? Aquilo não podia acontecer, e porque diabos eu fui sonhar que estava beijando… uma pessoa?
Sem mais delongas, levantei, me arrumei, comi um bom café da manhã preparado pela minha maravilhosa mamãe, escovei os dentes e saí rumo ao colégio.
Quarta-feira. Está sendo uma semana esquisita. Hoje, será o dia em que Michelly e Vitor iriam vir em minha casa para fazermos aquele trabalho de história. Cheguei ao colégio, Michelly e Vitor conversando em um canto do pátio, mas apenas acenei e entrei nos corredores rumo à sala. Não queria incomodá-los, poderia interromper alguma conversa mais íntima, ou coisa do gênero.
As primeiras aulas, antes do intervalo passaram rapidamente, Vitor saiu rápido da sala, e eu, fiquei resolvendo algumas contas de matemática que o professor tinha passado outrora.
Depois de terminado, quando faltavam alguns minutos para começar as últimas aulas, fui beber um pouco de água e ir ao banheiro. Quando fui tocar meus lábios na água do bebedouro, vejo Vitor beijando Michelly. Um selinho.
Perdi a sede, perdi a vontade de ir ao banheiro, perdi o gosto de estudar, perdi as forças, perdi o chão, mas ganhei, em meu peito, uma dor forte, um anseio gigantesco de correr dali.
Que merda acontecera comigo? Parecia que alguém estava apertando meu coração, sentia falta de ar, porém, olhei ao chão quase sem forças.
– Eu sabia. – falei a mim mesmo decepcionado.
Mas me perguntava, com um desejo ardente como um fogo de dragão: Por que eu estava sentindo aquilo? De fato, eu amava Michelly sem perceber?
Volto à sala correndo e me sento, apoio minha cabeça sobre meus braços trançados sobre a carteira e fecho os olhos. Tentando, desesperadamente, decifrar-me, tentar colocar alguma coisa do que sentia em palavras, mas sem êxito, desisti quando Vitor entrava na sala, depois de todos.
Nas suas costas, o professor das últimas aulas. Eu nem prestava atenção no que falavam, para mim, o tempo parara. O céu escurece, e finos pingos tilintavam na janela. Nem trouxera guarda-chuva, mas acredito que até no final da aula a fina chuva sessara.
Em minhas costas, um leve cutuque, era ele, olhei sobre os ombros e Vitor me alcançara um papel dobrado, peguei e o abri em meu colo.
“Não trouxe guarda-chuva, correto? Eu sabia que ia chover, então… se quiser voltar comigo para casa, eu te levo, meu guarda-chuva é grande”.
Vitor.
Não queria que ele me levasse para lugar nenhum! Agora eu estava com ódio? Respondi:
“Não precisa, gosto de me molhar!”
E entreguei a ele. Ele consentiu, mas acho que me estranhou. Ao fim da aula, pego minha mochila mais rápido que todos e saio correndo, rumo a minha casa, ouvia meus passos na água, e a chuva começara a ficar cada vez mais forte, o cheiro da terra molhada invadia meus sentidos, apenas fechava os olhos e queria esquecer, e sem eu perceber, lágrimas começam a escorrer de meus olhos.
Corria o máximo que podia, nem pensava em meus materiais, dane-se também! Ninguém na rua, apenas eu. Meus pulmões não aguentavam mais… parei, olhando a chuva no chão. Ajoelhei-me deixando meus materiais de lado. Uma agonia que não mais suportava.
– TIRA ISSO DE MIM! – gritei com o máximo de força que consegui com minha face em direção ao céu. – Eu te imploro! – agora, sussurrei.
Um raio se alastra ao céu, depois o trovão ecoa. Coloquei minha face em minhas mãos em forma de concha e não tinha como me segurar, chorei; sim… chorei muito.
Joguei, sem pensar, meus óculos na grama ao lado direito. Via agora, uma mancha vermelha em minhas mãos, me assustei, levando-as para longe da minha face.
– Sangue! – sussurrei. – Melhor morrer do que sentir isso.
Ainda de joelhos na calçada, apoio-me com as mãos e sem forças apenas esperava que alguma coisa acontecesse. Algum milagre, ou um raio me atingisse. Ouço passos apressados, mas os ignoro completamente. O concreto estava vermelho, sangue saía do meu nariz, em vasta quantidade. Sinto um envolver em meus braços que me levantou com força.
– DAVID! – gritou quem eu menos queria que estivesse ali. – está louco? Poderia ter sido atropelado!
Já não sentia mais a chuva no meu corpo, apenas ela escorrendo, estava de baixo de um guarda-chuva.
– Me deixa Vitor! – tentei tirar o meu braço de sua posse, mas não consegui.
– O que aconteceu? Responda-me!
Ele puxa meu braço para perto dele e eu, por instinto, o abraço chorando ainda mais com toda a minha força. Ele me envolvia com um braço e beijava-me minha cabeça com intuito de me tranquilizar.
– Escute-me: Vai ficar tudo bem, mas me diga o que aconteceu?
– E… eu te… te vi com Michelly! – sussurrei aos soluços.
Ele joga o guarda-chuva na grama, e me envolvem fortemente com seus dois braços.
– A verdade é que chegamos ao mundo, sozinhos, e saímos exatamente do mesmo modo. – Vitor pronuncia lentamente com um tom triste em sua voz. – Vamos garoto, vou te levar para casa.
Depois de alguns minutos me abraçando, pegou seu guarda-chuva e meus óculos, quando o coloquei, reparei sua camisa toda suja de sangue, assim como a minha. Pegou em minha mão, depois de colocar minha mochila em um de seus ombros. Andávamos rápidos, e Vitor, estava pensativo.
– O que você sente por mim? – perguntou ele engolindo seco, sem olhar para mim, apenas a sua frente.
Eu, de olhar baixo vendo o meu sangue misturado com agua cair no solo, não consigo respondê-lo, pois nem mesmo eu sabia o que sentia.
– Não sei. – depois de minutos, respondi baixinho com meus cabelos a escorrer colados na testa.
Segurando ainda a minha mão, ele a aperta em resposta. Não forte ao ponto de doer, mas para me mostrar outra coisa. Coisa que não decifrei.
Em frente a minha casa, ele se despede dando um beijo em minha testa.
– Vá, seu nariz ainda está saindo sangue.
Entregou-me meus pertences e me leva até a porta, passando pelo jardim. Ao entrar na residência, minha mãe me espera.
– Meu filho! O que aconteceu? – abraça-me – você demorou e o que é esse sangue? Alguém te bateu?
Eu apenas sorri. Ainda sentia o calor do beijo de Vitor em minha testa. O tapete começava a ficar molhado e meu gato cinza de olhos muito amarelos, a ronronar fitando-me. O cheiro da refeição pairava e minha barriga roncava. Sorri novamente, fui ao banheiro rapidamente me trocar de roupa e me lavar para tirar todo o sangue em minhas vestes. Secava meu cabelo quando o Felix – nome do meu gatinho – se esfregava em meus pés.
Minha mãe me especulou, mas não consegui falar, mas realmente, gostaria de tentar, para ver se aquilo saída do meu peito. Ainda estava lá, mas amenizou por algumas horas depois daquele berro que dei à chuva. Comida deliciosa que mamãe fizera, recuperei minhas energias e meu psicológico, mas ainda assim, sentia um resquício de dor.
A tarde passa, juntamente com a chuva, no céu, apenas o arco-íris que nos fitavam, pássaros brancos sobrevoavam aos céus, e tudo estava calmo.
Michelly me liga, me informando que não poderia ir a tarde a minha casa, estaria ocupada com outras tarefas que sua mãe as dera. Esperava, com receio, a vinda de Vitor.
Ele não apareceu. Sentia-me aliviado, mas ao mesmo tempo, decepcionado. Será que ele nunca mais falaria comigo depois de hoje?