ZE, de Yuki Shimizu, ainda não é um mangá muito conhecido aqui no Brasil. Eu mesma só o conheci faz uns dois meses e me apaixonei logo nas primeiras páginas. Para tentar fazer com que mais pessoas se interessem por esse mangá que acho sensacional, fiz essa resenha e espero que gostem, pois é a minha primeira vez fazendo algo do tipo!
Usando de elementos fantásticos da mitologia japonesa, Shimizu consegue contar lindas histórias de amor, cada uma à sua maneira e constrói personagens cativantes, pelos quais você torce do começo ao fim.
Tudo começa quando Raizou, um órfão prestes a entrar na faculdade, aparece na casa do misterioso Waki para trabalhar. Lá, ele conhece os outros moradores do lugar: Konoe, que tem cara de poucos amigos e logo implica com o rapaz; Kotoha, o garoto um pouco mais velho e apaixonado por sorvete; Ouka e seu “brinquedinho sexual” Benio (que parece ser a única menina do grupo) e por último Kon, rapaz muito bonito, mas que não parece muito feliz em morar com um estranho. Raizou sente-se atraído por Kon assim que o vê, mas o garoto parece ignorá-lo a maioria das vezes.
Após um bizarro acidente na cozinha, onde Konoe acaba perdendo o braço e não sangra, Raizou descobre que está morando com pessoas muito diferentes do normal!
Kotodama-shi são os “mestres da palavra”. De acordo com o folclore japonês, existem pessoas que tem o poder de fazer coisas boas e/ou ruins acontecerem apenas usando as palavras. A família Mitou é uma das mais antigas usuárias do poder e tanto Kotoha quanto Ouka fazem parte dela. Usando-se da idéia de troca equivalente (visto em mangás como xxxHolic e Fullmetal Alchemist), o kododama-shirecebe um dano equivalente ao feitiço que usou contra uma pessoa, que vai desde um corte pequeno a ferimentos letais. É aí que entram os “kami” – literalmente, papel – que recebem os ferimentos em seu lugar.
Os Kami-sama deste mangá são idênticos a humanos, mas no fundo não passam de pedaços de papel com alguma essência humana. Ao morrerem eles voltam a ser “hakushi” (folha em branco).
Cada kotodama-sama tem seu próprio kami-sama, que precisa ser sempre do mesmo sexo, e a troca de ferimentos pode ser feita de duas maneiras: usando o kotodama (feitiço) ou tocando alguma membrana mucosa um do outro (por exemplo, interior do nariz, boca e… outros orifícios!). Sendo um mangá BL é claro que a maneira mais usada é a segunda!
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Cada um deles tem problemas diferentes e a autora conta tudo de uma forma tão bela que você passa a querer que todos – mesmo com seus defeitos – tenham um final feliz.
O mangá ainda está em andamento, contando com 9 volumes lançados no Japão e 5 nos EUA.
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